Capítulo 09

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Olho para minha irmã pela última vez e mordo o lábio

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Olho para minha irmã pela última vez e mordo o lábio. Ela gesticula com as mãos, me mandando ir, enquanto espero o motorista do Uber aparecer. Quando o carro para à minha frente, me acomodo no banco de trás, e seguimos o trajeto. Minha perna não para de tremer de tanta ansiedade, enquanto mordo meus lábios de vez em quando. Meu coração está tão acelerado que não consigo me controlar e fico verificando o trajeto no celular milhares de vezes.

Assim que paramos em frente ao hotel, nem me despeço do motorista, apenas saio apressada pelo hall e entro no primeiro elevador que vejo. Meu coração dá cambalhotas a cada andar que subo, até parar no andar do meu quarto. Sigo rapidamente pelo corredor e abro a porta.

Avisto Sylus passando uma toalha no pescoço e no cabelo, tirando o grosso da sujeira antes do banho. Ele se vira de repente, parecendo assustado com a minha presença.

— Aria...

— O que foi aquilo? — Jogo minha bolsa em cima da cama após fechar a porta. — Por que fez aquilo? Por que foi embora sozinho? — Minha voz sai mais alta do que eu queria, parecendo até que estou gritando, mas foi por causa do fôlego que perdi no caminho.

— Eu sei, eu não devia ter feito aquilo. Zayne e Deborah devem estar super irritados comigo. Fiquei com vergonha e decidi não atrapalhar mais a festa deles. — Ele suspira e fecha os olhos. — Vou pensar em como compensá-los depois, provavelmente a Deborah vai me extorquir uma viagem de lua de mel. — Ele sorri sem graça.

— Você não me respondeu direito. — Me aproximo dele. — Por que fez aquilo? — Vasculho seus olhos vermelhos, buscando qualquer sinal do que Deborah estava me falando antes.

— Eu fiquei com raiva do jeito que aquele babaca falou de você. Desculpa, Aria. — Ele fala baixo, como se estivesse levando uma repreensão minha. — Eu sempre odiei o Rafayel. — Ele joga a toalha suja na cadeira e fixa o olhar em mim.

— Por quê? — Encaro-o, confusa.

Sylus desliza a língua pelos lábios, reprime um sorriso e inclina a cabeça para o lado, continuando a me observar. Por algum motivo, os detalhes do seu rosto parecem mais atraentes que o normal, mesmo com bolo no cabelo e nos ombros.

— Porque eu sempre gostei de você desde o primeiro dia que nos conhecemos. Porque ele podia fazer isso com você. — Ele pousa as mãos nos meus ombros, começa a massageá-los e me puxa para perto. — Porque ele podia te beijar sempre. — Seu dedo inclina meu rosto, e ele encosta seus lábios nos meus. Meu coração bate rápido, e me sinto fraca com o toque quente dele. — Ele sempre estava com você, fazendo tudo o que eu queria, enquanto eu tive que esperar a garota que eu gosto ficar bêbada para me olhar como o cara perfeito para ser o namorado dela. — Seus lábios esbarram nos meus enquanto ele fala. — E ainda tive que seguir várias regras.

Meu rosto ruboriza, meu coração está mais descontrolado do que nunca, e só consigo olhá-lo intensamente. Meus olhos se perdem nos detalhes do rosto dele. Então era isso que Deborah estava falando na festa.

Namoro por conveniênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora