Capítulo 08

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Pressiono minha bolsa entre as mãos com força enquanto ando lentamente pelo tapete vermelho que leva até o altar

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Pressiono minha bolsa entre as mãos com força enquanto ando lentamente pelo tapete vermelho que leva até o altar. Avisto Sylus, impecavelmente vestido em um terno preto. Os convidados não tiram os olhos de mim enquanto caminho, e, assim que me aproximo do homem de cabelos platinados, percebo seus olhos vermelhos fixos em mim. Ele engole em seco algumas vezes, mal conseguindo piscar.

Deborah e Zayne optaram por um casamento com poucos convidados e ao ar livre, no mesmo local onde acontecerá a festa, para facilitar a transição sem que os convidados precisem sair da igreja e ir para um salão de festas.

Sylus estende a mão e me ajuda a subir no altar, ficando ao seu lado como madrinha de casamento.

— O que foi? — pergunto, rindo da sua expressão.

Olho para ver se há algo errado com meu vestido, um tom de azul desbotado com mangas transparentes. Apesar do tempo curto no salão, a cabeleireira conseguiu prender algumas mechas do meu cabelo, e ainda consegui ter uma maquiagem digna para o casamento da minha irmã.

— Você... — ele pisca várias vezes.

Antes que ele possa terminar, a cerimonialista anuncia a entrada de Zayne com sua mãe. Ele para ao nosso lado, claramente nervoso com o melhor momento de sua vida. Não há pessoa no mundo que ame Deborah mais do que ele. Minha mãe acena para nós e tira algumas fotos da primeira fileira de cadeiras, enquanto vejo Rafayel tomando seu lugar ao lado dela, ainda com uma expressão irritada.

Em seguida, mamãe aponta o celular para a noiva no final do tapete vermelho, mas ainda sinto os olhos de Sylus em mim.

Deborah está deslumbrante em um vestido branco com detalhes prateados e sem mangas, pois, segundo ela, "a noiva não pode ter nada que a impeça de dançar a noite toda com o amor da vida dela". Não consigo segurar as lágrimas ao vê-la se aproximando do altar com nosso pai. Zayne também parece sentir o mesmo que eu, pois se apressa para segurar a mão da esposa. Deborah me passa o buquê para que a cerimônia possa começar.

— Quando vou te ver assim? — Sylus sussurra baixinho no meu ouvido. — Posso gastar todo o meu dinheiro em um casamento só para te ver assim.

Sinto meu rosto ruborizar e tento escondê-lo com as flores. Ele mantém um sorriso sacana nos lábios, mas extremamente encantador. Se ele soubesse que sinto vontade de beijá-lo toda vez que vejo esse sorriso, eu nem sei o que ele seria capaz de fazer.

— Se você me pedir em casamento, talvez eu pense no seu caso com carinho. — sussurro de volta.

— Você é tão cruel comigo — ele sorri.

A cerimônia segue normalmente, cheia de lágrimas dos noivos e das nossas famílias. Os convidados vão à loucura quando o casal se beija. Os fotógrafos tiram fotos da família com os noivos no altar, e todos são direcionados para a festa nas tendas ao lado pela cerimonialista.

Namoro por conveniênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora