86-Fomos escolhidos

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Pov's Moana

Eu estava sentada em uma pedra, jogando gravetos na areia, irritada. Toda a aldeia já estava sabendo da discussão feia entre mim e meu pai.

Porque ele tinha que ser tão cabeça dura?

- Querida... - virei minha cabeça, vendo minha mãe se aproximando e se sentando ao meu lado - Não fique assim. Vocês vão se acertar.

- Eu não sugeri cruzar os recifes porque quero ir navegar pelo oceano! - alertei.

- Mas você sempre quis isso filha, desde que era criança, não adianta negar - retrucou séria - Seu pai age assim porque...

- Ele não sabe de nada - afirmei aborrecida - Não sabe nada de mim.

- Ele era igual a você, quando era jovem - revelou, me surpreendendo - Ele sempre foi atraído pelos oceanos, até que em uma noite, ele e o melhor amigo pegaram um barco e cruzaram os recifes. E então... encontraram uma terrível tempestade e ondas gigantescas. O melhor amigo do seu pai... bem... ele não conseguiu salvá-lo.

Engoli o seco, abaixando o olhar.

- Ele não quer cometer o mesmo erro, principalmente quando se trata da filha - explicou acariciando minha bochecha, me fazendo encará-la - Nem sempre o que desejamos... é para ser, Moana.

Ela se levantou, passando a mão na saia.

- Apenas siga os conselhos. Irá entender um dia - aconselhou antes de se virar e se afastar.

Soltei um suspiro, erguendo o olhar para o mar, vendo as ondas se quebrando no oceano.

Saber quem sou - Moana: Um mar de aventuras

Moana

Aqui sempre, sempre à beira da água
Desde quando eu me lembro
Não consigo explicar

Me levantei, caminhando sobre a areia e chegando mais perto da água.

Tento, não causar nenhuma mágoa
Mas sempre volto pra água
Mas não posso evitar

Bufei irritada, me virando e começando a me afastar da praia, enquanto passava as mãos pelos cabelos.

Tento obedecer, não olhar pra trás
Sigo meu dever, não questiono mais
Mas pra onde vou
Quando vejo estou onde eu sempre quis

Cheguei perto dos barcos e subi em um deles, me agarrando a uma das cordas.

O horizonte me pede pra ir, tão longe
Será que eu vou? Ninguém tentou
Se as ondas se abrirem pra mim de verdade
Com o vento eu vou
Se eu for não sei ao certo quão longe eu vou

Desci do barco e me afastei da praia, fazendo o caminho de volta para a vila.

Eu sou, moradora dessa ilha
Todos vivem bem na ilha
Tudo tem o seu lugar
Sei que cada cidadão da ilha
Tem função nessa ilha
Talvez seja melhor tentar

Estava na montanha, onde ficava a pequena torre das pedras dos antigos líderes de Motunui. Me abaixei e agarrei a minha pedra, me aproximando da pequena torre.

Posso liderar o meu povo então
E desempenhar essa tal missão
Mas não sei calar o meu coração
Por que sou assim?

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