capítulo 11

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O sono não vinha ao meu encontro muito menos o sossego para conseguir dormir e descansar, aquelas palavras não foram ditas de forma a me intimidar e sim intimar o que estava por vir, sem me dar conta minhas unhas penetravam minha pele com força, Abraçei meu próprio corpo tremendo de ansiedade.

Eventualmente a noite  passou dando lugar a manhã do dia, estava toda dolorida por ter caído no sono ao lado da cama rezando, ajeitei meu cabelo que se encontrava bagunçado e espalhando pelo rosto.

Bater, Bater

Os sons exclamaram, mas eu permaneci  quieta, minha reação foi se esconder debaixo da cama, e o silêncio prevaleceu uma vez que eu não respondi.

Se passaram três minutos de silêncio completo, já estava cogitando sair de meu refúgio mas o estrondo que se seguiu me fez ficar imobilizada de medo.

Os barulhos continuaram até a porta ser arremessada contra o chão com tamanha intensidade, foi uma sequência inédita de vários pares de passos adentrando no quarto, logo notaram a falta da minha presença no mesmo.

Portas começam a ser derrubadas tal como tudo o que poderia servir de esconderijo, o caminho até a porta estava livre sem ninguém para fazer a guarda dela.

Rastejei o mais silenciosa que pude e quando finalmente cheguei perto o suficiente, sai disparada fugindo do lugar , eu sabia que era inútil mas eu nunca deixaria de tentar.

.parei atrás da porta que dava para a cozinha dando uma espiada, nela haviam apenas quatro empregadas preparando o pequeno almoço, a chave estava na bancada não muito longe da porta dos fundos.

Um braço magro envolveu meu pulso segurando com muita força como se sua vida dependesse disso, tentei me soltar mas acabamos rolando no chão numa briga de tapas, eu não a queria machucar mas eu não iria deixar ela chamar alguém, minha mão envolveu sua boca com força para conter seus gritos estéticos o que não valeu a pena pois meus olhos começaram a pesar mas eu não desmaiei, foi mais como um sedante para me acalmar.

Coloquei a mão sob a superfície de onde foi injetado ,olhei para trás vendo a governanta com uma injeção nas mãos, ela silabou algumas palavras que não consegui compreender, fui levada sem conseguir mover nenhum músculo ,mas por alguma razão eu não adormecia  só não conseguia realizar meus movimentos de protesto.

A sorte nunca esteve do meu lado, que injustiça.




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