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-Estava esperando por você, Aurora_a voz suave e profunda de Riley se fez presente.
Me virei rapidamente, finalmente tendo a visão do loiro.
-Riley_minha voz saiu quase como um sussurro.
Ele se aproxima segurando minhas mãos e puxando-me para perto.
-Você me disse onde encontrá-la, mas eu simplesmente não me lembrava de nada quando acordei. Me fez questionar se tudo isso é real.
Apertei levemente sua mão, olhando em seus olhos castanhos claros que me atraíam como imãs.
-Como saberemos o que é real?_perguntei me aproximando mais, deixando o espaço entre nós mínimo.
-Vamos aproveitar o tempo que temos aqui_ele olha ao redor aproveitando a vista do "nosso campo de lavanda" e volta seu olhar para mim_Se você não existir, estarei fadado a passar o resto dos meus dias só, nada parece certo quando eu acordo e não tenho você.
-Eu existo, Riley, confie em mim.
Ele encosta sua testa na minha, colocando sua mão na parte inferior das minhas costas. Riley me olhava com adoração, como se estivesse hipnotizado, a forma como ele me olhava me deixava tímida e mais atraída por ele. Nós sentamos no chão o mais próximos possível um do outro, ele sorri colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Em seguida Riley pega um ramo de lavanda do chão e coloca atrás da minha orelha.
-Roxo combina com você_eu ri fraco ainda concentrada em seus olhos.
-Me fale sobre você_pedi observando ele brincar carinhosamente com minha mão.
-Não tenho uma vida tão interessante, na verdade_ele aperta os olhos como se tentasse se lembrar de si mesmo, me fazendo segurar a risada_Eu sou Riley Biers, como a senhorita já sabe, tenho 18 anos, estou terminando o ensino médio, toco piano e guitarra, costumo odiar pessoas, quero ser policial algum dia e parece que eu me baseio apenas nisso.
Ele faz uma cara de irritação e eu ri fazendo um carinho em seu cabelo, o vendo fechar os olhos aproveitando.
-Eu adoraria te ver tocar, Riley Biers_falei sorrindo, notando ele abrir os olhos que se tornam mais escuros, retribuindo o sorriso_Como assim você odeia pessoas?
-Eu acho que não sou muito de socializar e quando socializo obrigatoriamente, costumo odiar as pessoas. Pra ser sincero as únicas pessoas que eu não odeio são minha irmã mais nova e agora você.
-Me sinto lisonjeada, senhor_ele ri passando os braços ao meu redor_e sua família?
Minha pergunta fez seu olhar se tornar perdido e confuso.
-Meu pai é um bêbado idiota, eu não o vejo a anos_ele fala suspirando e eu aperto levemente sua mão, me arrependendo de ter feito a pergunta_Minha mãe é muito difícil de lidar, ela me trata bem e faz um inferno na vida da minha irmã, ela a culpa pelo meu pai ter ido embora. Não faz sentido mas, ela acha que sim, por isso agora eu estou passando grande parte do meu dia trabalhando, para conseguir tirar minha irmã do sofrimento que ela passa dia após dia, vivendo com a mulher que deveria protege-la.
