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Sinto a luz invadir meu quarto, a claridade atravessando minhas pálpebras e aquecendo meu rosto.
Viro-me na cama, inquieta, tentando me esconder, mas é inútil. Resmungo baixinho, irritada comigo mesma.
-Por que é que eu nunca lembro de fechar a cortina antes de dormir?
Me reviro de um lado para o outro, como se houvesse alguma chance de fugir dessa luz incômoda que me obriga a encarar o dia.
De repente, cenas da noite passada invadem minha mente. São como flashes, pedaços desconexos, mas intensos.
Riley e eu estávamos no baile, dançando lado a lado. Lembro-me do jeito que ele me segurava, do toque suave de suas mãos na minha pele, e do modo como seus olhos me fitavam, como se eu fosse a única mulher no mundo, a mais preciosa. Cada palavra, cada gesto… era como se ele me envolvesse em um universo só nosso.
Não… Não pode ter sido apenas um sonho. Esse pensamento se repete em minha mente enquanto me sento devagar, uma das mãos cobrindo meu rosto, ainda tonta entre o sono e a realidade.
Tento lembrar dos detalhes, sentir de novo aquela sensação. Ainda parece surreal, quase mágico demais para ser verdade. Mas então, olho para o criado-mudo ao meu lado e vejo um buquê de lavandas, delicadamente dispostas em um jarro de vidro. E nesse momento, tudo ganha uma nitidez inesperada.
Riley era real. Ele era real. O homem que, até então, só existia nos meus sonhos, estava aqui, presente em minha vida.
Um sorriso escapa dos meus lábios enquanto me aproximo das flores, minha mão alcançando-as com delicadeza. Sinto a suavidade das pétalas entre meus dedos e o aroma fresco e doce invade o ar.
O perfume das lavandas parece carregar cada instante da noite anterior, trazendo de volta cada toque, cada palavra sussurrada, cada beijo que trocamos. Revivo tudo ali, parada diante do buquê, como se fosse uma janela para aquela noite.
Meus pensamentos são abruptamente interrompidos pelo som insistente do celular.
A tela pisca, e vejo o nome “Coisinha” brilhando no visor. É Kylie.
-Por que ela estaria me ligando tão cedo?_murmuro para mim mesma, pegando o aparelho. A curiosidade me desperta de vez, mas o coração ainda está lá, preso nas lembranças de Riley, nas lavandas, em tudo o que essa manhã tão iluminada me trouxe de volta.
*Call on*
-BOM DIA, me conta tudo, vocês transaram?_ela fala rapidamente após o grito sem me dar tempo para responder.
-Bom dia, ky_resmunguei confusa_do que está falando?
-Não precisa ficar tímida só porque é minha cunhada agora, pode me contar.
-Cunhada?
-Não acredito que aquele idiota lerdo não te contou, vocês passaram quase a noite inteira juntos.