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Estávamos no campo de lavandas, e o cheiro adocicado das flores era quase uma carícia no ar.
Eu estava perdida no meio daquele mar lilás, quando, de repente, fui surpreendida por mãos fortes que me ergueram do chão. Meu corpo foi envolvido por um calor familiar, tão reconfortante que quase me fez esquecer de gritar.
Mas, claro, soltei um gritinho involuntário que se transformou em gargalhada logo em seguida.
-Riley!_protestei entre risos, tentando me desvencilhar, mas ele não me deu chance.
Ele me apertou mais forte, com um sorriso que fazia seus olhos brilharem ainda mais intensamente. Ele tinha aquele ar confiante, com um leve toque de travessura, e eu adorava isso, embora jamais admitisse.
-Nem parece que você sentiu minha falta, viu?_ele disse, fingindo-se ofendido, mas com aquele sorriso que eu sabia que ele não conseguia esconder.
-Senti, sim_respondi, tentando soar firme, mas minha risada denunciava o quanto eu estava me divertindo_Só que... bem, você aparece do nada, me pega no colo! Como quer que eu reaja?
-Ah, então é isso? Está reclamando da minha entrada triunfal?_Ele fingiu um suspiro dramático_Que recepção ingrata, mocinha. A pessoa viaja mundos só pra ver o seu sorriso, e o que ganha? Rejeição!
-Rejeição?_gargalhei, dando um leve soco em seu ombro_Você está dramaticamente exagerando, Riley.
Ele me colocou de volta no chão, mas manteve os braços ao meu redor. Senti o calor dele, e por um breve segundo, minha mente pareceu deslizar para um lugar onde só existíamos nós dois. Riley e eu.
Esse "nós" que nunca existiu fora desse mundo de sonhos, mas que aqui parecia tão real. Olhei para ele, e meu coração deu aquele salto que só ele conseguia provocar.
No fundo, eu sabia que estava apaixonada. Era uma sensação tão forte e profunda que, por mais que eu tentasse buscar a origem, não conseguia lembrar como ou quando começou. Só sabia que, toda vez que ele aparecia, era como se uma parte de mim se acendesse.
E, quando ele ia embora, essa parte ficava vazia, deixando-me ansiosa pelo próximo encontro. Não importava que fosse apenas nos meus sonhos, na minha própria mente; o que eu sentia era real. Era carinho, era amor, era uma saudade doída, como se eu tivesse nascido para encontrá-lo.
Ele interrompeu meus pensamentos, colocando uma mão no lado do meu rosto, deixando uma leva carícia com um olhar suave, quase melancólico.
-Quer saber?_ele sussurrou_Acho que você gosta de me provocar assim só pra ter certeza de que vou voltar.
Fiquei sem palavras por um momento, e uma parte de mim quis dizer o quanto ele estava certo, o quanto cada momento com ele era tudo para mim. Mas apenas sorri e dei de ombros, fingindo desdém, mesmo que meu coração estivesse derretendo.