2: profecia aberta

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Quando a lua já estava visível no horizonte do céu estrelado, o castelo do ninho da águia estava agitado por servos e guardas que andavam de um lado para outro. A brisa fria cobria os corredores do castelo, trazendo arrepios e barulhos de rastreamento.

Daenerys, a garota que foi recebida de braços abertos por Jeyne arryn, agora, andava pelos corredores em direção ao salão, onde seria o jantar. Ela estava adornada por um vestido azul que ia até aos calcanhares, com detalhes de prata e um decote em formato de V. Seus lindos e longos fios platinados caindo até a cintura, três tranças feitas perfeitamente divinas no cabelo dela.

Ao chegar no salão ela entrou, com um pouco de receio por não estar em casa, a solidão ainda a seguia como um demônio preparando sua refeição do dia, as pernas a fizeram entrar em uma tristeza profunda, as vezes demonstrava sorrisos mas sempre com uma certa dor por trás. Quando ela entrou no salão, ela caminhou até a mesa em silêncio, evitando olhar para a senhora do vale.

Jeyne afiou os olhos como uma águia e bebeu um pouco do vinho em sua taça, ela então se ajeitou na cadeira e a olhou - sente-se, criança - ela declarou em voz baixa porém firme. Dany suspirou e se sentou como a Arryn havia ordenado.

Um silêncio desconfortável pairou entre as duas, até Jeyne resolver falar.

- coma.. você precisa comer e beber, se não o vento irá te levar - ela disse cruzando as mãos sobre a mesa. Dany franziu as sobrancelhas e cortou um pedaço da carne que estava em seu prato, ela levou o pequeno pedaço até a boca e o mastigou. Era um gosto diferente, meio apimentado, e doce, a targaryen engoliu o pedaço e fez uma leve careta no final. Jeyne a observou com uma certa satisfação - está bom? Perguntou ela já sabendo a resposta - muito bom - rebateu com amargura vinda da platinada, o que fez jeyne soltar uma risada.

Daenerys bebeu um pouco do vinho, e a olhou - o que eu devo fazer? - ela perguntou em voz baixa, com um certo tom de vulnerabilidade por trás, Jeyne parou de rir e suspirou pesadamente - depende do que você está dizendo princesa - ela disse apoiando uma mão ao lado do prato a sua frente - eu falo sobre a guerra e mortes, Aemond targaryen está sentado no trono de ferro, como o verdadeiro Rei de westeros - Daenerys disse, a voz ficando trêmula a cada palavra.

Jeyne a encarou e suspirou - quanto a isso, não é hora de discutirmos ainda, a sua segurança é o mais importante agora...vou enviar uma carta para cregan Stark falando sobre o que aconteceu e como seu belo dragão quase destruiu meus portões - Jeyne disse se levantando - agora descanse, o dia pode ser longo amanhã - ela então se afastou e saiu do salão deixando apenas o silêncio e a targaryen na sala, que agora em um sentimento de solidão profunda encarava a mesa na sua frente, perdida em pensamentos, com milhares de emoções se formando em suas veias. Ela ia se levantando mas sentiu algo tocando seu ombro, ela olhou por cima do ombro e viu ninguém mais e ninguém menos, que Daemon targaryen, na verdade o "espírito" dele bem ali, na sua frente.

Dany ficou horrorizada não conseguindo formular palavras nem sons, Daemon a encarou com firmeza - você sabe o que deve ser feito, Daenerys, ignore essa sua solidão imunda e vá lutar pelo o que é seu, seja um verdadeiro dragão! - ela disse se afastando e começando a sumir na escuridão. Daenerys sentiu duas lágrimas rolando pelo rosto, ainda horrorizada com aquilo "você sabe o que deve ser feito" essas palavras ecoavam pela cabeça dela com um turbilhão de emoções. Ela se levantou rapidamente e deixou o salão para trás, desaparecendo nos corredores.

[ Em kingsland]

A fortaleza vermelha tomada por servos, e músicas que ecoavam pelos corredores, Aemond, o rei assassino de parentes, estava em uma pequena comemoração de seu novo reinado, ao seu lado estava alys rivers, sua esposa e sua rainha. Alicent não apoiava aquilo, mas tinha que compreender.

Enquanto a festa se desenrolava com muitos lordes, nos antigos aposentos de Rhaenyra, desejos eram compartilhados entre a rainha viúva e o lorde comandante, e mão do Rei. Alicent e Criston cole, ambos agarrados e um pequeno espaço entre a mesa e a poltrona, alicent agarrando fortemente o apoio braçal da poltrona, gemendo intensamente com movimentos quase agressivos no quadril, enquanto Criston se deliciava, usando a língua para provar o doce sabor da rainha viúva. Os gemidos de alicent o deixava cada vez mais louco, fazendo ele aumentar a pressão da língua contra o clitóris dela.

Após alicent atingir o clímax, Criston se levantou enquanto limpava a boca com a mão e um sorriso bobo nos lábios inchados - doce como sempre, minha rainha - ele disse a deixando um beijo suave nos lábios dela que ainda estava a recuperar o fôlego. - você ainda irá me matar Criston -

O guarda riu baixo - não é minha culpa...eu quero sentir seu toque - o dornes disse em um sussurro, vendo alicent ajeitar o vestido novamente e organizar o cabelo - temo que...alguém nos pegue desprevenidos - alicent disse se apoiando na mesa com a expressão amargurada

Criston a olhou e soltou um suspiro frustado.

No salão onde ocorria a festa, Aemond e alys estavam sentados e observando a festa, Aemond com a postura e expressão rígida, enquanto alys se mantinha normalmente mas sempre atenta a tudo. Logo algo chamou a atenção de alys, ao olhar para a janela ela viu a figura da lua cheia que habitava o céu estrelado de kingsland, rapidamente barulhos de espadas, dragões rugindo, fogo crepitando e pessoas gritando.

Ela se manteve em silêncio ainda observando a lua, Aemond percebendo o silêncio de sua esposa, girou o olhar para ela em instantes - o que te incomoda desta vez? - ele perguntou em voz baixa mas um leve tom preocupante - algo me diz..que o caos vai se espalhar novamente...reino contra reino... dragão contra dragão...espada contra espada- ela proferiu as palavras com uma sentença de misterio, que fez Aemond ficar tenso - não começa com suas profecias..a guerra acabou..os negros estão todos mortos - ela disse se virando para frente novamente, alys girou o pescoço na direção dele o encarando com mistério nos olhos.

Seria certo confiar nas palavras dela? Aemond não sabia ao certo, mas se uma guerra fosse acontecer..ele vai estar pronto, para o que vier contra seu reino, só que o que o caolho não sabe... é que o demônio platinado está a espreita, perto de despertar de seu sono profundo, e quando acordar...que os deuses o protejam.

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