Prólogo

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7 de janeiro, 1811
Londres, Inglaterra

A casa dos Bridger era na maior parte do tempo caótica e barulhenta, devido às proles do casal de viscondes, Adeline e Michael, que eram extremamente hiperativos e não conseguiam ficar quietos nem por um minuto.

William, tinha cabelos castanhos e olhos esverdeados. Era o mais velho, com 13 anos, mas estava longe de ser o mais responsável. Era sempre quem instigava as brincadeiras mais arriscadas. Benjamin, tinha cabelos loiro-escuros e olhos azuis, veio 1 ano após Will, era tão terrível quanto ele, talvez até mais. Heather, era loira e de olhos verdes, era a irmã do meio, veio 2 anos depois de Ben e era tão espoleta quanto os dois irmãos. Já Lucy, tinha cabelos cor de chocolate e olhos muito azuis, e veio 2 anos após Heather, e entre todos os irmãos, era a mais quieta.

Até porque, seus irmãos nunca a deixavam participar das brincadeiras perigosas que tanto adoravam, o que Lucy achava extremamente injusto. Porque até Heather tinha permissão para se juntar a eles.

Os Bridger eram o terror dos vizinhos, sempre quebrando janelas, jogando terra nas cercas, derrubando caixas de correio e brincando com os cachorros alheios. Essas travessuras frequentemente deixavam os moradores das casas próximas furiosos.

As reclamações eram constantes, com seus adorados vizinhos aparecendo frequentemente para reclamar das travessuras de Will, Ben e Heather. Apesar dos castigos que recebiam, nada parecia corrigir seu comportamento. Na verdade, as punições pareciam apenas instigá-los a inventar novas traquinagens.

Mas eles não faziam suas artes sozinhos, viviam junto de George, que era seu vizinho de 10 anos. George era tão impossível quanto os Bridger, mas a diferença era que George tinha mais noção de limites. E ele não era tão insuportável quanto os irmãos de Lucy.

- Posso brincar com vocês? - perguntou Lucy, enquanto seus irmãos brincavam de esgrima.

- Não! - responderam todos os irmãos juntos.

Lucy fez uma expressão indignada e perguntou:

- Por que não?

- Porque ninguém quer que você brinque - respondeu Will, sem rodeios.

Todos murmuraram em concordância, menos George, que disse:

- Não me importo se a Lucy brincar.

Os três irmãos gemeram em discordância. Lucy sorriu para George e disse:

- Estão vendo?

- De qualquer forma, é 1 contra 3. Lucy está fora.

Lucy se virou para sua irmã mais velha, e disse:

- Até você, Heather?

- Desculpe maninha, mas está muito nova para brincar de esgrima.

Lucy cruzou os braços.

- Isso não é justo!

- Vá para dentro, Lucy - mandou Ben.

Lucy mostrou a língua para seu irmão e voltou para dentro de casa.

Seus irmãos eram insuportáveis na maior parte do tempo, mas Lucy sabia que qualquer um deles daria a vida pela de Lucy. Até George que era só um amigo de dela não pensaria duas vezes em morrer por ela. Lucy tinha certeza disso.

Amigo.

Aos 8 anos, Lucy já nutria sentimentos por George, mas ele a via apenas como uma irmãzinha mais nova. Além disso, era claro que estava apaixonado por Heather. Nem precisava ser muito inteligente para perceber que o afeto que George nutria por Heather ia muito além do que apenas amor fraternal.

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