George tocou a campainha.
Nada.
Tocou novamente, mais forte desta vez.
Ainda nada.
Quando foi tocar pela terceira vez, Will empurrou sua mão, começando a apertar a campainha com tanta força que parecia que ia quebrá-la. O mordomo finalmente apareceu, sua expressão neutra e profissional.
- Bom dia - saudou o mordomo, arqueando uma sobrancelha ao ver os dois jovens. - Quem são vocês?
- Bom dia - respondeu George, tentando manter a calma. - Sou George Harper e este é...
- William Bridger - interrompeu Will, a impaciência evidente em sua voz. - Avise Lord Tillford que estamos aqui.
O mordomo hesitou, claramente intrigado.
- A que se deve a visita?
- Apenas diga que estamos aqui - insistiu Will, sem se importar com as formalidades. - Ele vai saber o motivo.
O mordomo, ainda relutante, assentiu e abriu a porta para que os dois entrassem na casa. A Mansão dos Tillford era imponente, um verdadeiro palácio com decorações que lembravam os salões do rei e da rainha, com tapeçarias luxuosas e lustres que brilhavam como estrelas.
Após alguns minutos de espera, Millard finalmente apareceu.
- Harper! Bridger! - saudou ele com um sorriso que não chegava aos olhos. - Que surpresa agradável ter vocês em minha casa.
George lançou um olhar rápido para Will, percebendo que a tensão estava subindo, sua mão se fechando em um punho.
- A que devo esta visita? - perguntou Millard, fazendo uma pausa dramática.
Will deu uma risada sarcástica.
- Você ainda tem coragem de perguntar?
- Viemos falar com seu pai - afirmou George, tentando manter a conversa no caminho certo. - Onde ele está?
- Achei que seria mais sensato eu vir no lugar dele, afinal, nós temos uma desavença, não ele.
Will estava irritado demais para responder, então George tomou a frente.
- Preferimos conversar com seu pai.
- Assim como meu pai, você também não tem nada a ver com o assunto, Harper.
- Chame-o, Millard - ordenou George, a voz firme.
- Você realmente acha que pode me dar ordens na minha própria casa? - Millard sorriu, mas havia uma frieza em seu olhar. - E ainda não respondeu minha pergunta.
George respirou fundo, concentrando-se.
- Acontece que você não fez pergunta alguma.
Millard franziu a testa, ponderando por um instante.
- Ah, é verdade. Então faço agora: o que estão fazendo aqui?
- George está apenas me acompanhando - disse Will, sereno até demais -, quem vai explicar a situação á seu pai serei eu.
- Não precisamos meter meu pai no assunto.
- Se pagasse o que deve, não precisaria mesmo - vociferou Will.
- Eu preciso de tempo - disse Millard -, assim que conseguir o dinheiro, pagarei a você.
- Te dei 2 semanas Tillford! - esbravejou Will apontando o dedo na cara dele - 2 malditas semanas e nada!
- Não precisa partir para agressão Will - pediu Millard, claramente com medo - estamos todos tendo uma conversa civilizada.
- A única conversa que terá aqui é do meu punho com o seu rosto se não pagar o que me deve ainda hoje, Tillford!
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Com Amor, Lucy
RomanceLucinda Bridger sempre nutriu uma afeição silenciosa por George, o charmoso Lord Belfort. Crescendo juntos, ela o conhecia melhor do que ninguém, mas George só a enxergava como uma boa amiga. Agora, anos depois, a proximidade entre eles desperta sen...