𝕿𝖊𝖒𝖕𝖙𝖆𝖙𝖎𝖔𝖓 - Mattheo Riddle FF.

Caminhos Eternos

No dia seguinte, a antiga e imponente mansão Malfoy estava completamente repleta de inúmeras vozes. Antigos comensais, que haviam servido por muitos anos, se reuniam ao redor da grandiosa e majestosa mesa de jantar. Mattheo estava sentado à direita de seu primo e à esquerda de sua tia, permanecendo em absoluto silêncio, permitindo que sua mente o consumisse por dentro, imerso em seus próprios pensamentos. Ele não conseguia ouvir uma única palavra dita ao seu redor; tudo parecia um turbilhão caótico em sua cabeça.

Desde a noite anterior, Mattheo não conseguia afastar seus pensamentos de Raven. Ele se consumia em arrependimento por cada palavra pronunciada, por cada pequena expressão que havia deixado escapar... Arrependera-se profundamente de ter permitido que ela fosse embora sem ao menos lutar para mantê-la ao seu lado. Ele sentia-se completamente inadequado e impotente, mas compreendia que não poderia mantê-la por perto, não enquanto tudo aquilo estava acontecendo, mesmo que ela permanecesse alheia a toda a situação.

E talvez Riddle só tenha percebido que estava distraído e com a mente distante, quando sua tia, Narcissa, segurou gentilmente sua mão sob a mesa, acariciando-a suavemente com o polegar em um gesto familiar, ao qual ele não estava habituado. Ele lançou um olhar para ela, mas Narcissa manteve-se focada no marido, sem expressar nada, apenas apertando sua mão de maneira firme. Mattheo então olhou para seu tio, que estava sentado na cabeceira da mesa, ditando ordens com autoridade. Do outro lado, encontrava-se sua mãe, exibindo um sorriso que poderia ser descrito como psicótico. Mattheo se perguntava incessantemente se sua mãe poderia ser diagnosticada com alguma condição mental no mundo dos trouxas... Ele estava imerso em pensamentos aleatórios, tudo menos no que realmente estava sendo discutido ali.

A mente de Mattheo era como um complexo labirinto, repleto de pensamentos conflitantes e dúvidas persistentes, no qual ele parecia se perder cada vez mais profundamente. Ele estava consciente de que precisava concentrar-se no momento presente, mas as sombras de suas preocupações pessoais o puxavam constantemente para longe dessa realidade imediata. Enquanto o jantar prosseguia em meio ao burburinho de vozes e ao tilintar de talheres, Mattheo lutava internamente para encontrar um ponto de ancoragem, uma espécie de estabilidade que pudesse mantê-lo firme em meio ao caos constante que o cercava.

Enquanto o jantar prosseguia em meio ao burburinho de vozes e ao tilintar de talheres, Mattheo lutava internamente para encontrar um ponto de ancoragem, uma espécie de estabilidade que pudesse mantê-lo firme em meio ao caos constante que o cercava. Ele desejava poder desligar-se de tudo, encontrar um refúgio seguro dentro de sua mente, mas a realidade insistia em puxá-lo de volta, exigindo sua atenção.

Quando o jantar finalmente chegou ao fim e todos já haviam se retirado, Mattheo se dirigiu à biblioteca, um lugar onde havia compartilhado momentos agradáveis com seus amigos, alguns meses atrás. Ele empurrou a porta lentamente, percebendo a presença de Draco e Narcissa, que estavam sentados em frente à lareira. Draco estava absorto em um livro enquanto sua mãe mantinha seus olhos atentos fixos no fogo; ela se virou rapidamente ao sentir que alguém mais havia entrado, e lançou um sorriso caloroso para o sobrinho. Mattheo estava prestes a fechar a porta e se retirar, quando ouviu a voz de Narcissa.

— Eles não estão aqui — disse Narcissa com doçura na voz — Saíram, com os outros.

Era uma sutil sugestão para que ele entrasse, algo que o fez questionar se deveria, mas acabou por ceder. Ele se acomodou na terceira poltrona, também observando as chamas, permitindo que o calor quase queimasse seu rosto; ele não se importava, pois nada mais parecia importar naquele momento.

— Como você está? — perguntou Narcissa, suas mãos repousando no colo, as mesmas mãos que haviam lhe oferecido conforto durante o jantar.

— Bem — respondeu ele, mentindo de maneira rápida e sucinta.