𝕿𝖊𝖒𝖕𝖙𝖆𝖙𝖎𝖔𝖓 - Mattheo Riddle FF.

Um Rubi Verde.

Mattheo Riddle chegou em Hogwarts com uma reputação sombria que precedeu seu nome, algo que jamais poderia ser sua culpa, não quando tão poucos sabiam de sua existência, como ele poderia ser culpado de algo que jamais caíra em suas mãos?

Como filho de ninguém menos que Voldemort, muitos alunos e professores encarariam sua chegada com apreensão e ele entendia bem isso, melhor dizendo, soube disso assim que recebeu - antes de sua chegada - uma coruja para que se dirigisse ao escritório do diretor ao chegar no colégio. McGonagall provavelmente deixaria aquela ideia mais que explícita em sua mente, mas ele desceu do expresso Hogwarts com confiança no olhar, com o coração apertado, como se a qualquer momento fosse romper aquele uniforme patético - que tinha sofrido poucas mudanças desde a reabertura de Hogwarts - e saltar para fora de seu peito. Ele concentrava sua respiração para evitar um vexame que poderia ser causado por um ataque de pânico, e mesmo que tentasse, os sussurros sobre o misterioso novo garoto, sentado no trem sozinho, eram mais altos. Ele se perguntou se sua aparência o entregaria, afinal, o garoto era quase uma cópia de seu pai em seus anos de adolescente. O cabelo cacheado e escuro vinha de sua mãe, excelentes bruxos que foram corrompidos por sua própria ganância e ego. Ele gostava de pensar que isso era uma coisa que ele não havia herdado de seus pais. Apenas a ideia de compartilhar o sangue com aquele que causara tanto terror no mundo bruxo o repugnava.

Enquanto percorria os corredores, Mattheo exibia uma postura altiva, sustentando um sorriso vazio para as garotas que o encaravam, ah claro, em poucos minutos no castelo ele já tinha chamado atenção de dezenas de garotas que sequer sabiam quem ele era, e provavelmente cairiam ao seus pés ao saber de quem era filho, eram patéticas superficiais que gostavam de "viver"algo perigoso, engraçado como elas corriam quando realmente acontecia algo perigoso. Ele sabia perfeitamente o poder que exercia sobre elas.

O som dos seus sapatos ecoava pelo chão velho do castelo, um par de all-stars pretos que ele havia adquirido durante uma breve visita ao mundo trouxa. Apesar de já estarem um tanto desgastados, refletiam a sua personalidade e as histórias que tinham presenciado. O mistério que o envolvia pairava como uma densa névoa negra pelos corredores, provocando um sentimento de temor nos demais alunos, um aluno novo à esta altura do campeonato, jamais poderia ser algo bom.

Mattheo não se importava com a atenção negativa que chamava para si naquele momento, apenas não gostava da dúvida que pairava segundos atrás nos olhos de alguns. Caminhava com confiança, mantendo contato visual com todos aqueles que o fitavam, causando um desconforto evidente. A sua presença era magnética e intrigante, despertando curiosidade e incertezas entre os que o observavam. Quem era ele, afinal?

Aquele nome soou como um feitiço das trevas em meus ouvidos, até minutos atrás, ele não passava de um mero conto utilizado para assustar as crianças. Os olhares de todos estavam voltados para ele, que continuava a encarar o grupo prateado da Sonserina, onde eu estava sentada. Olhei para trás vagarosamente, procurando os olhos de Harry Potter, que acabara de se virar para mim, como se já soubesse que eu o encararia. Ele tinha pavor estampado no brilho de seus olhos, algo que eu já não via nele há algum tempo. Mas Riddle não. O moreno parecia confiante, mesmo que o medo da aceitação o corroesse como a ferrugem atacava um pedaço de prata falsa.

A presença de Mattheo Riddle em Hogwarts era como um furacão que varria todo o castelo. Seu nome, carregado de histórias sombrias, ecoava pela salão e provocava arrepios em quem o ouvia, carregava consigo a pesada herança de seu pai.

- Ele esta olhando para cá - Goyle ditou nervoso, fitando a mesa.

- Obrigada pela observação astuta Goyle - Draco ditou sarcástico - Eu nem havia notado.

- Deixe de ser tão rude com as pessoas! - Theodore reclamou - Raven!

Eu devia ter ficado o encarando, hipnotizada por meros segundos para que Theodore tentasse me acordar daquele transe, me virei para ele e ele me encarava, a procura de uma resposta.