O ENIGMA DA FLORESTA

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### **3.1 - O Enigma da Floresta**

O amanhecer trouxe um alívio temporário ao grupo, com o sol surgindo entre as copas das árvores e aquecendo a floresta ao redor. Aurelia, Serena e a equipe de escolta estavam prontos para retomar sua jornada em direção ao Refúgio das Sombras. A floresta à frente parecia imensa e impenetrável, uma tapeçaria de verdes profundos e sombras persistentes.

O grupo avançou com cautela, o som dos cascos dos cavalos misturando-se ao crepitar das folhas secas sob seus pés. O cheiro da umidade da terra e da vegetação era penetrante, criando um ambiente úmido e fechado. À medida que se adentravam mais na floresta, a luz do sol tornava-se cada vez mais difusa, filtrada pelas copas das árvores que se entrelaçavam acima deles.

Eamon, o líder da escolta, estava na frente, seu olhar atento para qualquer sinal de perigo. Aurelia e Serena estavam logo atrás, observando a paisagem ao redor e tentando discernir qualquer pista que pudesse levá-las ao Refúgio das Sombras.

"Devemos ficar atentos. A floresta é conhecida por ser traiçoeira," Eamon alertou, sua voz baixa e firme. "Há relatos de que ela pode mudar de forma para confundir os viajantes."

Aurelia olhou ao redor com uma expressão de concentração. "Precisamos encontrar alguma indicação de que estamos no caminho certo. Se o Refúgio das Sombras está escondido, então deve haver sinais de que não estamos apenas vagando sem rumo."

Serena olhou para o chão, examinando o terreno. "Se houver algum caminho ou pista, deve estar camuflado. Talvez possamos encontrar algo que não seja imediatamente óbvio."

O grupo continuou sua marcha, com os sentidos aguçados para qualquer alteração no ambiente. Após algumas horas, eles chegaram a uma clareira, onde o grupo fez uma breve pausa. O local era inusitadamente tranquilo, e uma fonte de água cristalina corria suavemente ao fundo.

Enquanto descansavam, Aurelia se aproximou da beira da fonte e começou a examinar a área. Ela notou uma série de marcas esculpidas nas pedras ao redor da água, que pareciam ser símbolos antigos. Com cuidado, ela desenrolou um pergaminho que trouxera e comparou os símbolos com aqueles encontrados em seus textos.

"Olhem para isso," Aurelia disse, apontando para as marcas. "Estes símbolos correspondem a alguns dos que vimos na biblioteca. Eles podem ser uma indicação de que estamos no caminho certo."

Serena se ajoelhou ao lado de Aurelia, examinando as marcas com interesse. "Isso pode significar que estamos perto de algum tipo de pista ou orientação. Se esses símbolos são uma forma de guia, precisamos seguir o que eles nos dizem."

Eamon se aproximou, observando os símbolos com um olhar crítico. "Esses símbolos podem ser uma forma de marcador. Se estão aqui, provavelmente foram colocados por alguém que já procurou o Refúgio das Sombras antes de nós."

Enquanto discutiam o significado dos símbolos, um dos guerreiros da escolta, um homem chamado Bran, veio correndo até eles, com uma expressão alarmada. "Senhoras, encontramos algo mais adiante que pode ser de interesse. Uma estrutura antiga parcialmente coberta pela vegetação."

Aurelia e Serena se levantaram imediatamente, acompanhadas por Eamon e Bran em direção à descoberta. A estrutura que encontraram era uma ruína coberta por musgo e cipós, parcialmente enterrada sob as raízes das árvores. Parecia ser um templo ou uma construção antiga, com colunas quebradas e paredes de pedra.

"Isso pode ser um dos locais mencionados nos textos," Aurelia disse, sua voz cheia de expectativa. "Se o Refúgio das Sombras é realmente uma fortaleza antiga, pode haver pistas aqui sobre sua localização."

O grupo começou a explorar a ruína, examinando as paredes e o piso. Entre as pedras quebradas e o entulho, Aurelia encontrou uma entrada parcialmente escondida que parecia levar para o interior da estrutura.

"Eamon, você e seus homens podem garantir que o caminho está seguro enquanto eu e Serena investigamos?" Aurelia pediu, seu olhar fixo na entrada.

Eamon assentiu, fazendo sinal para que seus homens se posicionassem ao redor da área. "Claro. Tenham cuidado. Se há algo a ser encontrado aqui, é melhor estar preparado para o que quer que venha."

Aurelia e Serena entraram na estrutura, a escuridão do interior contrastando com a luz suave da clareira. Elas usaram tochas para iluminar o caminho, avançando com cautela por corredores estreitos e câmaras abandonadas. A atmosfera era carregada com uma sensação de antiguidade e mistério, e cada passo fazia eco nas paredes de pedra.

"Estamos no lugar certo," Serena murmurou, observando as marcas nas paredes que pareciam corresponder aos símbolos que haviam encontrado na clareira. "Se esta estrutura é uma indicação, então devemos estar perto de algo importante."

Aurelia olhou ao redor, seu coração acelerado pela emoção e pela expectativa. "Vamos continuar. Se houver uma pista para o Refúgio das Sombras aqui, encontrá-la pode nos aproximar da nossa missão."

Enquanto exploravam o interior da estrutura, o grupo de Aurelia estava cada vez mais imerso no enigma da floresta e das ruínas antigas. O tempo passava rapidamente, e a sensação de proximidade com a descoberta aumentava a cada momento. O Refúgio das Sombras estava cada vez mais perto, mas a jornada ainda estava longe de terminar.

O REINO DAS SOMBRASWhere stories live. Discover now