The Red means I love you

Chapter Twelve

[Kim Seungmin]
Ando em direção ao meu quarto do meu paciente com um café puro e um americano gelado, afinal, nada melhor do que começar a semana com cafeína.

Passo meu cartão e entro no quarto.

— Olá Changbin. - coloco o copo com americano na frente do mesmo. — Oque você acha de sermos mais abertos hoje?

— Não sei doutor, porque não testamos?

— Ok. - dou meu primeiro gole e ele também. — Me diz, porque você acha que não consegue se apaixonar?

— Não sei. Talvez ninguém seja bom o suficiente para mim.

— Voce é meio narcisista, né?

— Talvez.

— Posso te falar algo?

— A vontade doutor.

— Você acha que eu sou solteiro, casado ou estou namorando?

— Nao sei. Você não parece ser casado, talvez, namorando?

— Nao. Estou solteiro.

— Tá? Mas oque isso tem haver com a seção de hoje?

— Você matava as pessoas por não fazerem você se apaixonar, certo? - ele assente — Eu nunca me apaixonei também. Nunca senti o mínimo de vontade de transar com alguém. Você acha que eu deva matar pessoas?

— Bom, não sei o seu caso, mas isso me ajuda bastante - ele da um sorriso sarcástico.

— Ok, minha última pergunta. - ele se ajeita um pouco na cadeira — Oque você acha que você faria caso se apaixonasse?

— Uou, isso é uma ótima pergunta - ele ri — Eu acho que trataria a pessoa bem né, afinal, tudo que eu mais quero, é aquilo que eu não consigo ter, é sentir-me atraído romanticamente por alguém.

— Você tem alguma ideia do seu tipo ideal? Algo que te atrai em alguma pessoa? - ele nega.

— Acredito que eu não tenho um tipo ideal.

— Todo mundo tem um tipo ideal, só não sabe como descrever.

— E como é seu tipo ideal doutor?

— Meu tipo ideal? - ele assente — Eu realmente nunca parei para pensar sobre isso - dou uma pausa — Mas acredito que o que mais me atrai em uma pessoa é sua forma de agir e demonstrar sentimentos. Uma pessoa que age romanticamente, mas que se demonstre mais intensamente que isso. - ele me encara mais um pouco — E tem que ser um pouco mais alto que eu.

— Sabe doutor, eu tenho um amigo muito parecido com oque você acabou de descrever. Talvez eu te apresente ele.

— Quem sabe algum dia - forço um sorriso — Até a próxima seção.

— Até doutor.

...

Estava ainda na clínica repassando minhas anotações, o diagnóstico de Changbin é muito complicado. Ele é um psicopata, isso é certo. Mas sinto que tem algo a mais nele, alguma doença, desejo ou condição especial. Não sei dizer ao certo. Estou suspeitando de Borderline.

— Oque acha? - pergunto a Shim Jaeyun, meu colega.

— Não sei, já tentou investigar borderline?

Ele pergunta após me entregar o caderno com minhas anotações.

— Já. - falo desanimado — Eu realmente não sei oque ele tem.