**A loucura da perfeição**

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Oi, gente! Aqui quem fala é a Nat, e estou super empolgada para anunciar que o capítulo 2 da minha fanfic já está no ar! 🎉
Vocês não têm ideia de como estou animada com esse projeto, estou colocando muita paixão na história, e espero que vocês estejam gostando tanto quanto eu estou curtindo escrevê-la.

Eu adoro ver vocês interagindo, então, por favor, não sejam tímidos! Estou 100% aberta para sugestões, feedbacks, palpites e, claro, muito ansiosa pelos comentários de vocês. Eu espero *muitas* interações por aqui, hein? Vamos fazer essa história crescer juntos!

Só quero deixar um *muito obrigada* para quem já está acompanhando. Sério, vocês são incríveis! E já vou deixar combinado que vou postar toda *quarta e sexta*, então fiquem de olho!

Ah, e se quiserem bater um papo, me sigam no *Bluesky*! Estou por lá com o perfil [juridicosunilee.bsky.social] e quero muito interagir com todos vocês por lá também! 💙

Então é isso, gente! Espero que curtam o novo capítulo e mal posso esperar para ler o que vocês acharam! Até breve! 😘

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Ontem à noite, me sentei com a psicóloga do time. Uma conversa que, honestamente, eu não queria ter. Quero dizer, quem *quer* realmente abrir o coração e despejar as inseguranças, certo? Mas lá estava eu, falando sem parar, sobre pressão, sobre expectativas, sobre sentir que tudo vai desmoronar. E, do outro lado, ela. Com aquela cara de quem já viu esse filme umas cem vezes, mas que sabe exatamente a hora de intervir. Tinha uma urgência no olhar dela, quase como se dissesse: "Amiga, segura essa barra, ou vai te derrubar." Depois, tentei me acalmar com meditação. Concentração total. Respira. Expira. Mas minha mente estava tipo: "Tô fora!" E lá se foi minha tentativa zen pela janela.

**27/07/2021 - Final por equipes - Tóquio, Japão**

Acordei sabendo que o dia seria complicado. Final por equipes. Tudo ou nada. Aquele tipo de evento que as pessoas esperam que você chegue, brilhe e vá embora com um ouro no bolso. Só que, honestamente? O peso desse ouro parecia um elefante sentado no meu peito. Eu, que sempre fui a garota que todo mundo esperava que *ganhasse*, agora estava aqui, tentando lembrar como se respira.

Quando comecei a aquecer no salto, já senti que o dia ia ser daqueles. Meu coração estava a mil, e, em vez de focar nos meus movimentos, tudo o que passava na minha cabeça era: "Se você errar, vai ser na frente do mundo inteiro, tá?" Show de bola, né? Minhas pernas estavam fazendo o que sabiam, mas minha cabeça estava numa viagem completamente diferente. Era como se meu corpo e cérebro tivessem dado unfollow um no outro. Maravilhoso.

Saí do aquecimento com aquele olhar de "o que eu tô fazendo aqui?" e vi Jordan e Suni me encarando. Jordan, com aquele jeitão "O que tá rolando?" e Suni, sempre meio zen, mas hoje com uma pitada de "tô nervosa por você". E, sério, se Suni está preocupada, é porque o negócio tá feio. Elas vieram até mim, e eu fiz o que qualquer pessoa faz: sorri e disse "Tô bem." Mentira das boas. E claro, elas sabiam. Mas o que eu podia fazer? Eu era a Simone Biles, certo? A garota que *sempre* está bem.

Aí chegou o momento do salto. Sabe aquele frio na barriga que dá quando você sabe que algo vai dar errado? Pois é. Aquele corredor para o salto nunca pareceu tão longo. Corri, saltei e... foi um desastre completo. O ar parecia desaparecer, e antes que eu percebesse, estava no chão. Não só caí, mas o silêncio ao redor foi como um tapa na cara. Todo mundo me olhando, tipo: "O que foi isso?" E eu lá, deitada no chão, só pensando: "Isso não era parte do plano."

Quando Cecile, minha treinadora, apareceu do meu lado, dava pra ver no olhar dela que a coisa estava séria. "Simone, você tá bem?" Ela perguntou com aquela voz preocupada de mãe, e eu só consegui balançar a cabeça. Não tinha machucado o corpo, mas, cara, minha mente estava um caos. Como é que eu explicava que não conseguia mais controlar meu próprio corpo?

Ela me ajudou a levantar e me levou para o banco. Sentei ali, tentando não deixar o mundo desabar em cima de mim. Lágrimas começaram a cair, e eu, que sempre fui boa em segurar as emoções, simplesmente não consegui. Olhei para minhas companheiras de equipe e vi o choque nos rostos delas. Jordan parecia prestes a correr até mim e me chacoalhar, tipo "Você tá aí dentro?". Já Suni... bom, Suni estava assustada, o que só me fez sentir pior. Eu tinha falhado.

Finalmente, as palavras saíram da minha boca, num sussurro: "Eu não consigo mais." Cecile me olhou como se eu tivesse acabado de falar em outra língua. "O quê?" E eu repeti, mais forte desta vez: "Eu não consigo mais."

Ela ficou em silêncio por um segundo, e eu juro que dava pra ver o coração dela se partindo. "Você tem certeza disso?" perguntou. Aquele tipo de pergunta que parece simples, mas carrega todo o peso do mundo.

"Tenho," respondi, as lágrimas ainda caindo. "Eu tô perdida, Cecile. Se eu continuar, vou prejudicar a equipe. Elas podem fazer isso sem mim."

Ela assentiu, e naquele olhar eu senti tudo. Preocupação, tristeza, mas também apoio. Ela me deu um abraço, o tipo de abraço que só treinadores que viram quase suas segundas mães sabem dar. E então, eu soube que tinha tomado a decisão certa, mesmo que doesse como o inferno.

"Vou falar com a equipe," ela disse, se afastando. Mas eu a parei, segurando o braço dela.

"Não. Deixa que eu falo," pedi. Era a minha equipe, as minhas amigas. Elas mereciam ouvir de mim.

E lá fui eu. Caminhei até Jordan, Suni e Jade, que me olhavam com aquelas caras de "O que tá acontecendo?". Parei na frente delas, respirei fundo e mandei ver: "Gente, eu tô fora. Não sei o que tá rolando comigo, mas não consigo competir. Não quero atrapalhar vocês. Sei que vocês conseguem."

Jordan foi a primeira a reagir, claro. "Amiga, você tá brincando, né?" A expressão dela era um misto de preocupação e incredulidade.

"Queria que fosse piada, Jor. Mas tô falando sério." Tentei sorrir, mas acho que meu rosto não colaborou muito.

Suni, sempre a calma em pessoa, me olhou com aqueles olhos penetrantes. "A gente vai dar conta, Simone. Não se preocupa." Ela disse isso de um jeito tão simples que quase acreditei.

Jade, que é tipo a rocha do time, me puxou para um abraço apertado. Não precisou falar nada. Eu sabia que elas estavam comigo, mas parte de mim ainda se sentia a maior das fracassadas.

Pelo menos eu estava aqui para dar apoio moral. Mesmo sem poder competir, sabia que estar presente, mostrando que ainda fazia parte da equipe, era importante. Jordan, Jade, Sunisa... Elas precisavam ver que eu estava lá por elas.

Durante uma pausa, decidi ligar para minha mãe. Não tinha certeza do que falar, mas precisava ouvir sua voz."Oi, mãe..." minha voz estava baixa, quase abafada pela minha própria insegurança."Oi, querida, como você está?" A voz dela era quente e reconfortante, como um cobertor que te envolve no frio.

"Estou... aqui, no ginásio, mas minha cabeça... Não consigo fazer com que ela acompanhe meu corpo. Eu quero estar lá, competindo, mas não consigo. Parece que estou presa em um lugar que meu corpo não entende mais.

"Ela ficou em silêncio por um momento, como sempre fazia quando refletia sobre algo importante. "Simone, você já fez mais do que qualquer pessoa poderia imaginar. Se seu corpo não está respondendo da forma que você precisa, então você precisa ouvir isso. Não se force a ser mais do que você já é."

"Eu sei... só que é tão difícil."

"Vai ser difícil, mas isso não significa que você não pode dar seu apoio de outras formas. Olha onde você está agora. Você ainda está lá para suas companheiras, dando força para elas. Isso também é importante."

Ela estava certa.

Eu podia não estar competindo, mas estava lá para Jade, para Sunisa, para Jordan. E, às vezes, isso era o suficiente.

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