Sombras De Esqueleto- Harém Reverso (livro 2)

Capítulo 20

MAX

Estava terminando a reunião com os organizadores do Desafio das Sombras, já aceitando o convite para me tornar um dos organizadores dos próximos anos. A responsabilidade era enorme, mas a oportunidade era ainda maior. Com a reunião encerrada, saí determinado a encontrar Adeline na festa. Queria compartilhar a novidade com ela, mas depois de procurar por todo lado, não a encontrei.

Ao invés disso, encontrei Dave desmaiado no meio da pista de dança, e Kasper ao lado dele, rindo sozinho e quase apagando também. Balancei a cabeça. Esses caras, sempre exagerando.

— Vamos lá, seus bêbados — murmurei, puxando Kasper para cima e apoiando Dave com o outro braço.

Depois de um esforço considerável, consegui levar ambos aos seus quartos. Quando finalmente os deixei seguros, decidi dar uma última olhada no quarto de Adeline, esperando que ela já estivesse dormindo.

Ao abrir a porta, vi Adeline deitada na cama, enrolada em um cobertor, o rosto angelical apesar do estado em que provavelmente estava. Joe dormia sem camisa na poltrona, parecendo exausto, e Ian estava deitado ao lado de Adeline, mas ainda acordado. Quando ele me viu, acenou com a cabeça, e Joe, percebendo algum movimento, abriu os olhos de repente. Ao notar que era apenas eu, ele fechou os olhos novamente e voltou a dormir.

Aproximei-me da cama, afastando uma mecha de cabelo do rosto de Adeline.

— Como ela está? — perguntei em voz baixa.

— Completamente bêbada e louca — Ian respondeu.

— Vai pro canto, Ian — eu disse, gesticulando para ele se afastar.

Ele assentiu, se movendo cuidadosamente e puxando Adeline um pouco para dar espaço para mim. Com cuidado, deitei-me ao lado dela, sentindo o calor do seu corpo próximo ao meu. Ela se mexeu um pouco, murmurando algo inaudível, e eu apenas observei, um sorriso leve nos lábios.

— Ela vai ficar bem — murmurei, mais para mim mesmo do que para Ian. Olhei para ele, que agora estava mais afastado, mas ainda observando a cena. — Obrigado por cuidar dela.

Ele deu de ombros.

— É o que fazemos. Sou namorado dela também.

Passei o braço por cima de Adeline, sentindo a suavidade do seu cabelo contra minha pele, e me acomodei, finalmente relaxando.

— Ian — sussurrei, tentando não acordar Adeline. — Já pensou no que vai acontecer quando a gente voltar para nossas rotinas e obrigações?

Ele suspirou, virando a cabeça para me encarar.

— O tempo todo. Vou ter que voltar para a empresa de tecnologia, agora que meu pai decidiu se dedicar aos testes. Isso vai ser uma porra de uma responsabilidade.

Assenti.

— Eu sei. E com tudo o que aconteceu... nosso relacionamento com Adeline, onde vamos morar, como vai funcionar? Eu preciso conversar com a equipe sobre isso porque ainda não descobrimos o que o Klaus queria com o feitiço.

Ian ficou em silêncio por um momento, refletindo.

— Tava pensando nisso. Acho que a gente não pode se dar ao luxo de morar longe dela. Não depois de tudo o que o Klaus fez.

— Concordo — respondi. — Estava pensando... e se a gente fosse morar todos na mesma casa? Comprar uma mansão, juntar o dinheiro que ganhamos depois de nos tornarmos Dominantes. Assim, estaremos sempre perto dela e uns dos outros.

Ian levantou uma sobrancelha, considerando a ideia.

— Sabe, Max, isso não é uma má ideia. Na verdade, faz bastante sentido. Poderíamos manter um olho na segurança dela. E seria bem mais fácil dividir as responsabilidades.