Capítulo 33

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MAX

Desci da caminhonete com um misto de ansiedade e determinação. Adeline, Joe, Ian, Kasper e Dave estavam comigo, compartilhando a tensão no ar. O bunker subterrâneo onde a bruxa estava presa parecia mais um mito do que uma realidade, mas agora estávamos aqui.

O lugar era escondido e discreto, uma pequena entrada disfarçada de depósito no meio do nada. Era difícil acreditar que algo tão importante estivesse guardado ali. Adeline tirou um pedaço de papel do bolso, a senha que Klaus havia dado a ela junto com o endereço. Seus dedos tremiam ligeiramente enquanto digitava os números no painel de entrada. O som dos botões pressionados parecia ecoar no ambiente.

Com um clique mecânico, a porta se abriu, revelando uma escadaria que descia para as profundezas. A iluminação era fria e artificial, lançando sombras sinistras nas paredes de concreto. Descemos em silêncio, cada passo ressoando no corredor estreito e longo. O cheiro de mofo e metal velho impregnava o ar.

Quando finalmente chegamos ao fundo da escada, uma porta de aço nos aguardava. Adeline digitou a senha mais uma vez, e a porta se abriu com um rangido pesado. Entramos em um espaço surpreendentemente amplo e bem equipado. Este bunker era mais que apenas uma cela; era um lugar onde se podia viver, embora solitário.

O interior era funcional, com uma sala de estar modesta, cozinha equipada, banheiro e até um quarto confortável. Não havia janelas, e a iluminação artificial criava uma sensação de isolamento e claustrofobia. Era evidente que quem quer que estivesse aqui tinha tudo o que precisava para sobreviver, mas nada que pudesse trazer verdadeira alegria ou companhia.

Meus olhos se voltaram para Adeline, que parecia absorver cada detalhe do lugar. Joe, Ian e Dave estavam em silêncio, observando também, mas a tensão era palpável. Era estranho pensar que esse lugar solitário e sombrio abrigava uma bruxa, alguém com poderes que nem mesmo compreendíamos completamente.

Finalmente, Adeline quebrou o silêncio.

— Vamos encontrá-la e acabar com isso de uma vez por todas. — Sua voz era firme, mas havia um leve tremor nela.

Caminhamos juntos pelo bunker, sentindo o peso de cada passo. Não importava o quão bem equipado fosse esse bunker; ele não conseguia esconder a solidão e a escuridão que permeavam cada canto.

O desafio estava apenas começando, e eu não sabia se estávamos prontos para o que encontraríamos. Afinal, nunca enfrentei uma bruxa antes. Mas uma coisa era certa: não estávamos dispostos a recuar. Estávamos ali para enfrentar nossos demônios, literal e figurativamente, e descobrir a verdade, por mais assustadora que fosse.

Atravessamos o bunker até chegarmos a uma porta de aço mais robusta do que as anteriores. Meu coração batia forte no peito, e eu podia sentir a tensão nos outros. A porta se abriu, revelando uma sala escura e opressiva.

No centro estava a bruxa. Ela era uma figura imponente, mesmo marcada pelo sofrimento. Seus olhos brilhavam com uma raiva intensa que parecia queimar através da escuridão.

— Finalmente — ela murmurou com uma voz rouca, levantando a cabeça para nos encarar. — Os servos do Magnus vieram me visitar.

Ian é o primeiro a se aproximar, seus olhos fixos nela com frieza. Antes que alguém possa reagir, ele usa seus poderes elementais, imobilizando-a. A bruxa tenta se mover, mas está presa.

— Não precisa disso — ela diz, a voz carregada de desdém. — Não pretendo machucá-los.

Ian não hesita, seu tom é cortante.

— Mas nós pretendemos machucá-la se você não colaborar.

Adeline está tremendo no canto da sala, quase colada em Kasper. Eu sinto a tensão dela, e isso me deixa ainda mais determinado. Joe permanece quieto, de braços cruzados perto da porta, observando. Ele é sempre o observador silencioso, pronto para agir quando necessário.

Sombras De Esqueleto- Harém Reverso (livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora