Sombras De Esqueleto- Harém Reverso (livro 2)

Capítulo 14

ADELINE

Meus membros tremem incontrolavelmente, meu corpo está tenso, congelado em um estado de choque absoluto. Eu evoluí três níveis de poder de uma só vez. O que acabou de acontecer parece surreal, como se eu estivesse observando tudo de longe, incapaz de acreditar que realmente sobrevivemos ao Desafio das Sombras. Eu me tornei uma Dominante, caralho!

O poder extremo, pulsando em minhas veias, parece prestes a explodir meu corpo frágil. É uma sensação avassaladora, esmagadora, que me deixa sem ar e incapaz de articular uma única palavra coerente. Minhas mãos tremem violentamente, a energia vibrando em cada célula do meu ser. O medo se mistura com a incredulidade, formando um coquetel de emoções tão intenso que mal consigo suportar. Estou à beira do colapso, à mercê de uma força que não consigo compreender ou controlar.

Porra, então é assim que é ser poderosa? A verdade é que não sei se sou capaz de lidar com tudo isso, com o peso esmagador do poder que agora habita em mim.

Meu olhar vagueia pelo ambiente turvo, e encontro os garotos ao meu redor, cada um deles envolto na mesma aura de poder extremo. Seus rostos exibem expressões de puro êxtase misturadas com um toque de excitação, uma mistura explosiva que faz meu coração acelerar em um ritmo frenético. É quase erótico de se ver, como se estivesse testemunhando a ascensão de deuses diante dos meus próprios olhos. Cada músculo tenso, cada veia pulsante, emana uma energia bruta e primal que me faz ansiar por eles de uma forma que eu nunca imaginei possível.

O desejo me atinge como um soco no estômago, brutal e implacável. Minha mente é inundada por pensamentos obscenos, fantasias selvagens que me consomem com uma intensidade avassaladora. Quero tocá-los, explorar cada centímetro de suas peles, fundir-me com eles em um frenesi de paixão desenfreada. Quero todos. De uma só vez.

Caralho, olha para esses homens... Agora que sou tão forte quanto eles, tenho certeza que isso seria brutal, insano e devastador. É como se estivéssemos conectados por uma força invisível, uma ligação que transcende o físico e mergulha nas profundezas do desejo mais primitivo. Não há palavras para descrever a intensidade desse anseio que me consome, apenas o desejo avassalador de me perder nos braços desses homens que agora parecem tão poderosos e irresistíveis.

Minhas mãos tremem ainda mais violentamente, mas não é mais apenas o medo que as faz tremer. É a urgência ardente do desejo, a necessidade desesperada de saciar essa fome insaciável que queima dentro de mim. 

***

Os organizadores nos aplaudem, saudando-nos como os novos Dominantes. A sensação de triunfo se mistura com a agitação do momento, e somos conduzidos ao salão principal, onde outras equipes vitoriosas se reúnem. Lá, somos recebidos pelo Rei Magnus e uma série de líderes e organizadores dos testes, incluindo Klaus e Lucian — o pai de Ian.

Sinto-me acuada pelo olhar penetrante de Klaus, como se ele pudesse ler meus pensamentos mais íntimos com apenas um olhar. Mesmo sabendo que isso é impossível, desvio o olhar, tentando disfarçar o desconforto que sua presença me causa. Mas então, meu coração se acalma ao encontrar minhas amigas entre os sobreviventes do último teste.

Any e Spice estão lá, seus olhares carregados de uma tristeza silenciosa. Antes que eu possa me aproximar, percebo o vazio ao lado delas, onde Ema costumava estar. Uma onda de tristeza me atinge, mas tento disfarçar, não querendo mostrar o impacto da perda, mesmo que não tivéssemos uma amizade próxima. No fundo, uma parte de mim fica aliviada por não ter desenvolvido um vínculo forte com Ema. Afinal, se tivéssemos nos aproximado mais, eu também estaria sofrendo com sua perda agora. É uma verdade amarga, mas no turbilhão de emoções que me consome, é um pensamento reconfortante.

Troco olhares com Any e Spice, compartilhando a dor da perda e a gratidão por estarmos juntas. Em meio às celebrações e aos cumprimentos formais, encontramos conforto na presença uma da outra, sabendo que, apesar de tudo, sobrevivemos.

O inferno finalmente acabou. Estamos livres.