Minha ex pior aluna-Imagine Aizawa

Operação Kalleb

" _ Autodestruição! -respondo antes de sair e fechar a porta do carro. Respiro fundo e saio andando na direção em que havia dito para os meninos, rezando para que estivesse certa sobre isso, caso o contrário, eu me perderia ali com muita facilidade."

Eu caminhava com muita dificuldade no meio daquele mato alto, encontrando vez ou outra algum bicho ou coisas indesejadas. Aquelas folhas pinicavam de maneira estressante a minha pele, quase me fazendo ter um surto e sair cortando tudo aquilo ao meu redor. Uma pena que eu não poderia chamar a atenção. Depois de um certo tempo caminhando, encontro um celeiro antigo, com algumas partes caindo, olho para meu relógio para confirmar se era ali mesmo o local do esconderijo, e por incrível que pareça, era sim.

_ Certo, vou precisar observar para ver se alguém vai sair de lá... -me agacho e olho atentamente ao redor- "Acho que com o Kurogiri por lá, eles não sairão tão cedo dali" -suspiro chateada e decido me aproximar e olhar por dentro. Quem sabe o que poderia ter por ali?

Havia um certo espaço bem aparado ao redor do local, que indicava que não estava tão abandonado como aparentava. Tento chegar as grandes paredes em busca de alguma câmera ou sensor que pudessem denunciar minha presença por ali. Nada era visível, pelo menos à minha perspectiva. Me aproximo lentamente da velha construção, rezando à Kami para que ninguém me notasse por ali. Me esgueirava pelas partes onde tinha mais coisas, para tentar passar sem ser notada, o que pareceu obter sucesso, levando em conta que nada mudou. Nem se quer um único movimento ou som de qualquer coisa pode ser ouvido, o que era estranho. Ali era mesmo um esconderijo de vilões? Algo estava cheirando muito estranho.

Procuro por alguma entrada ao redor daquilo e encontro uma pequena brecha no chão, grande o suficiente para eu passar pelo menos. A entrada estava bloqueada por algumas caixas, provavelmente para impedir a entrada de animais ou coisas do tipo, mas não acho que seria algo muito eficaz levando em consideração o local onde estava. Olho a hora no meu relógio e ainda eram aproximadamente seis e meia, o que significava que ainda estava cedo.

Empurro delicadamente as caixas, rezando para que não chamasse a atenção de ninguém que pudesse estar lá. Assim que abro espaço suficiente para conseguir passar, me esgueiro no maior silêncio e cuidado para não me arranhar. Olho para os lados e reparo ter uma pequena pilha de caixotes ali, mas que estavam vazios. Olho ao redor do local e vejo que tudo por ali estava abandonado, o que não era surpresa para mim, afinal, está quase que do mesmo jeito que do lado de fora. Observo atentamente tudo em volta, mas não havia nenhum tipo de movimentação ou qualquer coisa estranha, então parecia estar seguro para me mover.

_ "Por onde eles colocariam uma entrada nesse local?" -olho para os lados e vou caminhando em passos leves- "Será que quando eles chegam até aqui, é o Kurogiri quem os busca?" -paro por um segundo e bato em meu próprio rosto- "Merda, esqueci desse detalhe! Eles têm um portal que pode os pegarem qualquer canto...".

Respiro fundo e suspiro frustrada, não iria sair de lá sem ao menos examinar, mas eu deveria ter me lembrado deste detalhe antes mesmo de sair da escola. Não sei o motivo, mas ultimamente tenho ficado muito distraída e esquecida das coisas, fazendo tudo meio aérea ao que se deveria, o que não era definitivamente nada certo. Talvez fosse por conta de Victor e todas as minhas preocupações em relação a ele, ou talvez pudesse ser até mesmo Shouta que sempre fazia questão de vir aos meus pensamentos.

_ Que ódio! -chuto um pouco de grama seca que havia no chão- Alguma coisa está me distraindo, mas o que caralhos que está fazendo isso? Eu não era assim.

Enquanto discutia incessantemente com a voz de dentro da minha cabeça, acabo escutando ao longe, um som de veículo se aproximar. Imediatamente calo minha boca e procuro algum canto para me esconder, o que acaba parecendo bem conveniente para mim um pequeno volume de coisas velhas amontoadas. Logo que me agacho, vejo a porta da frente se abrir, e uma caminhonete velha entrar, tendo logo atrás dela uma grande pilha de feno.