Minha ex pior aluna-Imagine Aizawa

Anéis

"Ele observava a cena com um olhar sereno e pacífico, pelo visto estava feliz com isso. De repente seu olhar cai sobre o meu, me fazendo sentir uma sensação de formigamento na barriga.

_ Deixe-os aproveitando o tempo, vamos para fora -ele sugere e logo saímos do quarto para o corredor."

_ Eu estou preocupada com o Kalleb -eu estava sentada em uma cadeira que havia ali no corredor e Shouta estava ao meu lado. O maior me olha duvidoso e eu prossigo- Ele sofreu muitos experimentos pelo que me disse, devido a isso uma coisa extremamente perigosa aconteceu.

_ Ele tem outras individualidades? -o encaro surpresa pela sua fala e ele sorri de canto- Eu imaginei isso logo que li o documento que você conseguiu resgatar, não me diga que não havia pensado nisso?

_ Não é isso, eu também pensei sobre isso, mas... é tão diferente a sensação de ver e deduzir que chega ser assustadora -suspiro derrotada e abraço minhas próprias pernas.

_ Denki é um garoto inteligente e muito forte, tenho certeza de que se seu irmão for como ele, passará facilmente por tudo isso -ele se senta no chão e encara fixamente a parede- Vocês se parecem em certo ponto, conseguem ser irritantes e insuportáveis quando querem, mas ao mesmo tempo conseguem ser fortes, gentis e trazer otimismo para todos ao seu redor.

_ Você me acha irritante? -o encaro chateada e ele fica em silêncio- Shouta, você realmente me acha irritante?

_ Não, caso contrário eu não teria... -vejo seu rosto corar e o mesmo começar a ficar nervoso- Por exemplo, quando você era adolescente, conseguia me fazer explodir em poucos segundos, justamente para me provocar -ele me encara com um sorriso pequeno de canto- O que eu quero dizer é que você consegue ser irritante se você quiser, mas não significa que você realmente é.

_ Muito obrigada por explicar -brinco e me levanto da cadeira antes de me sentar no chão ao seu lado- Impressão minha ou você está meio tenso? Parece nervoso.

_ Eu estou bem, não se preocupe -ele vira novamente para frente, ainda com as bochechas vermelhas.

O tempo estava passando e a família Kaminari continuava ali no quarto conversando e passando novamente um tempo juntos. Eu, como ainda não havia dormido nada, estava cochilando com minha cabeça apoiada no ombro do mais velho, este que apenas mexia no meu computador analisando algumas anotações minhas.

Desperto quando escuto o mais velho me chamar, perguntando alguma coisa sobre uma missão que executei alguns anos atrás. Bocejo preguiçosa e explico um pouco do que havia acontecido naquele caso, só que eu reparo uma coisa.

_ Esse cara era o Mr. Compress... -digo alto o suficiente para que ele escutasse e pego o computador do colo do mesmo- Ele estava em busca de um par de anéis que estavam expostos em um laboratório do governo para análises e estudos.

_ O que esses anéis tinham de tão importante assim?

_ Aqueles anéis são de aproximadamente mil setecentos e sessenta antes de Cristo, época do fim do primeiro Império Babilônico, especula-se que seja de lá sua origem -mexo em alguns arquivos e encontro algumas imagens dos anéis- O mais surpreendente deles é que são de uma época quando não existiam ainda individualidades, mas eles são totalmente capazes de anulá-las!

_ Um anel antigo destes realmente teria um poder assim? -o moreno fica pensativo e eu rio.

_ Não é questão de poder, mas é sobre uma lenda; segundo relatos eles acreditavam que o mundo seria tomado por demônios de poderes impossíveis de vencer, então Marduque, o deus deles, entregou anéis tão poderosos que poderiam acabar com todo esse mal futuro. Na verdade, existiam pessoas na época que tinham algumas habilidades diferentes do resto da população, mas não chegavam a ser individualidades, essas pessoas eram taxadas de demônios e lançadas ao fogo ou mortas de maneiras piores. Sobre os anéis, havia um pequeno recipiente, parecido com uma joia de cor escarlate e com certo brilho, aquilo era uma espécie de veneno, onde todos que fossem considerados perigosos, tomavam e sentiam sua pele ser consumida e corroída lentamente de uma maneira extremamente dolorida.