Uma vida impossível

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  Pov Adeline

   A chuva bate forte nas janelas do castelo, a garota nos meus braços grita de dor e de susto quando meus dentes enterram em seu pescoço. O sangue dela é bom... Bom demais.

   Ela desmaia em meus braços e eu a jogo longe.

  - Adeline - Briana bate na porta e logo depois entra - Desce pra festa, tá incrível -
  - Já tô indo, só tava terminando de comer -

  A mulher não está morta, mas também não está na sua melhor fase. Vou até ela, a acordando com um tapa e a mesma acorda com surto.

  - Você irá esquecer de tudo o que aconteceu aqui, irá se levantar e nunca mais pisará aqui - a moça agora enfeitiçada se levanta e vai embora sem dizer nada.

  Me viro para a Briana e desço com a mesma, passando as mãos pela boca para disfarçar o sangue.

  - Que horas seu pai chega? - ela pergunta
  - Não sei - digo sem me importar
   - Não tem medo dele te castigar? -
  - Ele vai fazer o que de tão ruim? Tenho 170 anos, não sou uma criança -
  - Pros vampiros você é -
  - Você só tem 175, não é tão mais velha -

  A música alta, o cheiro de sexo com bebida e sangue me anima. Então logo me misturo com os outros e começo a dançar.

  Um homem se aproxima de mim, segurando minha cintura e beijando meu pescoço. O cheiro dele é muito bom, o que me dá fome.

  - Você cheira muito bem - digo jogando minha cabeça para trás, deixando ele me beijar mais -
   - E você é a pessoa mais linda que já vi -
  - Eu sei disso - me viro para ele e beijo seu pescoço, deixando minhas presas aparecerem.

  - Não o mate - ouço Briana falar para mim
  - mas eu quero - respondo de volta.

  Olho para o homem e ele me olha confuso

- O que disse? - ele pergunta
- Nada não, já volto -

  Vou até Briana e ela olha para alguém perto da janela

   - O que foi? - olho na mesma direção que ela, mas não vejo nada
  - Tinha um homem ali olhando para você e se você o mordesse ele ia saber sobre nós -
  - Era só enfeitiçar ele depois -
  - Eu não acho que ele seja um humano -
  - Como assim? -
  - Ele tinha olhos vermelhos -

Olho ao redor, mas não vejo ninguém assim.

  - Não deve ser ninguém - digo, voltando para o homem que me esperava, mas não o acho com o olhar.

   Acabo esbarrando em alguém, o homem alto está de moletom preto, com o capuz em sua cabeça e o seu cheiro é magnífico, acho que nunca senti um cheiro assim antes.

  Ele se vira e vejo seus olhos vermelhos, mas antes que eu pudesse dizer algo, ouço a voz do meu pai

  - O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - fudeu.

  Ele está mais bravo do que eu esperava.

  - Papai - digo, mas ele passa por mim
  - SAÍAM - ele grita - TODO MUNDO -

  Todos saíram como ele mandou e quando a última pessoa saí, ele se vira para mim.

  - Essa foi a última vez, eu não aguento mais Adeline, 170 anos de pura dor de cabeça, eu passei a mão na sua cabeça quando você enfeitiçou aquele gorila para bater em outro, eu conversei com você sobre não morder as outras pessoas e eu tentei te ensinar a viver em sociedade como uma pessoa normal, mas aparentemente você não me ouve nunca -
  - Papai -
  - Essa foi a última vez Adeline, última vez. Você tem que crescer - ele começa a andar - Acho que está na hora de ir para o colégio onde sua mãe estudou -

Um Amor Impossível -Tom Riddle-Onde histórias criam vida. Descubra agora