Um irmão invisível

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    Pov Adeline

  Saimos da aula de poção, última aula do dia e fomos direto para o salão principal.

  Grace começou a se sentar em nossa mesa, ao lado de Avery e eu. Ninguém ia mandar ela sair, pq se fosse o caso, Avery mataria.

  Eles estão bem próximos desda festa na grifinória, então acho que rolou alguma coisa. Como é lindo o amor.

  Olho para o anel em meu dedo e Tom coloca sua mão por cima da minha.

  - Adoraria ler seus pensamentos - ele sussurra em meu ouvido
  - Não, assim você vai saber que não sou tão malvada quanto pareço ser - ele beija o meu pescoço
  - Disso eu já sabia - ele entrelaça nossos dedos - O passado muda as pessoas, mas pessoas também mudam pessoas -

  Seus olhos verdes brilham e tenho vontade de beijá-lo. 

  - Eu te mudei? - pergunto
  - Não o suficiente para eu parar de ser mau - rio baixo e beijo sua bochecha
  - Eu não quero que pare -
  - Onde você estava? Eu te procurei por tanto tempo -
  - Hey, eu que tenho que dizer isso, sou que sou mais velha - ele sorri e junta nossas tentas

  Pego meu copo de sangue e bebo, mas logo sinto uma ardência muito forte e cuspo o sangue na mesa. Acho que as pessoas pensaram que esse era o meu sangue e começaram a entrar em desespero.

  - Ela está passando mal - uma garota diz
  - Isso é sangue saindo de sua boca, pode estar tendo hemorragia -
  - Alguém leva ela para a enfermeira - Melissa grita e Tom me segura no colo, ele olha para mim desesperado e eu aponto para a bebida, que logo pega para ninguém perceber.

  Ele me leva rápido até a enfermeira, mas antes pergunta:
  - O que aconteceu? -
  - Veneno - minha voz não sai com o melhor som, mas ele me entendeu e vejo seus olhos ficarem vermelhos.

  Puta merda é ele mesmo. Ele fica muito bonito assim.

  - Traga ela para cá - a enfermeira diz - O que aconteceu menina? - aponto para minha garganta - Deve ser uma inflamação, deixa eu ver - abro a boca, mas está cheia de sangue, então ela surta - Por Merlin, você está cuspindo sangue -

   Tom me coloca sentada na maca e eu puxo a blusa da mulher para ela ficar mais perto.

  - Você vai me dar uma poção de cura para vampiros e depois disso vai embora e só se lembra-ra que me deu um anti inflamatório e que foi dormir - novamente minha voz não sai boa, mas consigo enfeitiçar ela
  - Você fica gostosa pra caralho fazendo isso - Tom se senta atrás de mim
  - Um dia eu te ensino -

    Bebo a poção e a enfermeira vai embora como eu disse.

  - Melhorou muito - consigo dizer normal - Deve ter madeira aí -
  - Ninguém sabe que você é vampira além do nosso grupo -
  - Você confia em todos ali? - ele me olha confuso - Eu confio em você e se você confia em todos do seu grupo, então eu também confio neles. Você confia em todos? -
  - Com a minha vida - concordo lentamente e fico pensando em quem pode saber

  Grace entra às pressas na enfermaria e me abraça.

  - Por Merlin pensei que estivesse morta -
  - Relaxa, eu tecnicamente já estou - ela ri e eu vejo que ela realmente ficou preocupada - Estou bem, a maior parte do sangue era o sangue que estava tomando -
  - Ué, mais quem sabe que você é vampira? - levanto os ombros.

  Avery aparece atrás de Grace

  - Checamos todos os alunos, nenhum parecia saber que Adeline é uma vampira - olho para Tom confusa
  - Eu mandei eles fazerem isso antes deu te trazer aqui - ele afirma olhando para mim e segurando minha mão.
  - Pode ser uma pessoa de fora - todos olham para Avery - Você tem algum inimigo vampiro? -

  Me levanto e começo a pensar

  - Bem, tem o moço que torturei, a mulher que eu queimei viva, a família dela me odeia. Tem o meu avô que me detesta, a minha tia também... Mas eu acho que nenhum deles faria isso comigo, até porque nunca fizeram antes. -
  - Muitos inimigos - Avery diz cruzando os braços - Mas alguém em específico que queira vingança? -
  - Não que eu saiba - olho para Tom, mas ele não está olhando para mim, ele está distraído, olhando para o copo de sangue.

 
   Tom me leva até seu dormitório e me deita em sua cama.

  - Hey, o que aconteceu? Parece distraído - ele olha para mim
  - Seu pai tem certeza que sua mãe e seu irmão morreram? -
  - O que? Que pergunta é essa? Eu não sei, não quis saber detalhes - ele segura o meu rosto
  - E se por acaso essa criança não morreu, é um vampiro, não é? -
- Isso não faz sentido -
- E se essa criança não morreu e vai que está com inveja de você por sempre ter o seu pai? -
  - Quem faria isso? -
  - Eu fiz -

  Ele se levanta e começa a andar pelo quarto.

  - Prometa para mim que não vai me julgar - ele quase manda
  - Prometo -
- Eu cresci num orfanato depois que minha mãe morreu e com o passar dos anos, eu quis saber sobre o meu pai, se estava vivo, se sabia de mim... Qualquer coisa - ele volta a se sentar - Mas quando fui na casa dele, eu vi um garoto quase da minha idade, muito parecido comigo e com nosso pai. Eu vi como meu pai o tratava e quando fui me apresentar para o meu pai, ele me xingou e tentou me bater... Eu acabei perdendo a linha e os matei. Acabei culpando o meu tio e ele está em Azkaban até hoje -
  - Tom... -
  - A vingança é um prato que se come frio, mas vai ser a melhor refeição da sua vida -

  Ele se deita na cama e me chama para eu me deixar em cima dele.

  - Acho que seu irmão está vivo e ele pode estar muito perto - olho para ele, que mantém seu olhar em mim - Prometa para mim que não vai andar sozinha -
  - Eu sei me cuidar -
- Prometa e assim não ficarei o dia todo te seguindo - reviro os olhos
- Eu prometo, quando eu não estiver com você, eu estarei com as meninas - ele beija a minha testa e respira aliviado.

   Pov Grace

  Termino de monitorar os corredores e vou para a comunal da soncerina. Avery pediu para eu ir, para nós conversarmos melhor e eu quero ver onde isso vai dar.

  Descendo as escadas até às masmorras, sinto um frio de arrepiar. Alguém passa por mim rápido e eu olho para trás.

- Oi, tem alguém aqui? - continuo andando e sinto de novo o mesmo vento. É como se alguém estivesse passando muito rápido por você.
  - Você tem um cheiro incrível - olho para os lados
  - QUEM ESTÁ AQUI? - grito, puxando minha varinha
  - Xiuu, detesto presas que falam -

  Sinto dentes me perfurarem e eu caio para frente, gritando por ajuda... Mas ninguém ouve

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Ooii galera
Gostaram??
Bjsss

Um Amor Impossível -Tom Riddle-Onde histórias criam vida. Descubra agora