O Recomeço - James Rodriguez

Capitulo Dez

                                    | Alice |

A Martina tinha acabado de entrar para dentro de casa, já era seis horas da manhã. Acho que acabamos extrapolando um pouco na nossa noite, as baladas da Colômbia eram inesquecíveis.

Me sentei na espreguiçadeira da piscina e fiquei olhando o sol nascer.

— Bom dia, querida! - minha vó diz após abrir as portas de vidro.

Viro meu rosto e abro um sorriso enquanto á encarava.

— Bom dia, vovó.

Ela segurava um copo de vidro em sua mão, dou risada ao vê que era suco de laranja.

— Seu pai não vai gostar muito de vê essa cara, toma esse suco. - ela me entrega e logo se senta ao meu lado.

— Me diz o que o seu filho gosta...

— Não fala assim Alice, ele faz de tudo por você e pelo os seus irmãos. - minha vó indaga e eu fico em silêncio. — Eu não sabia até ontem que ele e o seu avô fecharam negócios com os Montoya.

— Ele nunca se interessou em saber como eu fiquei, a resposta tá aí. - digo e direciono o olhar para a minha vó. — O negócio fechado com a família do meu ex.

— Você tem os luxos de hoje em dia, graças a ele minha filha. - minha vó diz e eu franzo as sobrancelhas.

— Vovó, nem o carro do ano, pulseiras, grifes e o que mais você imaginar, não supre a ausência dele. - indago e engulo seco em seguida.

Minha vó me puxou para um abraço e naquele mesmo segundo eu respirei fundo, eu sentia falta de uma figura materna as vezes.

— Tem muitas coisas que você deveria saber, mas não acho que tenha que ser através de mim...

Minha vó indaga e eu olho confusa para ela, estava preste á perguntar para ela, quando meu pai apareceu na área da piscina. O seu semblante como sempre era fechado, ele me olhou com repúdio mas não desferiu nenhuma palavra para mim.

— Mãe, tem como você me ajudar em uns papéis? - ele pergunta olhando diretamente para a minha vó, que somente concorda com a cabeça.

A empresa era do meu pai, mas era inevitável dizer que ele comandava aquilo sozinho, qualquer passo que ele dava, ele pedia os conselhos da minha vó e principalmente do meu avô.

(...)

Já era duas horas da tarde, eu comia um salgadinho enquanto revia uma série antiga. O tempo tinha mudado, não estava chovendo mas em compensação, estava um frio absurdo lá fora.

A Martina tinha ido para a casa do seu namorado, Matteo e o meu pai estavam a horas dentro do escritório e o que me restou foi assistir algo.

James não respondeu minha última mensagem e eu também não fiz muita questão. Os minutos se passavam e acabei ficando curiosa para saber o que tanto meu irmão e o meu pai conversava.

Levantei da cama e caminhei descalça até a porta de madeira, olhei para trás para me certificar que não vinha ninguém e coloquei meu ouvido ao lado da porta.

— Você precisa abrir a real com todos pai, desse jeito que tá, não dá! - Matteo indaga e o tom da sua voz era de preocupação.