Capítulo 18 - Esconde Esconde part 2

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Eu sentia ele perto, eu sabia que ele não se cansaria fácil até me ter em suas mãos. Ele estava silencioso demais, como uma serpente pronto para dar o bote. Encontrei outra escada e me apressei para subi-la, claro que tendo todo cuidado do mundo.

Cheguei no outro andar que aparentemente era o último. Tinha pinturas antigas nas paredes, manchadas com uma espécie de óleo preto. Afastei procurando um lugar seguro, para me esconder. O silêncio tomava conta do lugar. Meu coração acelerou quando ouvi um grito que ecoou pelo ambiente.

O que estava acontecendo? Por que alguém tinha gritado? Era o grito da Suho, alguém tinha a achado? Me apressei entrando em um corredor e mais outro como se fosse um labirinto, e abri uma das portas entrando por ela. Era uma sala de visitas ou coisa parecida. Olhei envolta enxergando o mínimo possível e vi um armário de madeira ali, me apressei indo até ele e me enfiando dentro.

O cheiro de pó invadiu meu nariz, mas me seguirei ali, até que ficasse seguro para sair. Ouvi a madeira estalar e enchi meu peito de ar. Ficando o mais imóvel possível. O lugar era apertado e quente, mas era a única opção que eu tinha agora.

Ouvi o ranger das portas, rachar sobre o solo empoeirado. Ele estava mais próximo dessa vez. Eu tinha que me concentrar em vencer esse jogo. Adrenalina passava pelo meu corpo, a sensação de estar sendo perseguida, observava, era prazerosa. Um lado obscuro meu gostava disso.

Ouvi a porta ranger e passos pesados adentrarem no lugar. O ambiente pesou, o clima quase se tornou gélido. Era ele que estava ali, como uma sombra pronta para me arrastar para a escuridão.

Olhei pela pequena brecha, vendo sua silhueta se mover pelo ambiente, era quase pouca visão que eu tinha. Seus passos eram lentos, como se ele estivesse o ambiente e soubesse que eu estava ali. Meu coração batia rápido e minha respiração estava pesada.

Eu sabia que era só o Damon, mas adrenalina me colocava em outro cenário. Nós em outra situação parecida como essa, porém eu correndo e ele logo atrás de mim como um leão faminto.

Suspirei quando ouvi a porta bater e me senti segura para sair. Aspirando seu cheiro maravilhoso. Esse cheiro era inconfundível eu o reconheceria em qualquer lugar. Caminhei devagar e abri a brecha da porta me certificando que não tinha ninguém. Ouvi barulhos no andar de baixo, como passos correndo na direção oposto.

— Corra, amore — ouvi a voz profunda atrás de mim.

Me virei rapidamente encarando a figura de máscara branca, olhando fixamente para mim. Não sabia a expressão do seu rosto, apenas que seus olhos me fitavam. Ele estava encostado na parede de braços cruzados, deixando seus músculos flexionados através da camisa fina preta.

Movi meus passos correndo ouvindo sua gargalhada. Ouvi passos pesados atrás de mim, mas não ousei me virar. Eu precisava me esconder dele e ganhar esse jogo. Ele não iria ceder e nem eu, éramos competitivos demais para isso.

 Ele não iria ceder e nem eu, éramos competitivos demais para isso

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DAMON | VOL. IIOnde histórias criam vida. Descubra agora