Capítulo 7 - Disputa

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Acordo com algo lambendo minha bochecha, e ronronando perto do meu rosto. Sorriu e abro os olhos devagar. Evil estava com a cara bem perto da minha, com aqueles olhos acinzentados me olhando. E o focinho quase tampando minha visão.

— Bom dia, baby. — sorriu para ela, que quase me esmaga querendo carinho.

Evil era uma pantera enorme, mas se comportava como uma gatinha manhosa comigo. Ela não abaixava a guarda para qualquer pessoa ou confiava. Ela sofreu muito e por isso, não se dá muito bem com humanos.

Eu a entendo, a falta de confiança gera isso. Ela me dá acesso para toca-la, beija-la. Mexer em sua barriga, eu tenho acesso a tudo dela, algo que ela restringe até do Michael.

Uma vez eu e Michael estávamos brincando e Michael me empurrou e eu caí no sofá, mas não de maneira agressiva. Mas Evil viu aquilo como uma agressão, como se Michael estivesse me machucando. E avançou nele com sangue nos olhos, se não fosse eu para intervir, Michael estaria morto agora.

— Você quer comer né? Dengosa — sorrir e beijei seu pêlo.

Me levantei e ela sentou- se na cama, encarando cada movimento meu. Eu não tinha medo de Evil, ela nunca me machucaria, eu colocaria minha mão no fogo por ela. Eu a salvei e ela me salvaria até a morte, sua lealdade era melhor do que a dos humanos.

Entrei na cozinha e Evil sempre comigo. Peguei o filé que eu sempre picava para ela, e peguei sua vasilha que era bem grande e coloquei para ela. Ela deu um grunhido de fome e foi comer.

— Bom dia — Michael chega na cozinha.

E Evil da um pequeno rugido, olhando diretamente para ele.

— Evil — eu a olho e ela desvia o olhar, ficando calada e volta a comer.

— Ela me odeia — fez careta.

— Ela odeia todo mundo — dei de ombros.

— Menos você — revira olhos — Já fiz de tudo, para ela me odiar menos.

— Desde que você me empurrou no sofá, ela tem cisma com você — rir.

— Nem me lembre desse dia. Minha vida passou diante dos meus olhos — colocou a mão no coração — Onde está a Elena?.

— Não sei, cheguei e ela não estava.

Ouvi passos e Elena apareceu na cozinha com sacolas nas mãos.

— Vocês já estão acordados, meus amores — sorriu e põe as sacolas sobre o balcão.

Evil a olhou, mas ficou quieta.

— Para a Elena você não ruge, né? — Michael disse para a Evil.

— Talvez ela odeie o sexo masculino — dei de ombros.

Faria sentido ela não gostar de homens. Já que foram homens que a maltrataram. Evil tinha seletividade e muita personalidade para um animal.

— O que tem nas sacolas, Elena? — perguntei curiosa.

— Fui no mercado, comprar algumas coisas. Comprei aqueles donuts de morango que você adora — retirou a caixinha da sacola e me entregou.

— E eu? — Michael disse esperançoso.

— Você queria alguma coisa? — Elena questionou e a expressão de Michael caiu — Brincadeira, querido! Comprei aquele salgadinhos que adora.

O sorriso de Michael voltou para boca em segundos.

Evil chegou bem perto de Elena e a cheirou. Vi que Elena ficou apreensiva, mas relaxou quando Evil, roçou a cabeça em sua perna, atrás de carinho. Ela gostava da Elena.

DAMON | VOL. IIOnde histórias criam vida. Descubra agora