Capítulo 4 - Visita

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— Pode me dizer que porra foi aquela?. — Michael perguntou, quando saímos para fora da festa.

— É complicado te explicar isso aqui, Michael. — retruquei.

— Com certeza é complicado! Você conhecia o Damon!. — gritou.

— Para de gritar comigo, seu arrombado!. — gritei mais alto. — Eu te explico tudo em casa, agora para de dar piti e vamos logo!.

Ele passou as mãos no rosto impaciente. Olhei para Suho que fez sinal, para que eu não dissesse mais nada.

— Entra logo na porra do carro, e vamos logo!. — disse irritado e bateu a porta com força.

— Se bater mais, quebra!. — atirei de volta e ele me fuzilou com o olhar.

Entrei no carro e bati a porta, fui no banco de trás com Suho e Michael com Katana na frente. Meu plano estava indo por água abaixo. E Damon era mais louco do que pensei.

De uma certa forma ele lembrava de mim — e o pior — já me procurava. Eu estava sobre os olhos de um obsessor. Ele parecia disposto a me perseguir, isso poderia ser usado ao meu favor, certo?.

Nem sabia se continuaria com esse plano ridículo. Depois de deixarmos Suho e Katana em casa, seguimos para nossa, e o caminho foi todo em silêncio. Michael estava com raiva e eu não iria puxar o saco dele.

Quando chegamos fui a primeira sair e entrar em casa e seguir para meu quarto. Eu sabia que Michael viria atrás, ele não esqueceria essa história facilmente. Dito e feito, menos de dois minutos ele apareceu no quarto, como um furacão.

— Agora você vai me explicar direitinho, o que aconteceu lá. — fechou a porta.

— Se eu contar, você ficará calado? Klaus não pode saber, isso estragaria as coisas. — impus minha condição.

— O que você fez com aquele homem, hein?. — se aproximou, sentando de frente a mim, na cama.

— Prometa!. — ergui meu mindinho.

— Temos o que? Treze anos, Darcy?. — resmungou.

— Michael!.

— Tá, tá, eu prometo!. — cruzou seu mindinho no meu. — Agora diga, qual sua relação com ele?.

— Eu conheci Damon a três anos atrás. Quando sai para uma boate com a Suho, tínhamos costume de roubar alguns caras por diversão.

— Eu lembro disso, e avisei que poderia dar merda. — repreendeu.

— Então, um desses caras foi o Damon, eu seduzi ele, o levei para o banheiro...

— Você transou com ele?. — se alterou.

— Não, deixa eu termina de falar!. — o bati. — Só nos pegamos e aí eu o roubei, depois disso nunca mais o vi, até hoje a noite. Eu não fazia ideia que ele era o mesmo cara.

— Isso ferra as coisas. — se levantou apreensivo.

— Ele lembra de mim. — suspirei. — Só não sabia meu nome, até você chegar e dizer! Valeu inteligência rara!.

— Como eu ia saber? Você que se meteu nessa merda, Darcy! E agora? Como vai dar continuidade ao plano? Se ele lembra de você como uma ladra!. — se exaltou.

— Michael, eu vou dar um jeito, ok? Além disso, pelo visto ele não vai me deixar em paz tão cedo. — cruzei os braços.

— Claro, ele quer o dinheiro dele de volta. — revirou os olhos.

— Acho que isso não é o suficiente, ele quer algo a mais... — falei pensativa.

— Ele quer você, isso está óbvio. — voltei meu olhar a ele. — Precisa usar isso ao seu favor, Darcy. Se ele te quer, deixe que ele tenha. Mas não seja tão fácil, isso pode cansa-lo, achar que pode te dobrar. Seja difícil, faça ele se rastejar e agir como um cachorrinho sem dona.

DAMON | VOL. IIOnde histórias criam vida. Descubra agora