Por que tem que ser assim?

Capítulo 3: O que aconteceu?

Cristiana abre a porta de sua casa e logo avista seu pai sentado no sofá juntamente com suas duas amigas, Tânia e Francis.

- Você voltou! - Grita Tânia ao ver Cristiana na frente da porta sem saber o que está acontecendo. - Que bom que você está viva.

- O que está acontecendo? - perguntou Cristiana.

O pai de Cristiana foi correndo abraçar ela.

- Nunca mais faça isso de novo.

- Desculpa, pai. - Diz Cristiana chorando juntamente ao seu pai.

- Estávamos preocupados. Alguns policiais foram lá na escola procurar por você, Victor, Luiz e o garoto maravilhoso da terceira série Jung-Kook. - Diz Francis se sentindo aliviada por ver Cristiana, mas louca por pensar que ela estava andando com o Jung-Kook da gangue Yokata.

- O que aconteceu com você? - Perguntou Tânia.

- Eu posso explicar tudo. Mas por favor, vamos fechar essa porta e nos sentarmos no sofá.

- Tudo bem. - Disse o pai de Cristiana.

Cristiana senta com seu pai e as meninas no sofá e nas poltronas da sala. Ela conta a eles tudo que era necessário contar, menos a parte que ela foi chamada para fazer parte da gangue Yokata.

- Ah. Então é por isso que os policiais disseram que haviam recebido uma ligação da balconista da lojinha 24 horas. Eles foram na na escola justamente por que a balconista contou sobre a farda que vocês estavam vestindo. O brasão do colégio CAPS ( Colégio Adorado Pelo Senhor) - Disse Tânia com um ar sério. - A balconista contou para eles que vocês estavam brigando com armas e ameaçando os clientes. Depois disso, ela disse que você e o Jung-Kook fugiram para algum lugar.

- Eu entendo. Por um momento, não sei o que deu em mim, eu apenas surtei. Jung-Kook me levou para arrumar meu cabelo. Agora, eu não sei por que... Mas eu me sinto mais confiante. - Diz Cristiana com um leve sorriso no rosto ao falar sobre Jung-Kook.

As meninas ficam rindo e cochichando uma no ouvido da outra, enquanto Rafael (Pai de Cristiana) resolve tomar uma atitude

- Você não pode simplesmente sumir assim com qualquer garoto. Você sabe o quanto eu me preocupei? Você sempre tenta esconder as coisas de mim, por que? Por que não confia no seu próprio pai? Tudo isso faz eu sentir que não sou um bom pai. Me sentir incapaz de cuidar de você, sozinho. Saiba que você pode contar comigo, eu te amo filha! - Diz ele chorando e abraçando a filha que sentou do seu lado direito.

- Me desculpa, pai. Eu só não queria que o senhor soubesse que faziam bullying comigo por causa do meu corpo. - Diz Cristiana, agora se sentindo pronta para contar.

Enquanto os dois choram e se abraçam, as meninas os olhavam e se perguntavam.

- Isso que é ter pai presente? - Se questionaram Francis e Tânia.

Já no período da noite, as meninas se preparam para voltar para suas casas.

- Tchau Tânia. Tchau Cristiana. Vou indo a pé.

- Tem certeza que é uma boa ideia? Tânia vai pedir um motorista, você pode ir com ela né? - Perguntou Cristiana.

- Sim, sim. Podemos fazer uma viagem compartilhada. - Respondeu Tânia.

- Não se preocupem, meninas. Minha Casa é a 3 quarteirões daqui.

- Tem certeza Francis?

- Tenho sim! Até amanhã, meninas.

- Até amanhã, Francis.

Francis vai na escura da noite a caminho de casa. Não tem ninguém nas calçadas. Sem carros nas pistas. Ela com medo acelera o passo.

- Estou com uma sensação ruim! - Exclamou Francis.

Faltando pouco para chegar em casa, ela escuta um barulho de pisada em sua volta. Até que um homem com farda com colégio CAPS aparece em sua frente com a cabeça abaixada.

- Quem é você? O que você está fazendo aqui?

O homem levanta a cabeça e se revela.

- Ah, Samel, o novato da minha turma. O que faz aqui essas horas da noite? Já são 19:00 horas.

Samel com um olhar vazio vai em sua direção.

- Você tá mais estranho do que o normal, Samel.

Samel encara o fundo do olho de Francis e a puxa pelo braço.