Capítulo 6: Você adormeceu?

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- O que está acontecendo?

Jung-Kook  se pregunta onde ele está, enquanto observa uma incontável e pequena quantia de pessoas vestidas de branco carregando ele e uma cama em um corredor repleto de luzes ofuscantes.

- Q.. Q... Quem são vocês?

Jung-Kook parece  um bêbado devido a perca de sangue. Ao mesmo tempo, Kamon se justificava.

- Como isso foi acontecer?

- Não sei. Não conheço ele. Apenas o encontramos no meio da rua caído e decidimos traze-lo para cá.  

- Aham, sei. Vou marcar uma reunião com o médico amanhã às 09:00 da manhã. Tudo bem por vocês? O médico precisa ouvir o que vocês tem a dizer para dar um diagnóstico. Vamos procurar contato  com a família também.

- Com a família?

Kamon fica pálido.

- Sim, com a família. Por que?

- N- Nada...

- Hm. Entramos em contato com vocês assim que recebermos notícias do quadro do paciente.

- Certo. Estaremos aqui às 09:00.

Enquanto isso, Cristiana chegava em casa após tudo o que aconteceu. Ela conta tudo ao seu pai e ele apenas a abraça.

- Que bom que você está bem, filha.

Cristiana deita na cama. Mesmo estando escuro ela olha para o teto branco e liso de seu quarto. Todos os questionamentos e pensamentos sobre o que aconteceu nos últimos dias passam pela sua mente.

- Eu estou cansada!

Cristiana apenas começa a chorar.

- Eu estou cansada! Não quero mais passar por isso. Não quero que o Jung-Kook morra. Não quero que Francis seja mais uma vítima. Não quero mais sofre bullying. Não quero ver meu pai chorando pelo o que pode acontecer comigo.

Ela pega a foto de sua mãe.

- Eu não aguento mais, mãe!

Cristiana continua a chorar. Ela coloca a foto no meio de seu peito.

- Eu só queria a senhora aqui comigo.

- Eu te amo.

- MÃE??????

Ela se levanta rapidamente da cama, olha para todos os lados do seu quarto e não vê nada. Apenas escuta seu celular vibrar.

- Mãe... Eu também te amo.

Cristiana  coloca a foto de sua mãe de volta na escrivaninha e pega seu celular.

- Mensagem da Tânia...

- Oi, Cris! Boa noite. Gostaria de saber se você quer passar esse final de semana lá na fazenda da minha família. É bom até para nos afastarmos um pouco de tudo isso que tá acontecendo. Francis já confirmou que vai, só falta você. Vamos nessa sexta-feira.

Cristina pensou um pouco.

- Confirmado.

No outro dia. Crisitiana chegou na escola CAPS novamente. A primeira coisa que ela vê é Viactor, Louiz, Paul e um grupinho de garotas se afastando dela com um olhar de nojo. Por outro lado, muitas meninas vinham perguntar a ela como Jung-Kook era no dia a dia.

- Você tá famosa, ein.

- Para, Francis. Enfim, você já tinha ido para a fazenda da família de Tânia?

- Já, algumas vezes. Lá é lindo. Principalmente de noite.

- E vem cá. É bom você evitar ficar andando sozinha por aí novamente. Precisamos nos prevenir do pior.

- Eu concordo com você. Eu conversei com meu irmão,  ele enlouqueceu quando ouviu. Ele não me deixa mais sair sozinha.

- Rogério está certíssimo.

O sinal de início da aula toca.

- Bem rapidinho. Você decidiu se vai falar pra Jung-Kook sobre aquela história?

- Eu ainda preciso pensar. Mas se eu decidir contar, quero que você esteja lá comigo.

- Certo, pode deixar.

No dia seguinte, Cristiana decide ir visitar Jung-Kook. Ela chega no quarto do hospital e senta em uma cadeira revestida de um tecido grosso e branco do lado direto de Jung-Kook que está acamado

- Como você está?

- Um pouco melhor. Não atingiu nenhum órgão vital, mas perdi muita quantidade de sangue. 

- Sua família já veio  te visitar?

- Eu não tenho ninguém. O pessoal do hospital está tentando entrar entrar em contato com algum tio meu ou algo assim. Meus pais morreram sendo afogados em um lago sendo sendo usados por uma facção como forma de ganhar atenção. Após isso, a polícia conseguiu achar o esconderijo deles e prendeu cada um. É o que dizem.

- ... Nossa, eu sinto muito.

-Não se preocupe, não sinto falta deles. Isso foi quando eu tinha 2 anos de idade.

- ...

- Devo receber alta daqui a 6 semanas.

- Que bom! Melhoras.

-Obrigado. Como você está?

- Eu... Eu... Eu estou bem. Vou viajar amanhã com as meninas para a fazendo de Tânia. Queria que você fosse também.

- Que legal! se divirta muito. 

-Obrigada. Bem eu já vou indo.

Cristina se levanta e vai em direção a porta. Ela pega na maçaneta, gira e abre a porta.

- Eu... Eu te amo, Jung-Kook.

Ela olha para trás e vê Jung-Kook adormecido.

- Tchau, Jung-Kook. 

Ela sai do quarto. Jung-Kook estava fingindo ter adormido. Ele olha para todo o quarto vazio e direciona logo em seguida sua visão para a porta trancada.

- Eu também te amo, Cristiana. Eu também te amo. 

O dia da viagem chega. Cristiana já preparada com as malas, leva tudo pra frente da casa e espera Tânia, seu pai Noha e Francis irem busca-la.

- Divirta-se nessa viagem, filha.

- Muito obrigada, pai.

O carro chega.

- Oi, tio! Vem Cris! Vamos logo.

- Oi, Tânia! Oi, Francis! Opa, Noha! Que bom ver vocês.

- Tchau, pai! Te amo.

- Também te amo filha. Aproveite.

O pessoal parte em viagem e Rafael vê o carro se distanciar cada vez mais dele.

- Ai, ai. Sozinho em casa de novo. Vou te visitar, amor.








Por que tem que ser assim?Where stories live. Discover now