Capítulo 9

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Assim que ele me falou o seu nome me lembrei do que o Sebastian tinha dito sobre o tal "querido Luke" e mesmo que fosse quase impossível eu ter encontrado o mesmo Luke a quem o Sebastian estava se referindo, eu decidi investigar.

-Engraçado.- eu disse tentando parecer casual, -eu tenho um amigo que mencionou um Luke a pouco tempo.

-Sério? - Ele disse levantando a sombrancelha. -Talvez eu o conheça, já viajei muito o país. Qual o nome dele?

-Sebastian. -eu reparei que assim que falei o nome do Sebastian, um brilho vermelho passou pelos os olhos dele, e um por um segundo eu achei que ele fosse falar alguma coisa, mas só balançou a cabeça negativamente.

-Mesmo conhecendo bastante gente, nunca conheçi um Sebastian. E aposto que ele não mencionou nenhum Luke. -ele disse e me encarou olhando nos meus olhos. Como assim não mencionou nenhum Luke? Eu sei bem o que ouvi e... , se bem que pode ter sido outro nome. Do que eu estava falando? Tentei me lembrar mas minha cabeça ficou em branco, reparei que o Luke me olhava.

-O que eu estava falando? - eu perguntei de novo, dessa vez em voz alta.

-Você estava me contando sobre sua cidade. Por que você foi morar lá? -ele respondeu, não sei porque mas parecia que ele estava mentindo. Mas eu mal conhecia ele, talvez seja só o jeito dele.

-Meus pais moreram quando eu era pequena, fui morar com meus avós e aconteceu um acidente na minha festa de 15 anos eles acabaram morendo- eu disse me lembrando de algumas das coisas que aconteceram. Quando eu contava algo sobre a morte dos meus avós para alguem que eu não conhecia, eu só contava a parte que apareceu nos jornais, que meus avós tinham morrido no incêndio que começou logo depois de eu ter encontrado eles mortos no corredor que levava para meu quarto. - Visto que eu só tenho minha irmã, eu fui emancipada e agora cuido da minha própria vida.

-Não precisava ter me falado, sinto muito. -ele falou com uma cara triste e só aí reparei que enquanto eu falava tinha pego a mão dele e ele colocou o braço a minha volta, e o estranho que por mais que eu não conhecesse ele, eu senti que estava protegida, mas ao mesmo tempo em perigo toda vez que ele me tocava. -Sem querer parecer rude, mas qual o seu sobrenome?

-Trevelyand. - eu respondi estranhando a pergunta.

-É porque a alguns anos atrás eu vi um jornal que estava falando sobre sua jornada nos negócios. No jornal estava falando algo sobre como você superou a perda e visto que toda sua família era de poderosos empresários, você tinha meio que o "gene dos negócios". -ele disse e apertou a minha mão, quando olhei para ele seus olhos estavam brilhando e eu reparei que, embora olhando rápido seus olhos parecessem pretos, algumas vezes pequenas listras douradas apareciam e tornavam a cor de seus olhos um dourado quase da cor de ouro. Era lindo!. -Pelo visto estava se referindo a você.

-Pode ser, a alguns anos uns jornais e revistas me procuraram para fazer artigos sobre minha história. - eu disse dando de ombros, -você deve ter lido um desses artigos. Mas chega de falar de mim, você não me disse nada sobre você ainda.

-Não tenho muito o que falar, meu pai morreu de um ataque cardiaco quando minha mãe estava grávida de mim. Ela teve um parto difícil e acabou morrendo, eu fui mandando para um orfanato e acabei sendo adotado por uma familia italiana que estava se mudando para os Estados Unidos. Atualmente, quando não tenho nada para fazer fico viajando por aí, e sinceramente essa é a unica vantagem de ter pais que se importam mais com o trabalho do que com os filhos.

-Sinto muito. Mas você tem irmãos?

-Tenho uma irmã, na verdade é meia-irmã,filha do meu pai. Mas acabamos nos separando por tomarmos decisões diferentes e a muitos anos não a vejo.

A Rainha Da Lua (Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora