Doze

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Três anos se passaram. E nesses três anos, muita coisa mudou.

Agora eu tenho 18 anos. Amadureci mais. Cresci um pouco. E me fortaleci.

Conheci diversos lugares, pessoas.

Treinei muito, e agora, eu sou uma fortaleza impenetrável.

Nesses três anos, viajei pelo mundo. Conheci muitos Youkais e alguns híbridos.

Fiz amizades com diversas pessoas de diversos lugares.

Mas, tá na hora de voltar.

O deserto me chama. Aquele deserto.

Eu preciso voltar pra casa. E eu vou revolucionar aquele lugar.

Não vou mais cobrir minha marca. Todos verão quem será a destruição deles.

Depois de muitos dias de viagem, finalmente cheguei no deserto próximo a vila Sunagakure.

A areia me recepcionou muito bem. E enquanto eu passava, um redemoinho dançava em minha volta.

Quando enfim cheguei na muralha, já era noite. O submundo, acabara de acordar.

Enquanto caminhava entre as ruas e vielas, me sentia em casa.

As lembranças de tempos passados rodeavam minha mente. E um doce riso infantil ecoava por todo o abismo negro que era minha mente.

Meu doce Minji, sentia tanto a sua falta!

De longe avistei os muros que separavam a cidade do submundo. Talvez eu estivesse um pouco nervoso por voltar depois de tanto tempo, mas eu estava feliz.

As lembranças compartilhadas aqui preenchiam minha mente, e a saudade bateu mais forte.

Quando entrei no submundo, já pude ver as pessoas saindo de suas casas, abrindo os estabelecimentos. Tudo parecia igual.

Sorri de lado observando o lugar que eu senti falta nesses últimos anos.

-Gaara?

Ouço uma voz próximo a mim e me viro me deparando com Mikey.

Ele tinha mudado um pouco. Cresceu mais, mas seu rosto parecia mais magro.

Ele tinha uma aparência meia doente. Não parecia nada com o Mikey saudável e alegre que eu conheci.

-Mikey? O que houve com você?

Ele estava estático no lugar. Parecia não acreditar no que via.

Quando ele saiu de seu transe com minha voz, ele correu ao meu encontro e eu baixei a guarda para a areia não o impedir.

Mikey pulou em meus braços me abraçando apertado e soltou um choro alto e sofrido.

Ele se agarrou em meu pescoço, e só agora eu notei que eu estou mais alto que ele.

Mikey estava com o rosto atolado em meu pescoço enquanto chorava desesperado e pedia desculpas repetidas vezes.

Passei meus braços por suas costas e fiquei acariciando. Não sabia como consolar uma pessoa, e nem o que eu poderia dizer. Então optei pelo silêncio até ele se acalmar.

Com a movimentação, as pessoas olharam em nossa direção e muitas vieram me cumprimentar.

Passado alguns minutos, finalmente Mikey se acalmou e se afastou de mim. Meu pescoço estava encharcado de suas lágrimas, mas eu não me importei.

-por que está chorando tanto?

-porque eu me sinto extremamente culpado! Eu não consegui dormir bem desde que você desapareceu. Foi tudo minha culpa!

O Deserto Me Trouxe Você Onde histórias criam vida. Descubra agora