Até onde a gente pode ter tanta certeza do que a gente realmente é?
Chaehyun, um homem trans tímido, retraído e bastante fechado após sofrer tanto bullying e transfobia, e ter passado a acreditar que era muito frágil para ser homem decide fazer algo...
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Sharon.
Que porra foi aquela!? E por quê eu gostei!?
Estava penteando os meus cabelos de frente para o espelho, o que deu naquele trenzinho? Na nossa primeira noite tava mais trêmulo que um velho com parkinson e mais tímido que a Sana em Cheer up, pra no final segurar a minha mão daquele jeito!? Droga senhor! Eu estou ressentida!.
Ele parecia pedir pra mim ficar usando as mãos.
Seus olhos grandes, àquelas cicatrizes pelo seu corpo, suas tatuagens, a forma como ele ficava tão bem entre as minhas pernas, eu tô me sentindo tão suja por ter gostado de ter transado com ele, sentia tanto nojo em sentir prazer no meio do trabalho.
Me fazia sentir tão imunda.
E isso me assustava tanto.
Ele não ligava pra tanta coisa, coisas femininas não feriam sua masculinidade, seus trejeitos eram másculos mas ao mesmo tempo carregavam uma feminilidade reprimida, ele ainda era um homem hetero pelo o que ele havia me contado depois de termos transado, sim eu decidi ir embora.
Porque eu estava em Pânico, a gente conversava bem mas sentia que não merecia e nem devia estar ali.
Ele era irritante quando queria, era amável quando precisava e conseguia ser um monstro na cama quando se entregava a mim.
Eu estava começando a gostar disso.
O que era perigoso pra caralho.
Eu decidi bloquear ele, no final eu não podia mais deixar ele se aproximar tanto.
Quando vi que de certa forma eu sentia saudades, eu não podia sentir aquilo!? Se tratava de um cliente!? Mas não era qualquer cliente.
Era ele, droga isso dói tanto.
Não iria voltar atrás, Sana e Momo entraram no meu apartamento gargalhando, o que me irritou um pouco.
— Sana: Você viu seu boy pessoalmente!? E junto daquele trenzinho?
— Momo: Ele tava com aquele emo da minha sala.
— Sana: O Chaehyun?
— Momo: É bem ele, pensa num menino que é debochado ele ficou rindo com ele e me olhando, por incrível que pareça ele até tentou fazer ele me notar mais tava difícil.
Mas quê caralho, esse moleque não saí da boca do povo mesmo.
— Sana: Me desculpa Momo, mas realmente seu namorado é lerdo.
— Momo: Pelo menos eu tenho um namorado só pra mim, não fico sendo puta de mulher casada.
— Sana: Escuta aqui sua piranha! A Tzuyu é diferente tá! Ela vai terminar com ele logo!
