Capítulo 2

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Chego na agência e vou direto para a sala de treinamento. Hoje eu vou ficar o dia todo praticando luta livre e armas.

Alguns dias se passaram, desde que meu pai avisou sobre o caso que iríamos resolver. Depois daquela conversa, ele não falou mais nada.

- Bom dia! - digo a Jorge que parece ocupado preenchendo um formulário.

- Bom dia. - responde e me encara. - Se prepara, hoje não vou pegar leve.

Faço uma careta.

[...].

Dou uma joelhada na cara da mulher e ela cai no chão. A luta acaba, e ajudo ela a levantar.

- Nada mal. - uma voz masculina diz.

Procuro o dono da voz e vejo um homem negro, com olhos escuros me olhando com um sorriso. Por um momento, perco o fôlego.

Ele é muito bonito. Nunca o vi antes.

- Obrigada. - respondo.

- Será que é tão boa quanto dizem. - O homem fala sorrindo, e sobe no ringue.

Fico um pouco surpresa por seu gesto. As pessoas da agência geralmente, não são assim.

- Quer descobrir? - pergunto sorrindo e me posiciono para lutar.

Olho para o treinador e ele autoriza a luta.

O homem avança e da um soco na minha barriga, me fazendo dar uns passos para trás. Meu recomponho e tento chutá-lo, mas ele é mais rápido e segura minha perna. Sem pensar duas vezes, chuto a cara dele com a outra perna. Ele solta minha perna, e dou um chute em sua barriga e em seguida uma rasteira.

Ele cai no chão e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, recebo uma rasteira também.

Caio no chão e em um movimento rápido, o homem sobe em cima de mim e prende minhas mãos.

- Esse é o seu melhor? - pergunta me provocando.

- Você não viu nada. - falo sorrindo, mas por dentro estou fervendo de raiva. Uso o jiu-jitsu e troco de posição, ficando em cima dele.

- Chega. - Jorge anuncia.

Saio de cima dele e o ajudo a levantar.

- Só pra constar, eu deixei você ganhar. - Ele pisca o olho e sai do ringue.

- Até parece. - falo revirando os olhos.

Continuo treinando, e quando da o horário do almoço vou para o refeitório. Encontro Mariana e Lucas sentados conversando e comendo.

- Esses treinos vão me matar! - eu falo sentando ao lado de Lucas.

- Nem me fale. - Mariana diz.

- Tão reclamando atoa. - Lucas fala.

- Fala isso porque não foi você que teve que lutar por 5 horas seguidas. - digo bufando.

Pego uma maçã dou uma mordida.

- Vai comer só isso? - pergunta Mariana.

- Não estou com muita fome. - digo dando de ombros.

[...].

Após o almoço treinei por algumas horas com armas. Até Lucas e Mariana aparecem me avisando, que meu pai está nos chamando para a sala de reuniões.

- O que será? - Lucas pergunta enquanto caminhávamos.

- Não faço ideia. - respondo.

Entramos na sala de reuniões, e a primeira pessoa que vi foi meu pai ao lado de uma mulher ruiva e muito bonita. Há também um homem com cabelo escuro, e uma mulher loira sentados um do lado do outro nas cadeiras.

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