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- Aɴᴀ Jᴜ́ʟɪᴀ -

" Quando você tem um propósito,
Sacrifícios passam a fazer sentido."
Junia Hayashi

Após mais de 10 horas de viagem chegamos na casa que meus pais compraram antes de voltarmos visto que tínhamos vendido a nossa.

- Porque está tudo arrumado? A senhora contratou alguém mamãe? - Gustavo pergunta ao adentramos a casa e vermos que estava tudo bem arrumadinho.

- Pedi para Amélia arrumar, ela tem um ótimo gosto. - Minha mãe esclarece.

- Tem mesmo. - Concordo.

- Falando nela, sabia que o Gabriel está de volta Gustavo?

- O Gabriel? Pensei que ele estava missões, ele não partiu um ano antes de nós mudarmos? - Meu irmão fala.

- Sim, mas pelo que a Amélia me contou ele está de volta.

- Que legal, não vou ficar sem amigos.

- Você fala como se não fizesse 10 amigos a cada esquina que passa. - Brinco com meu irmão.

- Gabriel é um amigo verdadeiro, os outros são apenas colegas, com ele posso ser sincero e além do mais compartilhamos da mesma fé.

- Vocês não se falam a anos Gustavo.

- E isso importa? Vamos nos ver e vai ser como nós velhos tempos chatinha. - Ele se joga no sofá. - E você? Se esqueceu que você era carne e unha com a irmã dele?

- Ela nem deve lembrar de mim mais, com certeza fez novas amizades. - Sento-me ao seu lado.

- Duvido, você vai ver que quando se encontrarem e começarem a conversar, vai ser como se nada tivesse mudado.

- É o que vamos ver.

- E se prepara porque você vai ver muito ela, mamãe e Luciana estão mais grudadas que nunca agora. - Ele aponta para minha mãe que já está no telefone com a Dona Luciana.

- Legal, mas se você e seu melhor amigo ficarem implicando comigo que nem vocês faziam quando eramos mais novos, eu te expulso da família. - Dou um empurrinho em seu ombro.

- Eu não sou mais criança.

- Mas as vezes parece. - Me levanto do sofá e ele joga uma almofada em mim quase quebrando a jarra com flores que estava sobre a mesa.

- Se você quebrar isso Gustavo Oliveira eu faço você trabalhar para pagar um novo. - Minha mãe grita da cozinha. Rio da cara do meu irmão e sigo para o meu quarto para dormir um pouco.

- Ai que delicia estar de volta ao Brasil e sentir o cheiro da minha terrinha novamente. - Digo para mim mesma e me jogo na cama nem percebendo a hora que eu dormi de tão cansada que eu estava da viagem.

[...]

- Ana Júlia. - Minha mãe entra no quarto. - Se arrume que daqui a 1 hora vamos sair para jantar em Amélia.

- Sim senhora. - Falo e vejo minha mãe sair.

Pego uma toalha que estava em cima da cama que eu acredito que era minha agora e antes de ir para o banheiro dou uma olhada em meu novo quarto.

Ele era em um tamanho médio, a parede atrás da minha cama era florida e ao lado tinha um criado mudo com um abajur rosinha claro. Do outro lado da cama estava uma mesa de estudos branca e com gavetas na parede onde estava a porta que ficava de "costas" para a mesa estava um guarda roupa branco com portas de correr e em uma delas tinha um espelho.

𝐀𝐭𝐞́ 𝐐𝐮𝐞 𝐄𝐥𝐞 𝐕𝐞𝐧𝐡𝐚 • Rᴏᴍᴀɴᴄᴇ Cʀɪsᴛᴀ̃ᴏOnde histórias criam vida. Descubra agora