04

115 10 3
                                    


- Gᴀʙʀɪᴇʟ Mᴏɴᴛᴇɪʀᴏ -

"Ekballo"

Estávamos todos sentados na varanda. Depois do jantar todo mundo ajudou a arrumar as coisas e logo em seguida mamãe pegou as cadeiras e colocou aqui fora.

Os adultos foram para um canto conversar Ana, Gu, Iza e eu nos reunimos na outra parte.

— Mas Gabriel, como que foi que você descobriu que o seu chamado seria missões? – Ana pergunta.

— Eu sempre tive o sonho de ir em missões, depois que Deus me disse que meu chamado era missionário eu comecei a orar para que Deus umprisse sua vontade em mim e quando eu fiz 17 anos Deus me falou para fazer uma escola de missões depois que acabasse a escola e eu só obedeci.

— Então na realidade foi algo que você sempre soube? – pergunta novamente.

— Sim, foi algo que eu sempre tive a certeza de que seria.

— E por que você voltou então? – Gustavo pergunta.

— Porque Deus me disse para voltar, e como sempre, eu obedeci. – Dei um leve sorriso.

— E você sabe o porquê? – Gustavo pergunta novamente.

— Ainda não. – Respondo.

— Mamãe acha que Deus quer que ele se case, por isso pediu pra ele voltar, afinal ele já tem 22 anos ne. – É a vez de Iza falar agora.

— E você acha que poderia ser isso? – Gustavo pergunta.

— Sendo bem sincero eu não sei, nunca quis realmente me  casar, mas mãe tem sexto sentido, então se mamãe estiver certa e Deus quiser que eu me case, darei o meu melhor para ser um bom marido e um exemplo de pai para meus filhos.

— Poético. – Comenta Gustavo. — Você sempre será minha inspiração cara, tô até pensando em ir para as missões também.

— Seria a melhor coisa que você faria, meu relacionamento com Deus ficou mais forte, eu aprendi a confiar mais, minha vida mudou completamente pra melhor.

— Vou falar com meus pais então.

A conversa fluía normalmente, entretanto depois de um tempo os Oliveira tiveram que ir embora.
Nos despedimos e falamos do culto que iria ter amanhã e que eu passaria para busca-los às 20h.

Depois da despedida voltamos para dentro de casa, trancamos as portas e eu fui tomar um banho.
Ao terminar, coloquei um short preto e blusa cinza, escovei meus dentes, peguei minha bíblia e fui orar.

Assim que terminei meu tempo com Deus, coloquei a bíblia de volta na cabeceira e fui dormir.

[...]

Acordei umas 08:00 com uma mensagem de Gustavo.

Gu 🪁

Bora sair?
          07:30 AM

    Bora.
Que horas?
  08:02 AM 

Agora.
Pro shopping.
             08:03 AM

               Beleza.
Passo na sua casa as 09h.
    08:04 AM

Combinado então.
              08:05 AM

Me levanto, vou para o banheiro tomar um banho.
Assim que termino coloco uma calça cargo bege e uma blusa branca básica e desço pra tomar café.

— Onde você vai? – Iza pergunta assim que adentro a cozinha.

— Gustavo me chamou para dar uma saída. – Digo enquanto pego uma xícara para colocar um pouco se café.

— Entendi, já que tu vai sair fala para a Ju vir aqui em casa quando você estiver lá.

— Porque você não manda mensagem para ela? – pergunto me sentando na sua frente na pequena ilha que tinha na cozinha.

— Ontem estava tão feliz com a chegada dela que esqueci de pegar o número dela.

— Eu falo sim para ela. Onde que está o pão? – Digo após ver que o pão não estava onde costumava estar, em cima do micro-ondas.

— Está na caixa de pão. – Minha irmã aponta para a caixa de alumínio escrito bread do nosso lado. — Muitas coisas mudaram de lugar.

— Eu percebi. – Digo rindo e indo até a geladeira para pegar presunto e queijo. — Onde está a mamãe e o papai? – Me sento ao seu lado novamente.

— Na igreja, todo sábado de manhã tem círculo de oração.

— Poxa, se eu soubesse teria ido também.

— Eu vou todos os sábados, porém mamãe pediu para ficar e te orientar no que precisasse.

— Entendi. Posso te fazer uma pergunta?

— Claro.

— Você ainda gosta do Gustavo? – Digo me lembrando que pelo menos a uns 4 anos atrás ela era apaixonada nele.

— Não tenho certeza, passaram-se uns anos significativos, acho que até poderia existir um sentimento se eu não estivesse firme em Deus por causa da carência. Entretanto eu prefiro confiar e esperar Nele pois sei que seus planos são melhores que os meus.

— To orgulhoso de você maninha. – Digo dando uma pequena mexida em seus cabelos e levantando. — Agora tenho que ir.

— Não esquece de falar para a Julia vir aqui. – Ela relembra.

— Pode deixar. – Pego a chave do carro que estava pendurada ao lado da porta. — Beijos, se cuida.

— Beijos. – Ela se despede.

Abro o portão e tiro o carro, fecho o portão e dou partida no carro indo até a casa de Gustavo.

Chegando lá buzino apenas uma vez e logo e sai.

— Cadê sua irmã? – Pergunto antes que ele entre no carro.

— Ta na sala, por que? – Ele pergunta meio  desconfiado.

— Izadora pediu para eu dar um recado para ela.

— Chatinha, Gabriel tá te chamando aqui. – Ele fala alto pra ela ouvir e logo ela sai.

— Izadora falou pra você ir lá para casa ficar com ela. – Digo assim que ela sai.

— Beleza. – Ela diz e entra para dentro. E Gustavo entra no carro.

— Bora? – Ele diz fechando a porta.

— Bora. – Digo e dou partida no carro indo em direção ao shopping.

  

𝐀𝐭𝐞́ 𝐐𝐮𝐞 𝐄𝐥𝐞 𝐕𝐞𝐧𝐡𝐚 • Rᴏᴍᴀɴᴄᴇ Cʀɪsᴛᴀ̃ᴏOnde histórias criam vida. Descubra agora