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- Gᴀʙʀɪᴇʟ Mᴏɴᴛᴇɪʀᴏ - 


" O céu estrelado é uma
O

bra prima tãoMagnífica,
Que podia ser mesmo
Deus o artista."
- Aline Pir


Às 18:30 eu estava na porta da farmácia em que a Ana estava trabalhando. 

Ela subiu na moto e fomos para casa. Eu deixei ela na dela e fui para a minha. 

Assim que cheguei em casa comi um pão com presunto e queijo e café e fui tomar banho para me arrumar para a pequena festa de aniversário da minha irmã. 

Meus pais não estão em casa e pelo que sei até então, Izadora está se arrumando com a Ana e Gui está no trabalho ainda. 

Coloco um louvor para ouvir enquanto vou me arrumando. 

Vou até o guarda-roupa e pego uma blusa preta e uma calça cargo verde militar. 

Vou até o quarto de Iza para pegar um creme emprestado e dou uma finalizada no meu cabelo. 

Pego meu perfume e passo bastante, escovo meus dentes e vou até a porta e calço meu Vans, pego a chave de casa, tranco a porta e vou até a casa da Ana. 

No mesmo tempo em que chego na porta da casa dela, Gustavo para a moto do meu lado. Ele estava com sua roupa branca e botas da mesma cor. 

- Eai? - Ele desce da moto e me comprimenta. 

- Eai. - Comprimento de volta. - Vai ter que tomar banho rápido hein. 

- Poise né, mas ai está uma vantagem de ser homem. - Ele ri e me entrega a chave. 

- Pode entrar e abre a garagem para mim por favor. - Ele sobe novamente na moto. 

Entro e vou até a garagem percebendo que o portão estava trancada por dentro, destranco e abro o mesmo. 

Gustavo entra com a moto, desliga e entramos na casa juntos. 

- Você prefere ir para o jardim e me esperar lá ou ir para o meu quarto? - Gui pergunta. 

- Vou para o jardim já, caso alguém chegue eu já recebo. - Digo e ele apenas acente e vai para o seu quarto e eu caminho para o jardim. 

Ele estava decorado com uma cortina metalizada decorativa rosa choque, balões da mesma cor e brancos estavam em volta formando um arco. 

Na mesa já estavam os doces e um lugar para colocar o bolo. 

Era uma decoração simples mas estava do jeito que Iza queria e tenho certeza que minha mãe e a mãe da Ana fizeram com amor o que deixa tudo mais bonito e especial. 

Estou perdido em meus pensamentos, olhando para o céu estrelado que estava essa noite quando percebo que Ana sentou-se ao meu lado. 

- É lindo né. - Ela diz após alguns minutinhos de silêncio. 

- Perfeito. - Concordo com ela. 

- No que você pensa quando olha para o céu assim? - Ela pergunta e desvia os olhos das estrelas olhando para mim. 

-  No quanto Deus é perfeito. Mais de milhares e milhares de estrelas em um céu infinito. Posso afirmar que com toda a certeza que isso é uma obra prima. - Digo e ela apenas assente. 

- Você sabia que aquele pontinho brilhante pertinho da lua é saturno? 

- Tô sabendo agora. - Digo desviando o meu olhar para ela que apenas sorri. 

E que sorriso meus amigos. 

Estaria mentindo se dissesse que ela não está perfeita esta noite. Seu cablo cacheado longo está solto, finalizado e molhado, junto com um vestido midi da cor da minha calça e uma rasteirinha preta. 

- Tem alguma coisa no meu rosto? - Ela pergunta e só então eu percebo que estava a encarando por tempo demais. 

- Não. - Respondo rapidamente e olho para o seu pé. - Seu pé é bem bonito. - Digo sem pensar e quando olho para o seu rosto ela está com um olhar indignado. 

- Fala sério. - Ela ri. - O primeiro elogio que você me faz é sobre o meu pé. 

- Eu gosto de pés. - Digo, obviamente, sem pensar. - Desculpa, são confissões meio estranhas a se fazer. - Abaixo a minha cabeça de tanta vergonha que estou sentindo agora. 

Ela só ri. 

- Espero que não pule minha janela de noite para tirar foto do meu pé e vender para os árabes. - Ela diz rindo ainda mais. 

- Posso saber a piada também? - Gustavo chega perguntando. 

- Coisa nossa irmãozinho. - Ana responde parando de rir. 

- Que legal, agora estão com segredinhos entre vocês? - Gustavo diz na ironia.

- Claro que não, mas temos nossas coisas assim como você tem com a Iza, e eu não fico perguntando. - Ela diz e ele apenas revira os olhos. 

Assim que ela termina de falar minha irmã chega. 

- Oii gente, nossos pais acabaram de chegar. - Ela diz animada. 

Minha irmã estava vestindo um vestido rosa midi e um saltinho branco. 

- Então daqui a pouco as pessoas estão chegando. 

- Ai é que você se engana, elas já estão chegando. - Guilherme diz após dar uma olhada lá fora. 

- Que comece a festa. - Minha irmã fala e vai até a porta de entrada saltitando. 

𝐀𝐭𝐞́ 𝐐𝐮𝐞 𝐄𝐥𝐞 𝐕𝐞𝐧𝐡𝐚 • Rᴏᴍᴀɴᴄᴇ Cʀɪsᴛᴀ̃ᴏOnde histórias criam vida. Descubra agora