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História não corrigida.

Geno olhou Error subindo as escadas, enquanto ele segurava o jovem cão que estava prestes a ir atrás do dono. Geno suspirou e começou a ajudar os amigos de Error a se acomodarem. O sofá foi afastado dando lugar a um enorme colchão de ar, os meninos dormiram juntos ali com cobertas e travesseiros que eles haviam levado. Geno também tinha pego o colchão da cama de Fresh para colocar na sala; Fresh já estava dormindo, já havia passado o horário dele ir para cama.

Geno garantiu que tudo está em ordem e que os meninos estavam bem e confortáveis, só depois de ter certeza que tudo estava conforme o plano ele pode se deitar no sofá com a coberta e o travesseiro e tentar relaxar; o jovem cão estava com ele deitado no chão em silêncio…

Ele estava olhando o teto, aquele teto branca e sem vida, ele teria colocado algo para decorar e principalmente, ele teria pintado aquelas paredes se pudesse, mas o proprietário da casa não permitia qualquer alteração no imóvel, é claro aquilo era chato mas ele não podia fazer nada.

Error suspirou cansado. o tempo estava ficando frio, ele podia sentir o vento frio da noite passando entre as frestas da janela, aquele vento não ajudava com o sentimento desconhecido que ele tinha, ele havia dito que era como se algo grande fosse acontecer, mas não era totalmente isso, se parecia bastante com uma ansiedade; não como a dele que causava pânico e antecipação para o futuro, não, aquilo era diferente. Era como se a sensação viesse da barriga e não do peito, era como se tivesse algo se mexendo lá, como quando você está apaixonado e sente borboletas no estômago, era quase igual mas também bastante diferentes. Porque, um, ele não está apaixonado, aquilo era ridículo e dois, as sensações são parecidas mas não iguais. 

Apesar de ter aquela sensação estranha de que para ser honesto não era tão ruim assim, ele também tinha a sensação de estar só; não parecia que Geno ou Fresh, até mesmo os amigos estavam no andar de baixo, na sala de estar da casa dele. Parecia que ele estava completamente sozinho. Estava frio e ele estava completamente sozinho.

Ele não podia se sentir mais estranho, solitário e talvez feliz?...Por que? Ele não tinha certeza, ele estava muito confuso, era um bando de sentimentos estranhos todos juntos, ele nem sequer sabia se era mesmo isso que ele está sentindo, era tudo tão confuso.

Error olhou em volta o quarto que se iluminava pela luz amarela do posto, era um quarto pequeno e simples, tinha um guarda roupas em uma ponta, uma cômoda perto da porta, e sua cama ficava encostado na parede contrária, embaixo da janela. De um momento a outro as coisas no quarto começaram a ficar borradas… ele sabia que era míope mas não tanto assim, ele não tinha tanta dificuldade para ver, ele podia ver bem quando os professores escreviam na lousa (claro, sempre e quando não eram letras pequenas.) mesmo sentando no fundo, não era tão ruim. Ali ele não podia nem sequer ver sua própria mão direto, não era um bom sinal.

Ele sentia como a temperatura do próprio corpo subia. ele podia perceber as partes que estavam mais quentes, que eram; as bochechas, a testa, os ombros e as costas. mas o peito e toda a barriga principalmente a região inferior (chamado popularmente de pé da barriga.), junto ao pescoço todo, eram de longe as partes que estavam mais quentes. Parecia que ele estava tendo uma febre muito louca.

Ele sabia o que era aquilo, ele mesmo havia perguntado a Geno como ele havia se sentido antes de saber que era um ômega, ele sabia que o universo não ia ser piedoso com ele, nunca foi por que agora seria?... a dor! Aquela dor era insuperável!

Ele podia sentir como ia de um lado a outro na cama, eram movimento desesperados e involuntários, ele não tinha controle de nada, ele também não estava escutando nada, então nem dava para saber se estava gritando ou se a voz dele havia sido cortada pela dor. Parecia uma eternidade e então ele não sentiu mais nada…

Branco… era tudo branco. Que lugar era aquele? Onde ele estava? Ele sabia que antes estava no quarto dele mas… será que aquilo era o sonho de destino que Geno mencionou?... O que ele tinha falado mesmo?

O sonho do destino era uma ligação mental entre destinados que podia ou não acontecer enquanto os destinados dormiam, que serviria para maiores chances de ambos ficarem juntos, não sendo muito comum mas não impossível. o sonho de destino acontecia em situações específicas.

1: Quando um ou ambos destinados estejam desesperados para ter algum contato, ou simplesmente desejando conhecer o parceiro ou parceira.

2: Quando um ou ambos já tiveram algum tipo de contato que causou emoções fortes, não importando qual tipo de emoção, ela só precisaria ser forte.

3: Quando um de ambos está em perigo, não um perigo imediato. Antigamente os destinados usavam os sonhos para se comunicarem e pedirem ajuda a seus parceiros quando, por exemplo, as famílias em que viviam eram abusivas ou se eles simplesmente precisassem de ajuda.

Mas tinha um porém em tudo isso, dois na verdade; o primeiro era que, um de ambas deveria ter um desses aportes, dois pelo menos para terem o sonho do destino, a segunda coisa era; eles não podiam ver o rosto um do outro. A explicação que a ciência dava era que pela conexão mental ser algo já bastante absurdo e limitado era normal que aquilo acontecesse, principalmente por se parecer muito com um sonho lúcido. Error estava tão imerso em seus próprios pensamentos que nem sequer se deu conta de que alguém estava em sua frente.

Quando por fim se deu conta o pobre levou um susto que por um momento achou que ia ter um ataque do coração. Havia um homem alto parado em sua frente, ele parecia esperar pacientemente. —...Hm 

— Você está em perigo? — foi a primeira coisa que aquele homem perguntou.

— Hmm… não?...Você está? — Error estava completamente desconcertado. Aquele homem parecia ter percebido já que ele parecia estar achando graça. — Não.

—...Ok…— Error definitivamente estava tendo um ataque em seu interior, era um dos muitos picos de ansiedade dele. Ótimo nem dormindo ele estava livre disso.

— Eu esperei muito tempo por isso, eu achei que nunca poderia te achar. — O som da voz daquele homem era baixa e rouca, não se parecia nada com as que ele conhecia, não dava para identificar. —...Por que você queria me achar? —  Error fez questão de manter a voz baixa a todo momento, não ia deixar fácil para aquele homem o achar, nem uma brecha.

— Você é meu destinado.

— Isso não é resposta para a minha pergunta.

— Não é? Por que não seria?

— Só por eu ser seu destinado não significa que é um motivo válido.

— Claro que é um motivo válido, nós somos destinados, o próprio nome diz que somos destinados.

Error não tinha o que responder, não valia a pena discutir. — Qual seu nome? Eu sou… — Error interrompeu. — Eu não quero saber, não me diga, eu não quero saber quem você é e não quero te conhecer, não quero… — Error começou a hiperventilar era mais um ataque naquele dia.

— Você está bem? O que está acontecendo?

Error se afastou não querendo ser tocado, ele virou de costas e se fez em formato de uma bolinha no chão e o outro homem só ficou parado sem saber o que fazer.

𝐃𝐞𝐚𝐫 𝐇𝐞𝐚𝐫𝐭, 𝐖𝐡𝐲 𝐇𝐢𝐦?Onde histórias criam vida. Descubra agora