A noite estava silenciosa, exceto pelo som do vento que passava pelas frestas da janela do apartamento de Maraisa. Ela estava deitada na cama, os pensamentos tumultuados e o coração agitado. Era uma dessas noites em que a confusão emocional parecia dominar, e ela se encontrava refletindo sobre suas próprias inseguranças e tumultos internos.Maraisa olhou para o celular, ainda se perguntando se devia ligar para Marília. **Ela sabia que estava agindo de forma errática**, mas não conseguia evitar. As emoções a dominavam e, no fundo, ela temia que, se não se expressasse, a distância entre elas só aumentaria.
Finalmente, a decisão foi tomada. Maraisa discou o número de Marília, sua voz soando um pouco tremida quando Marília atendeu.
— Alô?
— Marília... — A voz de Maraisa saiu mais fraca do que ela esperava. — Eu sei que estou agindo de maneira confusa e errática, mas preciso falar com você.
Do outro lado, Marília percebeu o tom angustiado e reconheceu a intensidade da situação. Ela sabia que Maraisa estava passando por uma fase difícil, mas isso não tornava as coisas mais fáceis.
— O que está acontecendo, Maraisa?
— É que eu me sinto como uma pessoa bipolar. Eu te confundo, e às vezes nem eu entendo o que estou sentindo — Maraisa começou, a voz embargada. — Eu erro, faço tudo errado. Eu te mando embora, e depois sinto que não posso viver sem você.
Marília respirou fundo. Ela conhecia bem os altos e baixos de Maraisa, mas cada vez que passavam por isso, era como se o ciclo recomeçasse.
— Eu entendo. E, apesar de tudo, eu estou aqui — respondeu Marília com firmeza. — Eu sei que você não está se sentindo bem agora, mas você também sabe que eu não posso simplesmente te deixar, não é?
Maraisa fechou os olhos, sentindo uma mistura de alívio e culpa. Não queria que Marília a visse assim, vulnerável e desorientada, mas ao mesmo tempo, precisava de sua presença.
— Eu sei, e por isso te ligo. Quando eu estou nessa confusão, eu só quero que você me segure, me lembre de que sou sua. Me jogue na cama e me lembre de que você está aqui, mesmo quando eu dou essas loucuras — Maraisa continuou, a voz ainda embargada. — Não quero que me deixe, mesmo quando eu estiver no meio das minhas crises.
Marília ouviu as palavras de Maraisa, e sua determinação se fortaleceu. Ela sabia que as palavras poderiam não ser suficientes para curar as feridas, mas era crucial que Maraisa soubesse que ela estava lá para ela.
— Não, não vou te deixar. Mesmo quando você se confunde e se perde, mesmo quando eu não entendo completamente o que você está passando. Eu estou aqui para te lembrar do quanto você é importante para mim — Marília falou com um tom caloroso e sincero.
Maraisa sentiu um peso sendo levantado dos seus ombros. O fato de Marília estar disposta a ficar ao seu lado, mesmo nas suas piores fases, era um consolo imenso.
— Eu só preciso que você me lembre, às vezes, do quanto você me ama, mesmo quando estou perdida — Maraisa murmurou, com uma sensação de paz começando a substituir a confusão.
— Eu vou te lembrar sempre. Não importa o que aconteça, você sempre terá a minha presença e o meu amor para te apoiar — Marília respondeu, com uma voz cheia de ternura.
O silêncio entre elas era confortável agora, uma pausa que permitia a Maraisa sentir o apoio inabalável de Marília. Com um suspiro profundo, Maraisa sentiu que, apesar das loucuras e confusões, havia um lugar seguro ao qual sempre poderia voltar.
— Obrigada, Marília. Eu te amo, e saber que você está aqui faz toda a diferença — Maraisa disse suavemente.
— Eu também te amo, Maraisa. E sempre estarei aqui para você — Marília garantiu.
Enquanto a conversa chegava ao fim, ambas se sentiram um pouco mais aliviadas. A conexão entre elas, apesar das dificuldades, se manteve forte. Maraisa desligou com um sorriso no rosto, um sorriso que finalmente refletia um pouco de paz, sabendo que, apesar dos altos e baixos, Marília estava ao seu lado, sempre.
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História das músicas- Malila
Fiksi PenggemarMúsicas são histórias, então por quê não as deixamos viver?