Niara • ✿︎ • Greg Feder

✿︎ • Capítulo 15 • ✿︎

     
     — Meu Deus do céu, olha só isso. Vocês estão super em forma em. — Tio Lenny zomba da situação física dos indivíduos à nossa frente. — Robydeaux, bom te ver.

     — Lenny! — O homem alto com estrabismo cumprimenta.

      — Eu só não sei se você tá olhando pra mim. — Tio Lenny fala fazendo a gente rir, inclusive o citado.

      Greg que estava sentado do outro lado da mesa na minha frente tirou com uma faca as sementes de uma fatia de melancia e entregou para mim. Sorri para ele em agradecimento.

       — Olha só, nós só queremos comer umas melancias e relaxar um pouquinho, se vocês não se importam. — Tio Lenny fala ainda rindo. Escorei minha cabeça no braço de tio Marcus que se distraiu um pouco brincando com minhas tranças.

      — Não eu me importo sim, você não vai escapar dessa Feder. — o Bayley fala. — O Wiley fugiu da UTI só pra ver a gente fazer justiça!

     Olhamos para o dito cujo e ele estava em formato de H por causa do gesso, tadinho, tantas piadas maldosas para contar.

       Conversa vai e conversa vem, o mini Elvis mandou um papo motivacional e eles resolveram aceitar uma última partida. Isso vai ser empolgante!
     
       — É AGORA! — Wiley grita e toda a plateia grita junto.

        — Isso vai ser legal. — Falei para ninguém em específico.

       O antigo time de basquete saiu para poder se arrumar, as mães também sumiram, sabe-se lá pra que. Eu aproveitei para devorar o máximo que conseguia das melancias, eu amo melancia!

      — PESSOAL OLHA! — Minha atenção foi tomada pela voz de Keithie e olhei para onde ele apontava.

      A visão de todo o time andando em sincronia com a música que tocava, vestido com camisas laranjas com a logo de alguma coisa é uma imagem que vai ficar na minha mente para sempre. Foi épico, inspirador e... Meu pai pisou no pé machucado do tio Rob.

     Enfim, continuamos aplaudindo e uivando em comemoração, nossas mães surgiram SIMPLESMENTE VESTINDO ROUPAS DE LÍDERES DE TORCIDA!! Feitas com papel, como assim? Só Deus sabe como fizeram tantas roupas e tantos pompons cheios em 15 minutos. É O ESPÍRITO DA COMPETIÇÃO!

        O outro time também entrou na quadra, o outro cara negro foi sondar o meu pai, ficaram rodando um ao redor do outro.

      Greg se sentou ao meu lado e me ofereceu pipoca, aceitei, óbvio.

     E o jogo começou.

      Tio Eric tirou a bola antes do jogador adversário sequer tocar nela, quem recebeu a bola foi tio Marcus, as líderes de torcida comemoram e tia Sally faz uma dancinha. Tio Eric recebe a bola e vira de costas para o outro jogador logo jogando a bola para tio Lenny que pega arremessando na cesta, ponto para o nosso lado!

      — Essa foi sorte! — A estátua Wiley de gesso reclama.

      Em mais uma jogada o time adversário também marcou um ponto. O torcedores rivais comemoram, foi justo.

         — Pessoal, movimento 78! — Tio Rob que pegou a bola fala.

      Ele engana o adversário e joga a bola para tio Marcus que segura ela girando na frente de outro jogador, logo arremessa para tio Eric que recebe e bate ela duas vezes no chão impedindo o jogador que marca ele de tocar na bola. Meu pai chama a bola e tio Eric joga pra ele, ele recebeu de cabeça errando a jogada mas tio Lenny salva.

      — Que droga, pai. — Resmunguei, Greg que não tinha saído do meu lado colocou a mão no meu ombro tentando consolar.

      Tio Lenny faz a cesta com a jogada errada do meu pai e comemoramos.

      Robydeaux pega a bola e a batia repetidas vezes no chão distraído com o latido do cachorro de tio Eric, dando assim a chance de tio Lenny roubar a bola jogando para o Higgins que arremessou na cesta.

      Um time marca ponto, o outro também, o nosso novamente, o outro negro da cidade arremessou e errou fazendo a bola acertar a mulher do Bayley e derramar a cerveja dela, que situação.

       Tio Eric e seu adversário já estavam morrendo, caindo para os lados e um por cima do outro, logo os dois voltam fingindo terem se machucado. O jogo da uma pausa, até que tio Lenny propôs algo interessante.

       — Quê que se acha de trazermos nossos filhos pra quadra?

        — Feito.

        — Greg! — O menino ao meu lado foi chamado pelo pai. Ele aponta pra se mesmo e olha pra mim sem acreditar ainda. Eu sorri indicando a quadra e ele levantou sendo encorajado pelo meu irmão e pela plateia aplaudindo.

      — O Bayley! — Chama o filho que tem o mesmo nome que ele, que falta de criatividade, que falta de senso, eu acho um absurdo! Lembrei que é o sobrenome dele, disfarça! — Aí, alguém por favor pode encher a jarra com a água da "foss" para o garoto de Hollywood?

      — É Voss, com v! — Greg corrige o chato do Bayley pai e é zombado pelo Bayley filho.

       Fui sentar com meu pai e meu irmão, fiquei no meio dos dois, o ângulo daqui é bem melhor.

Penúltimo capítulo do primeiro filme!
Comentem bastante, por favor, me digam o que estão achando da história, 10 comentários seria incrível!