• ✿︎ Capítulo 1 ✿︎ •

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      Charlotte e eu estávamos assistindo desenho quando nosso pai nos chama para jantar. Logo Mama Ronzoni e André chegam na mesa também. 

      — Hoje eu fiz uma nova receita que aprendi no especial do programa da Rachel, Risoto de abóbora — Meu pai fala empolgado mostrando aquela coisa laranja escuro com cheiro de pneu queimado na panela, ele usava enormes luvas de cozinha. Justo de abóbora? 

        Charlotte força um sorriso e André resmunga algo, cutuco meu gêmeo para ele ficar quieto. Papai coloca aquela gororoba nos nossos pratos e eu espeto aquele grude com meu garfo, com muita relutância eu levo até a boca e meus olhos lacrimejam, que negócio ruim. 

        Meu pai ia sentar mas o telefone tocou e ele foi até perto do fogão para atender, percebi que o semblante do meu pai mudou, vou esperar ele desligar pra perguntar quem é, o barulho da porta da frente abrindo me distraiu do meu prato com o risoto horrível e torradas, logo mamãe chega na cozinha.

      — Oi Mãe! — Charlotte, André e eu falamos juntos. 

        " Tá legal, a gente se vê lá, tchau! " — Meu pai desliga e minha mãe o olha. 

      — Oi, tá tudo bem? 

      — Tá tudo bem, a gente conversa mais tarde. — Ele a responde.

       — Tá legal ... — Ela diz.

     — Olha, fiz o risoto de abóbora que eu vi no especial do programa da Rachel é, sabores de verão... — Meu pai estava fazendo propaganda da sua comida mas interrompemos.

       — É horrível, mãe! — Charlotte diz. 

        — Tem cheiro de pneu queimado. — Eu falei olhando para ela. 

        — Isso tem gosto de asfalto. — André falou.

     — Deanne, ouviu como falam comigo?Você  Ouviu? Tem que dizer alguma coisa! — A voz dramaticamente sofrida do meu pai suplica ajuda de mamãe, segurei a risada. 

       — Tá legal gente, sabem que o pai de vocês trabalha muito para manter a casa limpa e pra fazer três refeições pra gente todos os dias. — Minha mãe fala e ouvimos nosso dizer "alôô" algo do tipo " caiam na real". Charlotte me olha e eu sorri para ela que sorriu de volta achando graça do drama do nosso pai.  — E tem mais... — Ela vai até a sala. — Eu trouxe uma pizza! — Ela cantarola e meus irmãos e eu comemoramos. 

       — Quer saber? Tudo bem! — Meu pai joga a panela na pia. — Comam pizza, comam pizza. Me magoaram, me magoaram! — Ele fala com voz de choro e sai da cozinha. Estou me sentindo mal agora... Pizza de queijo? Minha favorita! 

      — Parece que ele está naqueles dias de novo. — Mama Ronzoni brinca olhando ele ir embora ja em outro cômodo.

      Comemos a pizza escutando nosso pai no andar de cima resmungando que não era valorizado pela própria família. 

       — Eu terminei, com licença. — Eu falei saindo da mesa e indo na direção da escada, repensei e voltei correndo pra roubar o última pedaço de pizza que André já ia pegar. Saí correndo ouvindo seus gritos e xingamentos e logo o barulho do tapa que ele levou da nossa mãe. 

       Subi as escadas comendo minha pizza, eu nem estava com fome, mas não ia deixar meu gêmeo comer o último pedaço de pizza, daria minha vida por ele, mas o último pedaço de pizza não! Cheguei no meu quarto e fui ao banheiro lavar as mãos, sequei elas na minha camiseta do Tupac e peguei um dos livros que tem na minha estante, muitos deles que peguei na biblioteca da cidade e não devolvi. 

       Vejamos, alguns livros não são apropriados para uma menina de 13 anos. Mas, eu tenho paciência, quando eu puder ler eu leio, apesar de ser sobrinha de um certo loiro que esquece que eu sou uma criança. Chego em" Alice no país das maravilhas" já li umas três vezes, mas eu amo. 

      Me jogo na minha cama e começo a ler, meu momento de paz é interrompido por batidas na porta, murmurei um "entra" e logo mamãe passa pela porta. 

      — Niara querida, faça sua mala, o antigo treinador do seu pai faleceu, vamos para lá amanhã e passar o final de semana. — Ela fala encostada na porta, sua barriga que carrega meu irmãozinho está enorme, minha mãe é linda. 

      — Tá bom mãe, o tio Marcus vai não é? — Eu pergunto pelo meu tio favorito, faz dois meses que ele não vem nos visitar.

      — É bom provável que sim, mas não quero você muito perto dele, ele é péssima influência. — Ela fala saindo e eu dou risada. 

      Bem, vamos fazer essa mala, eu serei uma grande estilista e já estudo moda pela internet, então eu não posso usar coisas básicas. Velório remete a luto, então devo usar preto, por que é uma cor triste? Não, porque é poético! Peguei um vestido preto rodado com um blazer que combinava perfeitamente, um óculos escuro, uma sandália simples e um chapéu preto para dar uma dramatizada, separei essa roupa para usar amanhã, agora só as do fim de semana. 

      Peguei muitas roupas e fui colocando na mala, ainda bem que ela é grande, eu sei que é só um final de semana, mas eu não posso deixar de arriscar em meus looks, sempre muito coloridos ou muito monocromáticos, depende da minha personalidade do dia. 

       Terminei a mala e vi o horário, já passou da minha hora de dormir, corri para tomar o meu banho e vestir meu pijama, ouvi passos no corredor e corri para minha cama me enrolando no edredom, logo a porta se abre e meus pais aparecem. 

      — Viemos desejar boa noite. — Papai fala e mamãe vem junto com ele para perto da cama. Os dois me dão uma beijo da testa e me desejam bons sonhos. Sorri e me virei para dormir. 

 

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Niara • ✿︎ • Greg Feder Onde histórias criam vida. Descubra agora