Capítulo 3: O Acordo

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Sakura estava sentada na cama coberta apenas por um lençol fino, a luz da lua filtrando-se pela janela e lançando sombras dançantes no quarto. O ar estava pesado com a tensão que pulsava entre ela e o homem misterioso, que se aproximava lentamente, como se cada passo fosse carregado de um peso sobrenatural.

“Quando você me invocou, garota, você também liberou os monstros para esse mundo,” ele disse, sua voz profunda ecoando nas paredes do quarto.

Ela franziu a testa, a confusão se misturando ao medo. “Como assim? O que você quer dizer?”

Ele sorriu de uma forma que fazia o coração dela disparar. “Eu sou o Anticristo, a encarnação do que você teme. E sua alma... bem, você já a vendeu em troca de poder.”

Os olhos dela se arregalaram. “Isso não faz sentido! Eu não quis fazer nada disso!”

“Mas você fez.” Ele se inclinou mais perto, seus olhos brilhando com uma intensidade quase hipnótica. “Eu posso te oferecer vida eterna para reinar comigo no inferno. Pense bem: com milhões de monstros do submundo à espreita, essa pode ser sua única escolha.”

Sakura sentiu um frio na espinha, a realidade da situação começando a se estabelecer em sua mente. Os monstros… eles estavam lá fora, sedentos por sangue. A ideia de lutar contra essa maré de escuridão sozinha parecia insuportável.

Ela respirou fundo, lutando contra o pânico que ameaçava dominá-la. “Eu não aceito!” A voz dela soou mais firme do que ela se sentia por dentro.

Mas as palavras dele ecoaram em sua mente: “Sua escolha é limitada.”

Sakura hesitou, a dúvida crescendo como uma sombra em seu coração. E então uma nova resolução tomou conta dela. Se era isso que tinha que fazer para sobreviver…

“Eu aceito,” ela disse finalmente, a voz agora cheia de determinação. “Minha alma é sua.”

O sorriso dele se alargou, revelando dentes afiados como lâminas. Com um gesto suave, ele estendeu a mão em direção a ela.

Imediatamente, uma onda de dor intensa percorreu seu corpo, como se mil agulhas estivessem perfurando sua pele ao mesmo tempo. Ela gritou, mas o som foi engolido pela escuridão crescente ao seu redor.

E então tudo desapareceu.

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