Entre o dever e a honra

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Martin



Se afastou antes que fizesse menção de tentar algo .
Queria entender o que acontecia dentro de si,  cada vez que estava próximo dela. Sempre se sentia bem e feliz junto a amiga , entretanto algo mais intenso e devastador começava a brotar nele .

Por que as coisas não podiam voltar a ser como antes , se alto culpou por vê-la com desejos nada castos. Poderia se considerar um canalha, contudo ,não sentia tais vontades com nenhuma outra.

O que o deixava ainda mais temeroso pelo signicado disso.

- Em breve será uma mulher casada e saberá coisas que agora lhe são distantes.....- respondeu um tanto perdido .

- Será que August,  me mostrará isso ?- questionou incerta.

Ele torcia para que não,  queria que ela corre-se para si quando se dê-se conta de que outro não lhe proporcionaria suas necessidades.

- Não sei dizer...- respondeu de forma seca.

- É melhor voltar para meu quarto , antes que alguém de minha falta. - afirmou parecendo querer fugir do assunto.

-Irei acompanhá-la!- determinou se pondo a caminhar ao lado da dama.


...........

Makeda

Ouvia o discurso caloroso da mãe,  sobre como deveria se portar em sociedade,  afinal seria requisitada em bailes e aceita , graças ao noivo .

Por que a presença de um homem, influenciava tanto, a vida de uma senhorita. Aceitava essa realidade , mas de forma alguma concordava.

Talvez tudo se deve-se ao fato de o cavalheiro em questão ser branco e de boa família, disso não tinha dúvidas.

Por incrível que pareça não queria ver o rapaz , com o tempo os encontros pareciam entediantes tanto para si , como para ele.

Não tinham afinidade alguma,  e se limitavam a ser educados e respeitosos um com o outro .

Aquilo passava longe da paixão que lia em livros. Seria um casamento de conveniência apenas.

Era melhor tirar esses sonhos românticos da cabeça,  isso só existia em literatura,  a realidade era outra .

Pessoas se união por qualquer coisas, menos amor .

Esperou pacientemente por August , e não se sentiu animada quando o viu chegar de forma elegante e cumprimentar sua mãe e seu pai com total segurança.

Ele já tinha total aprovação de toda sua família,  entretanto sua tia parecia estranha cada vez que ele aparecia .

Talvez ela desconfiasse de algo , ou até mesmo sabia de algum rumor desenroso do jovem.

Não tinha coragem de interroga-la a respeito,  logo fingia não perceber nada.

Por sinal a mulher não estava presente , preferindo se ausentar para ir a modista,  alegando finalmente querer tirar o luto de suas roupas .

- Boa tarde ! Como está minha noiva ?- ouviu o loiro questionar aos sogros enquanto a olhava de longe.

- Acho melhor conferir por si mesmo,  meu jovem .- incentivou o pai sorrindo para sua direção.

Como sempre , as conversas se limitavam a assuntos do dia a dia , e sobre os preparativos do casório.

A todo instante os olhos azuis do noivo corriam pela sala de visitas,  como se busca-se alguma coisa ou espera-se por alguém ....

Feita para Mim Onde histórias criam vida. Descubra agora