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CATARINA GUIMARÃES, FILHA DE ZE ROBERTO GUIMARÃES , TÉCNICO DA SELEÇÃO BRASILEIRA DE VÔLEI FEMININO. Uma coisa que seu pai sempre a ensinou era sobre vôlei e deste de pequena a ser apaixonada pelo esporte. Catarina era apaixonada pelo...
Você coloriu minha vida cinza, amor E a cada sorriso seu eu ganho um lápis de cor Você é meu tudo, tudo, tudo Eu juntei meu mundo, mundo, mundo com o seu Você é a sorte e o sortudo sou eu
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Setembro2023 @ Catarina Guimarães/ autor'a pov'
Último jogo do pré-olímpico e minha última vez jogando pela seleção brasileira, a minha seleção. Tinha contado ontem para Priscila sobre a minha decisão e ela me apoiou mas chorou muito também.
" Não vai ser a mesma coisa sem você aqui." Foi o que ela falou depois de um tempo conversando sobre o assunto e a sensação de nostalgia estava comigo a cada passo que eu dava. Estava feliz com a minha decisão de sair da seleção e poder dar mais oportunidade as meninas, mas não mentia que meu coração doía muito por saber que seria a última fez treinando ao lado de todas as meninas.
Como era o último jogo, estava focada em ganhar meu último jogo nem que isso me custasse mandar bolada na cara de alguém. Essas japonesas só tinham carinha de fofas porque na quadra não deixavam passar uma bola, os jogos contra elas eram sempre emocionantes e encerrados como se cada ponto fosse o ponto da vitória.
Com uma vaga Olímpica em disputa, era natural que o jogo começasse disputado. Tanto a gente quanto a japonesa trocaram ataques no início do primeiro set. Na reta final, o Brasil chegou a abrir 20 a 16, mas as japonesas mal amadas buscaram e empataram em 21 a 21. Mas com Roberta no saque, conseguimos fazer quatro pontos seguidos e fechou em 25 a 21.
No segundo set, contudo, as meninas erraram muito no ataque e na defesa, as japonesas abriram 8 a 1 no placar. A equipe levou a vantagem até 19 a 12, mas a partir daí a gente reagiu: fazendo seis pontos seguidos e diminuiu para 19 a 18. Depois empatou em 20 a 20 e o set foi ponto a ponto até o fim, com vitória japonesa de 25 a 22.
No terceiro set eu entrei e o equilíbrio se manteve um ponto delas dois nossos. Nenhuma equipe abriu vantagem superior a quatro pontos. O Japão assumiu a dianteira do placar na metade do set, mas o Brasil chegou a empatar em 19 a 19 e depois 21 a 21. O Japão contou com alguns erros nossos e chegaram a abrir 24 a 22. O Brasil buscou o empate novamente e com Rosamaria no saque fechou em 27 a 25.
Já no quarto set o Japão abriu fazendo 8 a 3. Meu pai tentou mudar, mas o Japão não só manteve a vantagem, como aumentou para vencer por 25 a 15, a maior diferença do jogo.
Porém, o tie-break, a gente abriu o set com três pontos consecutivos, mas as japonesas novamente buscou o empate em 10 a 10. Mas com Julia Bergmann o Brasil fez quatro pontos seguidos até o match point que Priscila iria sacar.
Olho para Priscila em forma de apoio e encorajamento, Priscila era conhecida por seu Ice. E nesse momento era o que precisávamos para ganhar, olho em volta sentindo a energia que os brasileiros que estavam nos acompanhando fazia, a forma como eles gritavam o nome de cada jogadora a cada jogada. Olhei para outro lado onde meu pai estava e como se seus instinto paterno soubessem que eu olhava para ele, ele olhou para mim, queria que ele soubesse o quanto estava grata por ele confiar em mim depois de tantos anos, ele continuar ao meu lado e nunca ter desacreditado da minha pessoa.
