não vai mais acontecer.

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DESTINOS CRUZADOS.

POV MARÍLIA.

Quando chegamos na sala de jantar onde tava todo mundo tomando café da manhã, observei que tinha uma mulher que desde que me mudei pra cá ainda não tinha visto, ela era bonita com seus cabelos escuros e o corpo magro. Ela me olhou e percebi seu olhar descendo pra mão do Henrique que ele colocou na minha cintura pra descer a escada do meu lado e não tirou até agora. Confesso que nem reparei que ele não tirou, já que parece que meu corpo quer o toque dele. A mesma subiu o olhar novamente pra Henrique e levantou do seu lugar vindo até ele dando bom dia e beijando seu rosto. Eu realmente não queria me incomodar com isso, mas é impossível não ficar um pouco irritada vendo essa mulher que eu nem sequer conheço fazendo essas demonstrações de carinho. Dei bom dia e me sentei pois precisava tomar meu café da manhã reforçado.

Lucas: Lila vai querer minha companhia na ultrassom?

Mohana: só acho que quem tem que tá com ela é o pai do filho dela ( falei cortando um pedaço do bolo e colocando no meu prato).

Jéssica: e quem é o pai do filho dela?

Juliano: meu irmão, claro.

Jéssica: essa é a mulher que tá gerando o filho do Rique?

Marília: o filho é de nós dois ( falei um pouco grossa provavelmente por causa do ciúmes).

Jéssica: cê me disse uma vez que seu filho não iria ter mãe? ( Falei olhando pra Henrique) Teria feito questão de fazer um filho com você.

Henrique ia responder mais parou quando ouviu minha cadeira arrastar pra trás. Sim, definitivamente eu tô com ciúmes e agora ouvindo ela falando isso percebo que essa mulher provavelmente é a que tava fudendo com ele ontem a noite. Levantei sem falar nada, peguei minha bolsa e sai dali indo em direção ao meu quarto eu preciso respirar um pouco e assimilar o que porra tá acontecendo comigo, eu não devia sentir nada por ele, nosso combinado era de sermos amigos pelo bem do nosso filho e depois de dois meses tendo a atenção dele exclusivamente pra mim além de ter me apaixonado tô sentindo ciúmes de um homem que não é meu. A porta do meu quarto se abriu e mesmo de costas eu consigo sentir o calor dele atrás de mim, não quero olhar pra ele e revelar nada disso.

Henrique: loira isso lá embaixo foi ciúmes? ( Virei ela com cuidado pra mim ).

Marília: não ( me apressei a falar) isso lá embaixo foi meus hormônios de gravida entregando a minha falta de paciência pra certas coisas.

Henrique: certo então vamos voltar lá e você vai comer ( eu tava bem próximo dela agora) precisa se alimentar bem.

Marília: tava com aquela mulher ontem?

Henrique: tava ( falei olhando em seus olhos) mais não aconteceu nada demais entre eu e ela.

Marília: não parece que ela pensa o mesmo ( falei e tentei dá um passo pra trás porém uma de suas mãos segurou minha cintura).

Henrique: não aconteceu nada demais pois minha cabeça tava em outro lugar.

Marília: não quero saber os detalhes de como você broxou Tavares ( ele riu).

Henrique: acha que broxei?

Marília: acho, na verdade tenho quase certeza.

ele sem eu nem perceber já tava com a boca no meu pescoço me fazendo jogar a cabeça pra trás quando senti sua língua percorrendo o espaço entre meu pescoço e meu ombro fazendo um calor percorrer meu corpo como um incêndio. Ele parou o que tava fazendo e me olhou nos olhos colocando meus cabelos pra trás e segurando meu rosto logo em seguida senti a boca dele na minha e sua língua atrevida tentando conhecer todos os lugares da minha boca, ele me beija parecendo que a vida dele depende disso o que me deixa com mais calor doida pra sentir mais dele, as mãos dele me agarraram puxando meu corpo ainda mais pra ele. Quando ele finalmente me soltou eu não sabia o que fazer ou o que dizer então fui pela opção mais racional. Dei um tapa em seu rosto e ele apenas olhou pra mim.

Marília: tá maluco?

Henrique: eu pensei que.... Desculpa ( falei totalmente confuso)  bom eu tô indo pro carro já que não vai comer nada vamos logo pra consulta.

Ele saiu do quarto e eu coloquei a mão na minha boca, ainda consigo sentir o gosto dele. Porra Marília será que você foi tão burra de dar um tapa na cara dele depois de um beijo desse que tirou meu fôlego? Sim eu fui burra nesse nível. Respirei fundo colocando na minha cabeça que cortar esse tipo de intimidade vai ser o melhor pra nós dois. Meus hormônios de gravida tão me enlouquecendo e também o fato de eu não transar a uns meses tá provavelmente me deixando carente ao ponto de pensar que tô sentindo alguma coisa a mais pelo pai do meu filho.

................

Dentro do carro o Henrique não falou nada nem sequer dirigio a palavra a mim. Será que ele tá chateado? Isso é ridículo ele não tem o direito de ficar chateado comigo só pôr que recusei o beijo dele. Chegamos na clínica e pelo jeito do Henrique sei que ele percebeu que nossa intimidade tava indo longe demais e eu colocar esse limite vai ser bom pra gente e principalmente pro nosso filho que não vai precisar crescer com pais brigados só por quiseram tentar uma relação. Eu tenho certeza que se eu desse a entender que gostei do beijo ele não ia parar do no beijo e eu não tô afim de entrar em um relacionamento sabendo que vai dar errado. O médico começou a consulta e explicou tudo que a gente precisa saber os olhos de Henrique brilham enquanto olham pra tela onde mostra nosso bebê quase todo formado e acredito que os meus também devem tá brilhando nesse momento.

Henrique: ele é lindo ( falei e senti algumas lágrimas descendo) perfeito.

Marília: sim perfeito.

Médico: bom Marília é uma gravidez complicada.

Marília: sei disso doutor, eu sabia dos riscos.

Médico: me desculpe se tô sendo invasivo mais como vamos continuar fazendo seu pré natal juntos eu preciso saber algumas coisas e mesmo tendo quase certeza tenho que ter uma resposta concreta sobre se você já teve alguma perda.

Marília: sim.

Médico: tudo bem vou fazer o possível pra que fique tudo bem, você só precisa tomar cuidado pois quanto eu quanto você sabemos que qualquer coisa pode voltar a acontecer novamente uma perda.

Henrique: não vai acontecer nada ela vai ser bem cuidada.

Eu realmente não gosto de falar sobre esse assunto. Quando a consulta acabou saímos e entramos no carro e claro que os seguranças sempre tem que tá bem atrás de nós não entendo por que ele tem que andar com tantos seguranças. Sai do meu pensamento com a voz de Henrique.

Henrique: desculpa pelo o que aconteceu mais cedo eu te garanto que não vai mais acontecer.

Henrique: desculpa pelo o que aconteceu mais cedo eu te garanto que não vai mais acontecer

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