tontura.

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DESTINOS CRUZADOS.

POV MARÍLIA.

Aqui estou eu sentada no sofá ouvindo minha mãe falar pela décima vez que minha decisão de fazer uma inseminação foi um erro. Eu vi pra cá almoçar com ela e com meu irmão justamente pra contar sobre minha gravidez, eu nem sequer falei do Henrique ainda, pois assim que abri a boca pra falar que tô grávida ela já me bombardeou com suas críticas. Minha mente tá a mil por causa do Henrique e desse sentimento que eu sinto por ele, mas não quero sentir, vim aqui na casa da minha mãe buscar um pouco de paz mais parece que eu não deveria ter vindo, minha cabeça tá explodindo. O Bahia tá do lado de fora e minha mãe nem sequer viu ele ainda. Olhei pro meu irmão que mesmo não concordando com meus métodos de engravidar preferiu ficar calado e pelo seu olhar até ele tá se irritando com a minha mãe.

Marília: já chega mãe não vê que essas críticas não fazem bem pra mim ( falei finalmente chegando no limite).

Ruth: foram aquelas duas não foi? Elas colocaram isso na sua cabeça, não vê que suas amizades tão te levando pra ruína?

Marília: as gêmeas não colocaram nada na minha cabeça. Elas me apoiaram pois sabem como eu quero esse bebê.

Ruth: aquelas duas não te querem bem filha, primeiro te aconselharam a terminar com o Murilo, depois te instigaram nessa ideia maluca de conseguir ter um filho sem um pai não vê que esses conselhos são absurdos?

Marília: o que eu vejo mãe é minhas melhores amigas me apoiando nas minhas escolhas.

João: mãe não tem mais o que fazer, a Lila tá grávida e o que resta é dar apoio.

Ruth: filho sem pai ainda por cima.

Marília: ele tem um pai ( despejei a informação) ele é um homem maravilhoso e tenho certeza que vai ser um ótimo pai.

Ruth: mais você falou que fez inseminação artificial.

Marília: eu fiz ( contei tudo pra ela já sem paciência).

Ruth: viu que essas coisas não dão certo?

Marília: eu tô cansada de tentar conversar com a senhora, me desculpa mãe mas eu vou embora.

Sei que a minha mãe não quer meu mau e se preocupa comigo disso eu não tenho dúvidas porém eu sei o que tô fazendo e ela mais do que ninguém sabe o quanto esse bebê significa pra mim e o quanto eu me esforcei justamente pra conseguir essa gravidez e não fui influenciada por ninguém, ao contrário do que minha mãe pensa as gêmeas foram as primeiras a pesquisarem sobre os riscos possíveis e me falaram pra pensar bem e foi isso que fiz pensei muito bem antes de tomar a decisão de ter esse filho. Sai de dentro da casa da minha mãe e o Bahia me olhou sei que provavelmente ele escutou toda a discussão por isso me olha com esse olhar de pena.

Bahia: quer que eu ligue pro senhor Henrique?

Marília: não precisa ( segurei o choro que queria vir com tudo) vamos pra casa.

Bahia: vou pegar o carro senhora.

Ele se afastou indo pegar o carro e não demorou muito pra mim ceder ao choro. Quando entrei no banco de trás do carro encostei minha cabeça na janela e deixei todas as lágrimas virem com tudo, eu queria ter o apoio da minha mãe. Ouvir ela falando desse jeito me faz pensar que fiz uma coisa errada mesmo que o meu coração saiba que foi certo minha mente é traiçoeira e me faz pensar besteira. Minha cabeça dói e meu coração também e tudo que eu quero é deitar em uma cama e dormir. Bahia me olhou pelo retrovisor enquanto dirigia.

Bahia: não tem nada de errado em escolher ter um filho sozinha senhora.

Marília: me chama de Marília por favor babá ( ele abriu um leve sorriso) tenho medo de tá errada no que eu penso.

Bahia: não tem nada errado e a reação da sua mãe vai melhorar com um tempo pois ela querendo ou não vai ter um neto ou uma neta.

Marília: tem razão.

Fechei meus olhos e senti quando meu celular vibrou dentro da minha bolsa, peguei o mesmo e tinha uma mensagem do Henrique.

" o Bahia me contou que não tá muito bem e que não almoçou então tô te esperando aqui na mesa de jantar com seu almoço"

Nem respondi, pelo visto o Bahia se preocupa comigo e sabe ficar calado já que na mensagem o Henrique não fala nada sobre minha discussão com minha mãe. Guardei o celular e fiquei pensando em todas as palavras que saíram da boca da minha mãe. Quando finalmente chegamos em casa respirei fundo antes de sair do carro e logo vi o Henrique se destrancando dos seus seguranças vestindo uma roupa toda preta, provavelmente vai sair já que já passou e muito da hora do almoço, sei que ele provavelmente deixou um prato montado com comida pra mim. Ele veio na minha direção e logo o Bahia deixou o carro com um dos seguranças pra guardarem na garagem e ficou posicionado próximo de mim dando uma certa distância claro.

 Ele veio na minha direção e logo o Bahia deixou o carro com um dos seguranças pra guardarem na garagem e ficou posicionado próximo de mim dando uma certa distância claro

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Henrique: quer tomar um banho antes de ir almoçar comigo?

Marília: eu tô cansada, não quero sair.

Henrique: tava chorando? ( Perguntei reparando seus olhos inchados) Responde, se machucou?

Marília: eu tô bem, não foi nada.

Henrique: o que aconteceu Bahia ( falei olhando pro único que confio cuidando dela).

Bahia: aconteceu o que a senhora Marília falou senhor Henrique, o meu trabalho é cuidar dela e estou fazendo meu trabalho perfeitamente.

Henrique: parece que conseguiu rápido a confiança do Bahia.

Marília: ele é um bom segurança.

Henrique: tudo bem se não quiser me contar não vou te forçar a isso mais nós vamos sair agora pra um restaurante e cê vai comer muito bem ( olhei nos olhos dela ) precisa se alimentar bem pelo nosso filho.

Marília: eu sei disso ( respirei pesadamente) então vamos.

Henrique: só deixa trazerem meu carro.

Não demorou muito e o carro dele chegou o Henrique abriu a porta pra mim poder entrar mais antes que eu fizesse isso senti uma tontura e minha cabeça rodou, coloquei uma das minhas mãos na testa e senti meu corpo leve logo tendo um apagão.

Não demorou muito e o carro dele chegou o Henrique abriu a porta pra mim poder entrar mais antes que eu fizesse isso senti uma tontura e minha cabeça rodou, coloquei uma das minhas mãos na testa e senti meu corpo leve logo tendo um apagão

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