Capítulo 3

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LAURA GABRIELLI
🌅 Santos, São Paulo. 2013

Me deito no peito do Gabriel, ouvindo a sua respiração calma

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Me deito no peito do Gabriel, ouvindo a sua respiração calma. Os seus dedos me fazem um cafuné e o quarto está em completo silêncio, estamos apenas escutando os pássaros cantando do lado de fora.

Gabriel assinou com o Santos e isso me deixou muito feliz, finalmente ele está tendo o reconhecimento que merece. Eu estou cansada do trabalho, mas mesmo assim, eu ainda farei um esforço para poder ir o assistir jogar amanhã. Comprei várias chuteiras novas para ele, quero que ele tenha opções para escolher qual ele quer usar pela primeira vez jogando no profissional.

— Gabriel? — O chamo pensativa.

— Fala, princesa. — Ele se vira na cama, ficando por cima de mim. — O que você 'tá pensando, hein?

— Se você ficar famoso, você vai me largar? — Ele ri, acariciando o meu rosto. — É sério, não ri. Todos os jogadores famosos tem aquelas loironas bonitas, sabe? E se você ficar famoso, você vai ter várias mulheres no seu pé.

— Amor, para com isso. Eu não vou te largar se eu ficar famoso, se eu ficar famoso, eu vou querer te colocar num pedestal.. — Ele me olha com os olhos brilhando. — As outras vão só querer meu dinheiro ou a fama, mas eu sei quem realmente é a mulher da minha vida. Eu não vou te trocar por um momento.

— Você me promete?

— Claro que sim, Laurinha.  — Ele me beija. — Estamos juntos desde os 14 anos e vamos continuar juntos até ficarmos velhinhos, aqueles velhinhos bem velhinhos mesmos, que a voz mal sai.

Dou uma risada sincera.

— E se uma loirona bonita der em cima de você, hein?

— Ai eu vou falar bem assim.. — Ele se ajusta na cama e começa a fazer sua encenação. — Sai fora, feia! Eu tenho mulher e sou muito feliz com ela. Rala, rala!

Eu dou risada

— E por que você não fala isso pra irmã do Neymar, hein? — Pergunto, levemente enciumada.— Eu vejo ela te olhando nos treinos e agora ela faz questão de estar em todo jogo, ainda puxa assunto com você.

— Tá com ciúmes, Laurinha? — Aperta minha bochecha. — Ela é irmã do Ney, vida. Eu não vou dar moral pra ela, né? Só tenho olhos pra você. Eu posso parar de falar com ela, se você quiser.

— Eu quero.

— Tá com ciúmes mesmo, hein. — Ele ri, se jogando do meu lado.— Eu vou parar de falar com ela, princesa. Não precisa ter ciúmes, eu quero só você.

— Só eu, é?

— Só você. — Ele começa a beijar meu pescoço. — Nenhuma chega aos seus pés, princesa.

— Sei. — Minha voz sai fraca. — To de olho em você!

Ele inicia um beijo e ritmo entre a gente foi se aquecendo, como se agora já não tivesse mais como impedir. A cada vez que Gabriel me puxava mais pra perto, enquanto me beijava, era como se o mundo ao redor desaparecesse ainda mais, e só sobrasse o calor dos nossos corpos. A cama fria debaixo de mim contrastava com o calor da pele dele, e o toque de Gabriel era ao mesmo tempo firme e cuidadoso, como se ele quisesse me mostrar que eu tava segura, mesmo naquele momento tão intenso.

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