4. 𝘈𝘲𝘶𝘦𝘭𝘦 𝘤𝘰𝘮 𝘢 𝘷𝘪𝘻𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢

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— Não acredito que você não o convidou para entrar! — Kelsea diz, olhando para mim como se eu tivesse cometido um crime gravíssimo.

— Ele parecia estar com pressa. Se despediu rápido, e foi embora. — explico, enquanto encho minha xícara de café, tentando não pensar demais no assunto. — E, para completar, ele nem me respondeu no celular.

— Isso é de se preocupar, já passou mais de um dia. — Sua expressão se suaviza, mas um vestígio de preocupação ainda permanece.

— Agora isso não importa. Temos que trabalhar. — Dou um beijo no rosto dela e arrumo seu jaleco, apertando os ombros dela de forma carinhosa. — Ainda acho que você deveria ser cantora. Enfermagem não combina com você.

— Talvez, mas alguém tem que cuidar de você, Lind. — Ela revira os olhos, mas ri, deixando o bom humor dela tomar conta.

Passo meu braço em volta do pescoço dela, puxando-a para mais perto enquanto caminhamos pelo corredor movimentado do hospital.

— Shopping hoje à tarde? — ela pergunta, animada.

— Claro, nos encontramos no estacionamento, Kelkel. — Dou outro beijo no rosto dela, apreciando o tempo que passamos juntas antes de irmos para nossos setores.

— Desculpa a demora. Acabei perdendo a hora conversando com uma senhora. Ela é super fofa, mas sofreu um acidente de carro e perdeu o filho — explico assim que entro no carro, jogando a bolsa no banco de trás e me ajeitando ao lado de Kelsea.

— Não tem problema, só quero meu café logo. Um café decente, não aquele horror que servem no hospital — Kelsea faz uma careta que me arranca uma risada.

— Isso é certo, o café do hospital é uma afronta aos amantes de café. — estaciono o carro e vamos ao shopping em direção a nossa cafeteria preferida

Kelsea e eu passamos a tarde rindo e esquecendo por algumas horas o ambiente pesado do hospital. Enquanto ela me puxa de uma loja para outra, experimentando tudo que vê pela frente, eu só penso em como é bom ter uma amiga como ela.

— O que acha de pedir uma pizza hoje? — Eu sugiro, entrando no carro para irmos pra casa

— É segunda-feira Lind — Kelsea olha pra mim me julgando

— Ah, qual é, amanhã eu vou estar de plantão, quero dormir feliz hoje pra estar disposta pra trabalhar amanhã — eu digo fazendo beiço

— Tá legal, vamos pedir — Kelsea diz convencida

Ela estaciona o carro e passamos pela portaria, cumprimentamos o porteiro e seguimos para nosso apartamento.

— Eu quero de calabresa, é tradicional e o melhor — diz Kelsea enquanto pegava a chave para abrir a porta do nosso apartamento

— Eu sei, mas eu prefiro muito mais uma de portuguesa ou de Strogonoff... — Enquanto eu falava com Kelsea, uma pessoa me interrompe

— Com licença, Lindsay né? — me viro pra ver quem e não conheço logo de cara

— Eu mesma, você é quem? — Pergunto olhando aquele rosto familiar

— Odessa, amiga do Joseph, lembra? — Assim que ela diz seu nome eu lembro quem é a mulher

— Odessa, claro, seu apartamento fica na frente do meu. — eu digo mais pra mim mesma do que pra ela — Kelsea, essa é Odessa. Odessa essa é Kelsea minha amiga, acho que seremos vizinhas, não é?

— É um prazer conhecê-la Kelsea, seremos vizinhas, estava terminando minha mudança agora mesmo — ela da uma risada simpática.

— Dessa, a TV tá instalada, aconteceu algo — Joe aparece na porta sem camisa e eu me viro rapidamente para Kelsea cochichando pra ela abrir a porta logo, mas falho miserávelmente — Lindsay?

Eu me viro lentamente e tento olhar só para seu rosto com um sorriso totalmente sem graça por ter tentado fugir dele.

— Joseph, como vai? — eu continuo com meu sorriso sem graça olhando pra ele

— Bem, olha... Eu ia te mandar mensagem, mas eu tive que ajudar a Dessa com a mudança e acabei não tendo tempo, eu sinto muito — ele passa na frente de Odessa, ficando mais perto de mim

— Ah... Sem problemas Joseph, eu entendo, é que agora nós realmente precisamos entrar — eu ergo as cinco sacolas que eu estava na mão — Espero que goste de morar aqui Odessa, não somos péssimas vizinhas, eu acho — faço uma brincadeira com Odessa sem esperar respostas e me viro rápido pra Kelsea que ainda não tinha abrido a porta e eu faço uma cara feia pra ela que entende na hora e abre a porta o mais rápido que ela consegue.

Assim que entramos no apartamento eu me jogo no sofá e jogo uma almofada na cara, acho que nunca tinha sentido tanta vergonha na vida.

— Olha amiga, desculpa a pergunta, mas... O que foi aquilo? — ela senta na ponta do sofá tirando a almofada do meu rosto, mas não está falando com tom de ironia e nem brincando dessa vez

— Aí meu Deus Kelsea, aí meu Deus — agora eu coloco a mão no meu rosto — eu acho que entrei em pânico quando vi que ele tava ali, eu não sei, eu só queria fugir dali.

— Tá tudo bem Lind eu entendo, isso é normal — eu pega minhas mãos e me levanta me dando um abraço — ainda mais com ele sem camisa, nossa. — dou um tapa nas costas dela e dou risada, Kelsea idiota voltou rapidinho

— Vamos pedir logo essa pizza. — eu pego meu celular e mando uma mensagens para pizzaria.

Assim que a pizza chega, quem vai pegar a pizza é Kelsea, porque não queria correr o risco de encontrar Odessa ou Joseph lá fora, eu peguei e enchi uma taça de vinho para eu tomar e Kelsea ficou na garrafa de Coca, já que no outro dia ela iria trabalhar cedo.

Depois de comermos, Kelsea foi para seu quarto dormir e eu fui para o meu assistir um filme até dormir só para não ter que pensar em Joseph.

𝙱𝚎𝚑𝚒𝚗𝚍 𝚃𝚑𝚎 𝚂𝚙𝚘𝚝𝚕𝚒𝚐𝚑𝚝 - 𝙳𝚛𝚎𝚠 𝚂𝚝𝚊𝚛𝚔𝚎𝚢Onde histórias criam vida. Descubra agora