6. 𝘈𝘲𝘶𝘦𝘭𝘦 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘉𝘦𝘪𝘫𝘰 𝘯𝘢 𝘗𝘳𝘢𝘪𝘢

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A semana foi cansativa, mas passou rápido. E com cada dia que passava, a ansiedade de descobrir onde Joe me levaria no fim de semana só aumentava. Assim que o sábado chegou, eu estava exausta. A semana de plantão tinha me drenado, e a ansiedade para o encontro com Joe me impediu de tirar um cochilo à tarde.

— Acho que vou precisar fazer uma mágica para esconder essas olheiras — Kelsea brincou, indo ao banheiro pegar minhas maquiagens.

— Não está tão ruim assim... — eu disse, me olhando no espelho. Assustada com o reflexo, revirei os olhos. — Tá, talvez esteja.

Escolhi um vestido florido de alcinhas que ia um pouco abaixo dos joelhos e combinei com meu tênis branco, algo leve para o calor.

— Agora sim, bem melhor — Kelsea disse, depois de passar o blush no meu rosto.

— Estou pronta, finalmente — falei, passando um gloss. — Obrigada, Kels, você sempre me salvando. — Dei um beijo rápido na bochecha dela.

— Você ainda vai fingir que isso é só uma saída de amigos? — Ela me olhou com expectativa.

— Depende de como vai ser hoje — pisquei, e ela ficou me olhando surpresa.

Quando a campainha tocou, peguei minha bolsa e fui abrir a porta.

— Oi, Lind — ele sorriu assim que me viu.

— Oi, Joe. Quer entrar? Só preciso de um minuto pra terminar de me arrumar — dei espaço para ele passar.

Kelsea o cumprimentou, e eu fui ao quarto passar meu perfume e dar uma última olhada no espelho. Quando voltei, os dois estavam conversando, e eu não pude deixar de sorrir ao ver como Joe parecia confortável.

— Pronta — disse, me juntando a eles.

Nos despedimos de Kelsea e seguimos para o Lexus ES dele. Vi o nome do carro quando saímos outro dia.

— E então, dessa vez vai me contar pra onde estamos indo? — perguntei assim que ele deu a partida.

— Posso dizer que é um pouco longe — ele lançou um olhar rápido na minha direção antes de voltar a atenção para a estrada.

Conversamos um pouco no início da viagem, mas depois o silêncio tomou conta. Não demorou para o sono acumulado da semana me vencer, e acabei adormecendo.

— Já chegamos? — perguntei, ainda meio confusa, ao sentir Joe me observando de um jeito tão doce que quase me fez esquecer de onde estávamos. — Nossa... Sinto muito por ter dormido. Dormi muito? — procurei meu celular para ver as horas.

— Tá tudo bem — ele sorriu de leve. — Eu já ia te acordar de qualquer jeito. Percebi que você estava cansada e deixei você descansar um pouco.

— Eu sinto muito, quando eu faço plantão é assim mesmo — eu me arrumei no banco do carro.

— Sem problemas, mas temos que ir agora — ele disse, saindo do carro e dando a volta para abrir a porta para mim.

Assim que saí do carro, comecei a reparar onde estávamos, na praia mais famosa de Los Angeles, Santa Mônica Beach. Já tinha vindo aqui algumas vezes, mas nunca tão perto do famoso píer.

Ao chegar na praia, tirei meus tênis, e Joe fez o mesmo, dobrando a barra da calça jeans antes de começarmos a caminhar pela areia. Não demorou muito até que ele me levasse para um lugar mais afastado. Havia um lenço estendido no chão, com vários tipos de frutas e lanches. Tudo parecia perfeitamente preparado.

— Nossa, isso está lindo — disse, me sentando perto dos lanches enquanto ele se acomodava ao meu lado.

— Acho que vou anotar isso... montar piqueniques pode ser meu novo talento — ele sorriu, olhando para o mar por um instante antes de voltar os olhos para mim.

— Ah, então agora você é especialista em piqueniques? — Brinquei, arqueando uma sobrancelha.

— Você sabe... quando a companhia é boa... — Ele deu um sorriso de lado, e meu coração disparou.

— Olha só, estou me sentindo importante agora — eu disse, rindo baixo, mas logo senti o olhar dele mais intenso sobre mim.

— E você deveria. Não é qualquer pessoa que faz eu dirigir até a praia e planejar algo assim — ele falou num tom leve, mas a sinceridade em suas palavras era palpável.

— Ah, é? E o que te fez achar que eu merecia esse privilégio? — Brinquei, mas havia uma curiosidade genuína na minha pergunta.

— Talvez... porque você não me trata diferente... — Ele começou a se embolar um pouco nas palavras, desviando o olhar por um segundo. — Enfim, isso não vem ao caso agora — ele completou com um sorriso, dessa vez um pouco mais sério. — Só... é raro, sabe?

— Bom, acho que alguém tem que te manter com os pés no chão, certo? — Respondi, meio confusa, mas tentando manter o tom descontraído. No entanto, o olhar dele me prendeu por mais alguns segundos.

— Pode continuar fazendo isso então. Acho que gosto — ele riu, mas dessa vez foi uma risada baixa, quase suave. A maneira como ele disse aquilo fez meu coração acelerar de novo.

— Vou tentar, mas não prometo que vai ser fácil — brinquei, tentando não focar demais na forma como ele estava me olhando.

— Eu nunca gostei das coisas fáceis mesmo — ele disse com um sorriso, meio brincalhão, meio sério.

Joe se aproximou, seus olhos nos meus, e o mundo pareceu parar. Meu coração bateu forte no peito, e antes que eu pudesse processar, ele estava a centímetros de mim. Meus olhos fecharam por reflexo, e então aconteceu.

Seus lábios tocaram os meus de forma suave, mas firme, como se ele estivesse esperando por aquele momento tanto quanto eu.

Quando nos afastamos, eu não consegui conter o sorriso, e Joe também sorriu, com aquela expressão tranquila que parecia ser sua marca registrada.

— Isso foi... inesperado — murmurei, com a voz quase falhando.

— Mas bom, eu espero — ele respondeu, rindo de leve.

Balancei a cabeça, concordando, enquanto o sol desaparecia no horizonte, e o som suave das ondas preenchia o silêncio entre nós.

𝙱𝚎𝚑𝚒𝚗𝚍 𝚃𝚑𝚎 𝚂𝚙𝚘𝚝𝚕𝚒𝚐𝚑𝚝 - 𝙳𝚛𝚎𝚠 𝚂𝚝𝚊𝚛𝚔𝚎𝚢Onde histórias criam vida. Descubra agora