A Guardiã do Fim~ Dean Winchester

Capítulo 9: The Death

Dean, Sam, Castiel e Ariella estavam à beira de um confronto decisivo. Após dias de investigação, a equipe descobriu uma pista crucial: o Colt, a arma lendária capaz de matar qualquer ser sobrenatural, estava em posse de Crowley, o rei do inferno. Com Castiel utilizando seus poderes para localizar Crowley, o próximo passo parecia claro, mas a entrada no esconderijo de Crowley estava repleta de sigilos anti-anjo, o que impedia Castiel de entrar.

— Eu não consigo passar por aqui — Castiel admitiu, sua voz carregada de frustração.

Ariella, com sua dualidade celestial e humana, olhou para o anjo com determinação. — Deixe comigo. Sou parte humana, então posso passar — disse ela, começando a atravessar os sigilos com algum esforço. Castiel observava do lado de fora, a inquietação visível em seu rosto.

— Não gosto disso — Castiel murmurou, sentindo-se impotente.

Dentro da casa, Dean, Sam e Ariella encontraram Crowley relaxando em uma cadeira elegante, um copo de uísque na mão. Ao avistar Ariella, Crowley congelou por um instante, seu olhar revelando um misto de surpresa e receio.

— Bem, se não é a nossa querida princesa dos mortos — disse Crowley com um sorriso sarcástico, embora seu tom traísse seu desconforto.

— Papo furado, Crowley — Dean interrompeu, a impaciência evidente em sua voz. — Precisamos do Colt. Agora.

Crowley olhou para Dean e, em seguida, para Ariella, com um sorriso torto. — Eu até poderia entregar a arma, sabe? Porque, surpresa, surpresa... também quero Lúcifer morto.

Ariella franziu a testa, claramente desconfiada. — E por que você faria isso? Desde quando você se importa com quem está no comando?

Crowley riu baixo. — Lúcifer vê todos nós, demônios, como meros peões. Não quero que ele estrague meus negócios no inferno. Se ele vencer, não haverá mais 'negócios', apenas caos — Ele levantou o Colt e o jogou na direção de Dean, que o pegou rapidamente.

Antes que pudessem responder, Crowley desapareceu, sua presença sombria substituída por um silêncio tenso. — Covarde — murmurou Dean, guardando o Colt. — Vamos sair daqui.

De volta à casa de Bobby, o clima estava mais relaxado, ao menos por um momento. Ariella, sempre com um toque de diversão, pegou uma garrafa de whisky e se aproximou de Castiel. — Aqui, Cass. Você precisa relaxar — ela disse, oferecendo-lhe o copo.

Castiel hesitou. — Eu não... bebo.

— Ah, você vai começar agora — insistiu Ariella com uma risada. Castiel, relutante, tomou um pequeno gole e logo sentiu os efeitos. — Isso... tem um gosto estranho — comentou ele, com a voz um pouco arrastada.

Ariella riu alto. — Bem-vindo ao mundo dos humanos, anjo.

Dean olhou para Sam, que estava visivelmente inquieto. — Cara, eu tenho um pressentimento ruim sobre isso — disse Sam, preocupado.

— Você não está sozinho — respondeu Dean. — Mas vamos aproveitar o momento enquanto podemos.

Bobby, percebendo a cena descontraída, sugeriu que todos tirassem uma foto para marcar aquele raro momento de leveza. — Vamos lá, antes que vocês voltem a se matar — brincou ele, e todos se reuniram para a foto.

Na manhã seguinte, com o Colt em mãos, partiram para o local indicado por Crowley onde Lúcifer havia sido visto. Ao chegarem, o lugar parecia vazio para os olhos humanos, mas Castiel e Ariella logo perceberam a presença de centenas de Ceifeiros. Ariella ficou séria, sua expressão carregada de tensão. — Eles estão aqui para alguém. Para ele — disse ela, com uma expressão tensa. — Estão esperando pela Morte.

Castiel assentiu, igualmente preocupado. — O Cavaleiro do Apocalipse.

Enquanto Dean, Sam, Jo e Ellen permaneciam na cidade tentando encontrar uma solução, Meg apareceu com uma legião de cães do inferno, iniciando uma batalha brutal. No meio do caos, Jo foi gravemente ferida. Refugiados em um mercado, Jo percebeu que não sobreviveria.

— Dean, é o fim pra mim. E está tudo bem — disse ela com um tom calmo, mas resoluto.

Dean, desesperado, tentou protestar. — Não, Jo, vamos encontrar uma maneira.

Mas Jo, com um leve sorriso, olhou para sua mãe e tomou sua decisão. — Você sabe que não há como. Mas ainda podemos dar uma chance a vocês. — Ellen, com lágrimas nos olhos, concordou. — Estamos com você até o fim, Jo.

Enquanto os irmãos escapavam e a explosão do mercado ecoava na distância, Ariella reapareceu, encontrando-os no caminho.

— Onde está Castiel? — Dean perguntou, ofegante.

— Lúcifer o capturou — respondeu Ariella, com a voz tensa. — Mas eu vou encontrá-lo.

Sam olhou para ela com desespero. — Jo e Ellen... Elas se sacrificaram.

Dean, abalado, fez uma pergunta que o perturbava há muito tempo. — Ari... a Morte... ele é seu pai, não é?

Ariella assentiu lentamente, a revelação pesando sobre ela. — Sim…

Com o clima carregado, o grupo seguiu até a fazenda onde Lúcifer tentava ressuscitar a Morte. Chegaram tarde demais. O ritual estava quase completo. Dean puxou o Colt e atirou em Lúcifer, mas nada aconteceu. — Droga — murmurou Dean. — Não funciona.

Lúcifer sorriu, desfrutando da situação. — Vocês realmente acham que podem me parar?

Ele então se voltou para Ariella, aproveitando a conexão dela com seu pai. — Você não vai fazer nada, vai? Não quer machucar seu papai.

Ariella, dividida entre seu dever e seus sentimentos, congelou. Mesmo com seu carinho pelos Winchesters e Castiel, ela não conseguiu agir contra Lúcifer. — Eu... eu não posso — sussurrou, olhando para os Winchesters.

Azrael, a Morte, finalmente emergiu do inferno. Ele olhou para Ariella com um olhar afetuoso, quase paternal, antes de desaparecer novamente. Castiel, que havia conseguido escapar, apareceu a tempo de salvar os Winchesters e Ariella, teleportando-os para a casa de Bobby.

De volta à casa, todos estavam exaustos e abalados. Ariella, especialmente, parecia devastada. Ela se sentou no sofá, o olhar perdido.

— Eu deveria ter feito algo... Mas não consegui — ela murmurou, a dor evidente em sua voz.

Dean se aproximou, colocando uma mão reconfortante em seu ombro. — Ari... Não é tão simples. O canalha ainda é seu pai.

Ariella se levanta do sofá e se isola no quarto de hóspedes.