O sol da manhã ainda nascia quando Mikaely acordou, a adrenalina já correndo em suas veias. Aquele dia seria decisivo. Não apenas para ela, que teria a final do campeonato de vôlei, mas também para Murilo, que jogaria uma partida importante de futebol à tarde. Eles haviam combinado de se apoiar mutuamente, e ela sentia uma mistura de ansiedade e empolgação.
— Bom dia, Mik — a voz de Murilo soou pelo telefone. Ele a ligara logo cedo, como fazia em dias importantes.
— Bom dia, Muri. Tá pronto para o grande dia? — ela respondeu, um sorriso se formando em seus lábios ao ouvir a voz dele.
— Prontíssimo! Mas antes, eu vou estar lá para te apoiar no seu jogo, né? Não se esquece disso.
Mikaely riu, sempre se encantando com o quanto Murilo era dedicado.
— Eu sei, e vou estar lá na arquibancada à tarde, torcendo por você também — ela disse, tentando esconder a leve ansiedade que sentia.
Eles conversaram mais um pouco antes de Murilo desejar boa sorte, e Mikaely se arrumou para o jogo. Vestiu o uniforme do time de vôlei da escola e seguiu para o ginásio, onde as outras jogadoras já estavam reunidas.
Quando ela entrou em quadra, seu coração disparou. Murilo estava lá, sentado na arquibancada, e ao vê-la, acenou com um sorriso. Aquilo lhe deu forças. Ela sabia que, não importa o que acontecesse, ele estaria torcendo por ela.
O jogo foi intenso. As jogadoras do time adversário eram fortes, mas Mikaely e suas colegas estavam bem preparadas. Mikaely, sempre ágil e com precisão em seus movimentos, fazia bloqueios e ataques impecáveis. A cada ponto que ganhavam, ela sentia o olhar de Murilo sobre ela, o que lhe dava ainda mais energia para continuar.
No set decisivo, quando o placar estava apertado, Mikaely fez um bloqueio perfeito, garantindo a vitória para o seu time. A quadra explodiu em aplausos e gritos de comemoração. As meninas do time correram para abraçá-la, mas seus olhos estavam focados em Murilo, que desceu das arquibancadas com um sorriso orgulhoso.
— Você foi incrível, Mik! — ele disse, abraçando-a com força.
— Obrigada por estar aqui, Muri. Significou muito pra mim — ela respondeu, sentindo o coração acelerar ainda mais ao sentir o toque dele.
— Agora é a sua vez de me assistir brilhar à tarde — ele brincou, piscando para ela.
À tarde, já recuperada da euforia do jogo, Mikaely se dirigiu ao campo de futebol para assistir à partida de Murilo. O time da escola dele estava pronto para enfrentar uma equipe forte, e o clima no campo era tenso. Ela sentou-se na arquibancada, nervosa, mas confiante de que Murilo daria o seu melhor.
Quando ele entrou em campo, vestindo o uniforme do time, Mikaely não pôde deixar de admirá-lo. Ele parecia tão focado, tão determinado. Murilo era um ótimo jogador, ágil e preciso, e ela sabia que ele estava ansioso para mostrar suas habilidades naquele jogo decisivo.
O apito soou, e a partida começou. O jogo era intenso, com os dois times disputando cada centímetro do campo. Murilo, sempre veloz, fazia jogadas impressionantes, driblando os adversários e criando oportunidades para seu time.
Em um dos momentos mais tensos do jogo, Murilo recebeu um passe perfeito. Ele correu em direção ao gol adversário, desviando de dois jogadores. Mikaely estava na ponta da arquibancada, praticamente prendendo a respiração. Ele estava prestes a chutar.
E então, com um movimento preciso, Murilo disparou a bola em direção ao gol. Ela entrou no canto superior direito, sem chances para o goleiro. O campo explodiu em comemoração, e o time de Murilo o cercou, mas ele tinha algo em mente.
Em vez de ficar no centro da comemoração, ele correu em direção à arquibancada. Mikaely, surpresa, viu Murilo se aproximar. Ele subiu alguns degraus e, antes que ela pudesse reagir, ele a puxou para um beijo cheio de emoção.
— Esse gol foi pra você, Mik — ele disse, ofegante, sorrindo largamente.
Ela estava radiante, as bochechas coradas e o coração disparado.
— Você é incrível, Muri! — ela respondeu, ainda surpresa pela atitude dele.
O público ao redor, incluindo alguns colegas de turma, aplaudiu a cena. Mikaely não conseguia parar de sorrir. Ela estava tão feliz por ele, por eles, e aquele momento ficou gravado em sua memória.
Murilo voltou ao campo com um brilho novo nos olhos, ainda mais motivado para o restante da partida. Ele jogou com todo o seu coração, e, ao final do jogo, o time de Murilo saiu vitorioso.
Quando o apito final soou, ele olhou para a arquibancada, onde Mikaely ainda estava, com um sorriso largo no rosto. Ela correu até ele assim que teve chance, e Murilo a envolveu em um abraço apertado.
— Eu te disse que você ia brilhar — ela sussurrou, rindo.
— Só porque você estava aqui — ele respondeu, beijando-a novamente, dessa vez de forma mais calma, aproveitando o momento.
Eles passaram o resto do dia comemorando juntos, felizes por terem compartilhado não apenas vitórias, mas momentos de apoio e companheirismo. Sabiam que, dali em diante, poderiam contar um com o outro em todas as conquistas e desafios que viriam.
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