BATIDAS NA JANELA

706 55 4
                                    

               O dojo estava relativamente vazio naquele dia, e ela, como sempre, se mantinha à margem, esperando pacientemente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

               O dojo estava relativamente vazio naquele dia, e ela, como sempre, se mantinha à margem, esperando pacientemente. O casaco de Robby, que ela tinha encontrado dias antes nas coisas do irmão, ainda estava pendurado em sua cadeira em casa, mas sua mente não parava de voltar para ele.

Nos últimos dias, Astrea havia trocado mensagens com Robby, e o flerte entre eles estava ficando cada vez mais intenso. Ela não conseguia parar de pensar nas coisas que haviam dito um ao outro e nas fotos que trocaram. Agora, apenas vê-lo a fazia sentir borboletas no estômago.

Enquanto esperava, observava Robby ajudar Noah no treino, a forma como ele se movia com confiança e habilidade, ensinando seu irmão. Tudo parecia natural para ele. Astrea sentiu seu coração bater mais forte ao vê-lo de relance. Robby a notou logo depois, seus olhares se encontrando por um breve segundo que parecia se prolongar.

Quando o treino de Noah finalmente acabou, Astrea se preparava para ir embora, mas Robby a seguiu até a saída, chamando-a de maneira casual, como se nada de estranho estivesse acontecendo.

— Ei, Astrea! —  Ele disse, segurando a porta aberta para ela. — Faz tempo que você não aparece por aqui.

Ela deu de ombros, tentando não parecer nervosa.

— Só vim buscar o Noah.

Robby sorriu de leve, aquele sorriso que sempre a fazia perder o fôlego.

—  Claro, claro. E como está o casaco? — Ele perguntou, referindo-se à jaqueta que ela ainda tinha com ela.

Astrea ficou ligeiramente vermelha, surpresa por ele ter mencionado aquilo.

—  Ah, eu... ainda estou com ele. Está comigo em casa.

— Bom, parece que você gosta dele. — Robby disse, os olhos brilhando de divertimento. — Quem sabe eu te deixe ficar com ele por mais um tempo.

Astrea riu, mas sentiu a tensão crescer entre eles. Havia uma faísca no ar, e ela sabia disso. Não era apenas sobre o casaco. Era sobre todas as trocas silenciosas, olhares furtivos e mensagens implícitas que os dois haviam partilhado recentemente.

— Talvez eu te devolva em breve. — Ela disse, tentando manter o tom leve, mas sem saber exatamente como aquilo terminaria.

Robby se aproximou mais, agora a apenas um passo de distância.

— Ou talvez eu tenha que ir buscar.

Ela prendeu a respiração por um segundo, olhando para os olhos dele, sentindo o mundo à sua volta desaparecer. Havia algo no jeito como ele falava, como a desafiava de maneira sutil, que a deixava sem palavras.

Antes que pudesse responder, Noah, distraído, gritou do outro lado da sala.

— Ei, Astrea, vamos logo!

Aquele momento de tensão entre ela e Robby se quebrou, e Astrea piscou, lembrando-se de onde estava. Ela sorriu de forma tensa para Robby, tentando recompor seus pensamentos.

— Acho que preciso ir. — Ela disse, dando um passo para trás.

Robby apenas assentiu, com aquele sorriso familiar ainda nos lábios.

— Nos vemos por aí, Astrea.

Enquanto se afastava, ela não pôde deixar de pensar na troca intensa que acabara de acontecer, e no casaco que ainda estava em seu quarto.

               Naquela noite, a casa de Astrea estava silenciosa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

               Naquela noite, a casa de Astrea estava silenciosa. Seus pais tinham saído para jantar, e Noah havia decidido dormir na casa de um amigo. Ela aproveitava a tranquilidade, mas não conseguia se livrar da tensão que havia sentido mais cedo no dojo. A troca de olhares com Robby e o flerte velado ainda ecoavam em sua mente. O casaco dele estava pendurado na cadeira ao lado de sua cama, um lembrete constante de tudo o que estava acontecendo entre eles.

Astrea estava deitada na cama, distraída no celular, quando ouviu um som suave vindo da janela. Seu coração acelerou imediatamente. Ela sabia quem era, sem precisar ver. Levantou-se devagar, andando até a janela e, ao abri-la, deu de cara com Robby, com um sorriso malicioso no rosto.

— Achei que você ia me devolver o casaco. — Ele disse, entrando com agilidade e fechando a janela atrás de si.

Astrea cruzou os braços, tentando manter a calma, mas sua respiração estava irregular.

— Eu disse que talvez devolvesse.

Robby caminhou em direção a ela, seus olhos a percorrendo com uma intensidade que a fazia sentir uma mistura de ansiedade e excitação. Ele estava agora muito perto, a apenas alguns centímetros de distância, e o quarto parecia encolher ao redor deles. O ar estava carregado de uma tensão elétrica.

— E eu disse que talvez tivesse que vir buscar — Robby murmurou, sua voz baixa e rouca, os olhos fixos nos dela.

Astrea sentiu seu coração bater ainda mais rápido, o ambiente ficando cada vez mais íntimo. Ela tentou manter a postura, mas a proximidade de Robby a deixava sem palavras. Finalmente, ele pegou o casaco pendurado na cadeira, mas não se afastou.

— Mas agora que estou aqui, você quer mesmo que eu vá embora? — Ele perguntou, a voz carregada de desejo.

Astrea mordeu o lábio, sem saber o que responder. Ela queria que ele ficasse, mais do que estava disposta a admitir. Havia algo entre eles que era inevitável, algo que a puxava para ele de uma maneira que ela não conseguia controlar.

Robby deu mais um passo à frente, fechando completamente a distância entre eles. Ele a olhou nos olhos por um momento, como se estivesse esperando por um sinal. Quando Astrea não recuou, ele lentamente inclinou-se, aproximando seus lábios dos dela.

O beijo foi suave no início, mas rapidamente ganhou intensidade, à medida que as mãos de Robby encontraram sua cintura, puxando-a para mais perto. Astrea sentiu suas pernas fraquejarem enquanto seus braços envolviam o pescoço dele, entregando-se completamente ao momento.

Cada toque, cada movimento parecia carregar a urgência que ambos tinham reprimido por tanto tempo.

Cada toque, cada movimento parecia carregar a urgência que ambos tinham reprimido por tanto tempo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
BAD REPUTATION, robby keene ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora